AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR
Por: Susi De Deus • 18/10/2015 • Trabalho acadêmico • 3.131 Palavras (13 Páginas) • 330 Visualizações
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1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a avaliação no contexto escolar no passado, deparando- se com as concepções avaliativas do hoje, pois durante muito tempo a avaliação foi caracterizada, ou continua sendo, como um processo de seleção, o que presumia a inclusão de alguns e a exclusão de outros. E na atualidade qual a característica da avaliação da aprendizagem? Seu processo ainda consiste em selecionar ou visa à aprendizagem concreta do aluno? Concebemos que a avaliação da aprendizagem, como mecanismo de formar o individuo, respeitando suas diferencias e individualidades.
O ato de avaliar não deve ocorrer somente no momento de prova, para atribuir uma nota ao possível conhecimento do aluno, deve ser continuo, ocorrendo de forma processual e não em momentos, que priorizam o medir e o testar. Através desse estudo enfatizamos a importância do professor avaliar de forma continua o processo avaliativo, não somente a aprendizagem de conteúdos para a realização de uma prova.
2 DESENVOLVIMENTO
Durante os estudos realizados sobre a avaliação nos anos iniciais do Ensino Fundamental, pode-se compreender que a avaliação em nada tem em comum com o processo classificatório tão vigente no espaço escolar, pois desde muito tempo atrás ate os tempos atuais muitos docentes tem usado o método da avaliação como ato de examinar, selecionar e excluir. Temos visto no espaço escolar, professores avaliando o comportamento de seus alunos, onde aqueles que sentam na frente são os mais inteligentes e merecem as melhores notas, No entanto os que sentam no fundo são considerados os ditos “burros” e bagunceiros, que merecem só notas baixas. Devido esses julgamentos o sistema escolar brasileiro tem contribuído para manutenção da classe dominante e é fortemente marcado pelo grande índice de reprovação e evasão escolar.
Cabe ressaltar que durante uma observação em sala de aula, percebeu-se o uso incorreto de uma atividade como instrumento avaliativo. Uma professora pediu que a turma respondesse uma atividade de Língua Portuguesa, e um dos alunos se recusou, justificando não saber responder, no mesmo instante com o tom em voz alta a professora disse para o aluno; “Não vou perder tempo com você, você não quer nada mesmo”. Ao fazer julgamento prévio da realidade, a docente impede o desenvolvimento da aprendizagem do seu aluno, enquanto ela possuir este tipo de comportamento, não conseguira agir eficazmente sobre a realidade de sua turma como citado por Luckesi:
[...] É necessário tomar a realidade investigada da forma que se apresenta e nada mais [...] Quando suspendemos nossos julgamentos sobre pessoas e situações, a abrangência de nossa percepção amplia-se; soltamos as amarras e os contornos do que consideramos “certo ou errado” a fim de estarmos atentos ao que acontece e, desse modo, evitarmos impor a realidade o que supomos que ela deveria ser (LUCKESI, 2011, p. 267).
Na maioria das vezes nós seres humanos temos o olhar voltado sempre para o ponto negativo, desta forma perdemos as possibilidades de ver o lado bom das coisas, das pessoas que vivem ao nosso redor. No ambiente escolar, não tem sido diferente, por isso o docente precisa ter disposição psicológica para acolher a realidade de seus alunos como ela é sem levantar julgamentos. A reflexão sobre essa questão leva a uma conclusão evidente: na educação elementar, a avaliação não pode mais servir para selecionar quem passa e quem reprova e para dividir a turma numa maioria de alunos “médios”, cercada por uma minoria de “melhores” e outras de “piores” do que a média. É preciso que a avaliação sirva para que todos possam ter experiências de sucesso, para nos orientar sobre as dificuldades, os pontos positivos e as necessidades de cada um. Não para comparar os alunos entre si de acordo com um critério único criando competição, inveja e frustração, mas para auxiliar cada um a evoluir em relação a si mesmo.
Estudei todo meu Ensino Fundamental na Escola Municipal Alfredo Chaves, situada na Vila de Icoaraci. Ingressei com sete anos na 1ª série e fiz até a 4ª série na mesma escola. Quando chegávamos, todos tinham que fazer fila do menor ao maior, e se dividia em duas: meninos para um lado e meninas para o outro, catávamos o Hino Nacional, no segundo momento fazíamos uma oração, e só depois éramos encaminhados para sala de aula, onde então se dava inicio as atividades. Os métodos usados eram o tradicional, aluno enfileirado, sem muitas brincadeiras, e quase nunca podia puxar assunto com os coleguinhas ao lado, talvez não seja tão diferente assim de hoje, uma vez que ainda nos deparamos com professores que ainda preferem usar os métodos tradicionais como citado no texto a cima. Refletir ou falar sobre avaliação durante minha vida escolar, não é nada fácil uma vez que sofri um trauma quando cursava a 4ª série do ensino fundamental, que me causou um bloqueio de memória praticamente parei no tempo, essa história sempre que relembro me causa tristeza e me faz chorar, é como se ainda não conseguisse superar o que eu passei um dia diante da turma. Quando cursava a 4ª série do Ensino Fundamental, minha aprendizagem era meio lenta, até tirava boas notas, com exceção da matemática, que sempre tive muita dificuldade, nessa matéria meus rendimentos eram péssimos, percebi que minha professora não estimulava os alunos e nem tinha o menor interesse em instiga-los a ter sede de conhecimento, não consigo lembrar os sucessos que tive porem os insucesso não me sai da mente, pois o que tenho a relatar de ruim é em relação a essa professora que não citarei o nome por ética que me causou tal trauma, pois ela sabia das dificuldades de cada um, principalmente da minha e ainda assim ela não perdoou, me fazendo passar
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