Análise do livro Pinóquio às avessas
Por: Caroline Araujo • 18/4/2018 • Trabalho acadêmico • 4.837 Palavras (20 Páginas) • 283 Visualizações
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
2 ABORDAGEM TRADICIONAL 5
3 ABORDAGEM COMPORTAMENTAL 8
4 ABORDAGEM HUMANISTA 11
5 RESUMO DO LIVRO 14
6 ANÁLISE 15
7 CONCLUSÃO 20
8 REFERÊNCIAS 21
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho aborda o tema das abordagens do processo ensino-aprendizagem, tradicional, comportamental e humanista, contando com a análise do livro Pinóquio às avessas, de Rubem Alves.
A abordagem tradicional tem no centro de seu processo de ensino-aprendizagem o professor, considerado o retentor de todo o saber, o objetivo principal é a transmissão de conhecimentos selecionados e considerados importantes para a formação de futuros indivíduos. Ensino diretivo.
A abordagem comportamental prioriza os aspectos objetivos e que podem ser controlados, ou seja, o comportamento humano é o centro no processo-ensino aprendizagem. Ensino diretivo.
A Humanista tem o foco nas relações interpessoais no processo de ensino-aprendizagem e a dimensão humana é levada em consideração. Ensino não-diretivo.
Será desenvolvida uma apresentação teórica das abordagens e uma resenha do referido livro, tendo por objetivo identificar e comparar onde há relação da teoria com a história e posteriormente o que influenciou na vida da personagem principal.
O trabalho está organizado em 8 partes, sendo a primeira composta por esta introdução, a segunda pela definição da abordagem tradicional, a terceira pela abordagem comportamental, a quarta pela abordagem humanista, a quinta pelo resumo do livro, a sexta pela análise comparativa e reflexiva da teoria com a história do livro, a sétima pela conclusão e a oitava pelas referências bibliográficas.
2. ABORDAGEM TRADICIONAL
De acordo com Protetti (2010):
"Educação é defendida como um direito de todos os indivíduos (cidadãos) e um dever do Estado Moderno. Para a efetivação deste direito são criadas escolas, instituições educativas responsáveis pela instrução de crianças e jovens desta nascente sociedade”.
Segundo o educador Dermeval Saviani (2000, p. 4):
“ O papel dessas instituições é a difusão da instrução e a transmissão dos conhecimentos acumulados historicamente pela humanidade. "
Por conta disso, diversas abordagens de ensino surgiram (tradicional, comportamental, humanista), ou seja, diversos modos de se compreender como o processo de ensino-aprendizagem devem acontecer.
E sendo assim, essas abordagens incluem: visões de homem, mundo, cultura/sociedade, educação, aprendizagem e escola de formas particulares e são fundamentadas em epistemologias, que é uma área da filosofia que se ocupa de toda a teoria do conhecimento, logo a epistemologia da referida abordagem é o empirismo.
O empirismo assegura que o ser humano adquire e deve buscar o conhecimento racional através da experiência, pois tudo é determinado pelo meio social/físico e então apenas desta forma deixamos de ser "tábula rasa" ou uma "folha em branco".
O ensino tradicional perdura há muito tempo e além da epistemologia, é também ligado à pedagogia diretiva, sendo assim, é um ensino totalmente direcionado pela figura do professor, o qual é visto como um "homem acabado", retentor de todos os saberes necessários para a formação do aluno, que aqui é receptor passivo e um homem "inacabado". A relação professor-aluno é vertical.
Segundo Mizukami (1986, p.8):
"O homem é considerado como inserido num mundo que irá conhecer através de informações que lhe serão fornecidas e que se decidiu serem as mais importantes e úteis para ele”.
Desta forma, a visão de homem e de mundo que este aluno terá, será a que foi selecionada externamente e depositada nele, sem chances de participação ou levado em consideração seus interesses.
Segundo MIZUKAMI (1986, p. 11):
Na abordagem tradicional a educação acaba sendo vista como "produto", porque ela é o resultado de um processo que já foi todo planejado e do ponto de vista de inúmeros autores "a educação é [...] entendida como instrução, caracterizada como transmissão de conhecimentos e restrita à ação da escola."
Comumente sendo sua finalidade um reflexo de valores da sociedade que está inserida, ou seja, os professores através dos métodos avaliativos que são: provas, exames, chamadas orais, entre outros, irão confirmar se o aluno memorizou o mínimo cultural desejado e caso isto não ocorra, há a reprovação deste indivíduo, que é repetir o que já foi dado.
Também é supervalorizado o diploma, pois este dará a possibilidade de desempenhar papéis sociais, gerando desigualdades frente a aqueles que não o possuírem, sendo marginalizados.
Segundo Émile Chantier, citado por Alain (1978):
“Um lugar onde se raciocina" e para outros autores um local de "ajustamento social".
Isto exclui as chances de criar-se neste ambiente as relações de colaboração entre alunos-professores e alunos-alunos. Prevalecendo sempre aulas extremamente expositivas, com interferências do professor (que confirmam seu autoritarismo), reprodução continua que:
Segundo Mizukami, (1986, P.13):
"Reações estereotipadas, de automatismos [...], Hábitos".
O texto como lido não é levado em conta as particularidades dos alunos, igualando-os sempre, não há preocupação com formação de pensamento reflexivo nestes cidadãos e a inteligência é só para o estoque de informações.
Há pontos negativos nesta abordagem e eles são principalmente ressaltados pela Escola Nova e Pedagogia das Competências.
A primeira enfatiza segundo Protetti (2010, p,79):
"O conhecimento [...] não deve ser aprendido, ensinado e/ou transmitido ao aluno
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