AS EMOÇÕES
Por: 141116 • 15/9/2018 • Artigo • 2.311 Palavras (10 Páginas) • 194 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
AS EMOÇÕES
Simone Cristina Tombini Melo
RU1186497- 2015/02
Tutora: Luana Herrera
Tutor: Álvaro Padilha
Resumo
A elaboração do presente trabalho deu-se através da leitura e resumo da obra Neuropsicologia e aprendizagem de Maria Gabriela Ramos Ferreira, tomando como ponto de estudo o capítulo sobre emoções, onde aborda as emoções e os sentimentos segundo o funcionamento cerebral. Tem como objetivo ressaltar o papel adaptativo, o aspecto social, emoções primárias e secundárias e a neurofisiologia das emoções. As mesmas são os motores que buscam restaurar o equilíbrio e a harmonia perdida por instantes pelo organismo. Dizem respeito à harmonia e à desarmonia que ocorrem no interior do corpo. e são fundamentais para o desenvolvimento saudável e para a sobrevivência.
Palavra-chave: Emoções. Funcionamento Cerebral. Neurofisiologia.
Introdução
Desde a Grécia antiga até meados do século XIX, filósofos e psicólogos acreditavam que as emoções eram instintos básicos que deveriam ser controlados sob pena do homem ter sua capacidade de pensar seriamente afetada. Já no século XX, os cientistas despertaram para o fato de que se emocionar e estar consciente de suas emoções era uma qualidade que permitia ao ser humano desenvolver a capacidade de melhor se relacionar com o mundo.
Este trabalho associa as emoções ao funcionamento do corpo, à mente e à cognição. Também é ressaltado seu papel adaptativo e social, mostrando que os humanos, independente de cultura ou gênero tendem a sentir emoções de forma semelhante, ainda que expressem apenas as emoções básicas da mesma forma. Além disso, procura-se construir uma tipologia, uma forma de hierarquia emocional demonstrando de que modo sentimos e que para vivenciar essas emoções precisamos de três componentes: o subjetivo, o fisiológico e o cognitivo. Cada ação e cada pensamento que temos são acompanhados de reações emocionais que envolvem reações corporais e experiências psicológicas ou cognitivas.
AS EMOÇÕES
As emoções são uma fonte de motivação que nos induz a determinados comportamentos ou que sucede determinada ação. Ao expressarem sentimentos, as pessoas comunicam significados aos outros e orientam-se cognitivamente.
Falar de emoções não é necessariamente falar de humor. O humor é um estado emocional mais difuso e mais duradouro que influencia o pensamento e o comportamento, que pode alterar nossos processos mentais. Se vivenciamos um afeto positivo, os níveis de dopamina aumentam, ativando de forma mais eficaz as projeções para o córtex pré-frontal e para o giro cingulado anterior. As emoções nos orientam na investigação dos fatos, capacitando-nos para uma rápida tomada de decisão, prendem nossa atenção e ajudam a memória. É muito mais difícil desviar a atenção de algo que nos inflige uma alta carga emocional. Da mesma maneira,é muito mais fácil recordar aquilo que evoca uma emoção.
O papel adaptativo das emoções
As emoções são de fundamental importância para nós porque trabalham em prol da nossa sobrevivência: elas nos avisam do perigo e fazem com que criemos vínculos com as pessoas, ou seja, provocam bem-estar e alegram nossa vida. Contudo, também podem nos causar problemas quando são muito intensas, escassas, sem intensidade ou sem variação adequada.
O fato de as emoções servirem como auxílio para garantir nossa sobrevivência significa que elas são adaptativas. Somos guiados pelas experiências positivas e negativas, tendendo a repetir as positivas e a evitar as negativas, de modo a aumentarmos nossa chance de sobreviver e de reproduzir. Assim, as emoções nos preparam e nos orientam para que tenhamos comportamentos motivados.
O aspecto social das emoções
O ser humano é um ser social,. e saber entender, reconhecer e antever as emoções das outras pessoas nos auxilia nas dinâmicas interpessoais a que somos expostos durante a vida. Reconhecemos as emoções alheias por meio das expressões faciais, pois é assim que estas comunicam as emoções que sentem. Utilizamos as expressões faciais para predizer e entender o comportamento dos outros.
Charles Darwin investigou esse aspecto das emoções em animais e em humanos e observou que as características expressivas são adaptativas para todos os animais, inclusive os humanos. Pelas expressões faciais um animal sabe quando o outro está sendo ameaçador ou perigoso. Mediante a aprendizagem das expressões faciais, os bebês aprendem a interagir socialmente e passam a expressar também as suas emoções. Aos 2 meses de idade, já são capazes de expressar raiva e tristeza e, aos 6 meses, já expressam medo. Dunlap (1927), observou que a metade inferior do rosto é mais importante para comunicar emoções. Portanto, por meio do reconhecimento e da interpretação das expressões faciais, as quais expressam toda sorte de emoções, podemos identificar a emoção do outro, interagir socialmente e responder de acordo com o que o outro deseja, precisa ou demanda. Homens e mulheres sentem as mesmas emoções, porém a cultura e os costumes ditam que as expressem de formas distintas. Então, não há diferença entre sexos na vivência das emoções, apenas há diferença de gênero na sua manifestação.
Emoções primárias e emoções secundárias
O medo é uma emoção inata, pré-organizada. Ele faz parte do grupo de emoções primárias, que são processadas pelo sistema límbico, mais especificamente pela amígdala e pelo giro do cíngulo. Entretanto, as emoções primárias não compreendem toda gama de emoções, mas são o nível mais básico.
Ao longo do desenvolvimento individual, as emoções secundárias vão também se desenvolvendo e precisam de mais estruturas, além do sistema límbico, para ocorrerem. Elas demandam que os córtices pré-frontal e somatossensorial sejam ativados.
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