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ALFABETIZAÇÃO

Por:   •  3/3/2016  •  Dissertação  •  1.148 Palavras (5 Páginas)  •  197 Visualizações

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ALFABETIZAÇÃO: ADQUIRIR UMA TECNOLOGIA, CODIFICAR E DECODIFICAR OS RUDIMENTOS DA ESCRITA, APRENDER A FAZER ALGO POR REPETICÃO.

APROPRIAÇÃO DA LINGUA ESCRITA

LETRAMENTO: CAPACIDADE DE INTERPRETAR A LEITURA E A ESCRITA NA PRÁTICA SOCIAL. ENVOLVE VALORES, ATITUDES E RELACIONAMENTO SOCIAL.

CAPACIDADE DE USAR A LEITURA E A ESCRITA DE MANEIRA CRITICA PARA A PRATICA SOCIAL. VAI ALEM DA ALFABETIZAÇÃO

1890: Censo nacional, 85% de analfabetos.

1891: Constituição impede voto de analfabetos.

1925: Reforma Joao Alves – ensino noturno nas escolas públicas

1930: analfabetismo é considerado doença nacional. Surge o movimento contra o analfabetismo visando o aumento de votos.

1934: plano nacional de educação – EJA – dever do estado. Fervor nacionalista – formação para trabalhar em fábricas.

1950: lançada a campanha nacional de erradicação do analfabetismo (CNEA). Paulo Freire chama a atençao para as causas sociais.

1958: críticas à campanha de educação de adultos, em função do caráter superficial de aprendizado.

1967: surge o MOBRAL. Escolarizar muitos com pouco recurso. Apenas 10% de 40 milhoes foram alfabetizados

1985: MOBRAL foi extinto, surge a Fundação Educar

1990: ano internacional da alfabetização extinção da fundação educar

1996:  LDB considera EJA modalidade da educação básica nas etapas do ensino fundamental e médio com especificidade própria.

Função da EJA: compromisso com a formação humana. Acesso a cultura geral, aprimoramento da consciência critica. Favorecimentos de atitudes éticas e compromisso político para o desenvolvimento de autonomia intelectual.

PAULO FREIRE: Criticava o ensino tradicional, a cópia e a decoreba. Considerava que as cartilhas propunham uma leitura longe da realidade social. “ o estudo que desvelava o segredo da escrita, velava a experiência de vida”. “A leitura do mundo precede a leitura da palavra”.

Método Paulo Freire: alfabetização pela conscientização

Método Paulo Freire consiste numa proposta para a alfabetização de adultos desenvolvida pelo educador, o método nasceu em 1962 quando Freire era diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade do Recife onde formou um grupo para testar o método na cidade de Angicos, RN onde alfabetizou 300 cortadores de cana em apenas 45 dias, Freire criticava o sistema tradicional, o qual utilizava a cartilha como ferramenta central da didática para o ensinar da leitura e da escrita. As cartilhas ensinavam pelo método da repetição de palavras soltas ou de frases criadas de forma forçosa, que comumente se denomina como linguagem de cartilha, por exemplo “Eva viu a uva”, “o boi baba”, “a ave voa”, dentre outros.

“Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.”(Paulo freire)

 O método propõe a identificação das palavras-chave do vocabulário dos alunos - as chamadas palavras geradoras. Elas devem sugerir situações de vida comuns e significativas para os integrantes da comunidade em que se atua, como por exemplo, "tijolo" para os operários da construção civil.  Diante dos alunos, o professor mostrará lado a lado a palavra e a representação visual do objeto que ela designa. Os mecanismos de linguagem serão estudados depois do desdobramento em sílabas das palavras geradoras. O conjunto das palavras geradoras deve conter as diferentes possibilidades silábicas e permitir o estudo de todas as situações que possam ocorrer durante a leitura e a escrita.

"Em sala de aula, os dois lados aprenderão junto, um com o outro - e para isso é necessário que as relações sejam afetivas e democráticas, garantindo a todos a possibilidade de se expressar. Uma das grandes inovações dapedagogia freireana é considerar que o sujeito da criação cultural não é individual, mas coletivo".(ROMÃO, José Eustáquio, Revista Nova Escola p.2)

valorização da cultura do aluno é a chave para o processo deconscientização preconizado por Paulo Freire, ele propôs o que chamou de Temas Geradores, onde o educador e educando em sala de aula aprendem juntos, a diversidade pode contribuir para o dinamismo da aula, para o despertar do interesse, da atenção e do envolvimento,garantindo a todos a possibilidade de se expressar sobre aspectos da realidade, mantendo uma ligação com o universo conhecido deles, impulsionando-os para novas descobertas, pois aprendemos melhor aquilo que temos interesse em conhecer. Os Temas Geradores ajuda a organizar o trabalho de sala de aula porque possibilita uma aprendizagem significativa.

 “Os conteúdos de ensino são resultados de uma metodologia dialógica. Cada pessoa, cada grupo envolvido na ação pedagógica dispõe em si próprio, ainda que de forma rudimentar, dos conteúdos necessários dos quais se parte. O importante não é transmitir conteúdos específicos, mas despertar uma nova forma de relação com a experiência vivida. A transmissão de conteúdos estruturados fora do contexto social do educando é considerada “invasão cultural” ou “depósito de informações” porque não emerge do saber popular".

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