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Análise Crítica do filme "Sociedade dos poetas mortos"

Por:   •  30/11/2015  •  Resenha  •  1.212 Palavras (5 Páginas)  •  4.585 Visualizações

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Ficha técnica do filme:

HAFT, S.; WEIR, P. Sociedade dos poetas mortos. [filme] Produção de Steven Haft,

direção de Peter Weir. EUA, 1989.

Análise crítica do filme, destacando as contribuições para o estudo acerca da

Escola e de sua Função Social:

O filme “Sociedade dos Poetas Mortos” conta a história de um ex-aluno da

Academia Welton – retratando a década de 1950 – onde o mesmo volta como professor

de poesia, utilizando um método de ensino diferente do proposto pela instituição que

pregava um sistema de ensino tradicionalista e conservador, fundamentado em tradição,

honra, disciplina e excelência, atuando como um internato para meninos além de fornecer

uma educação rígida, a fim de que estes ingressassem nas melhores universidades,

valorizando a Medicina, o Direito e a Engenharia, não dando tanta importância para a

Literatura e Arte em geral. Assim, pode-se observar que o modelo pedagógico seguido

por esta, preocupa-se em ensinar o saber científico, e não em proporcionar ao aluno a

capacidade de aprender a pensar.

Na época em que estudou nesta escola, o professor pertenceu a uma

“sociedade”, onde se reunia com outros alunos para ler poemas que não eram aceitos e,

então, foram reprimidos pela Direção. Ao descobrirem este fato, alguns de seus alunos

reabriram esta “sociedade”, pois lhes possibilitava fugir a rigidez imposta pela escola e por

suas famílias. A mesma funcionava em uma caverna, e lá eles discutiam sobre os

poemas “proibidos”, expondo seus sonhos e colocando em prática o que o professor

orientava em aula. Desta forma, este suscitava os seus alunos a confiarem em seus desejos e vontades lutando, questionando e protestando para que estes se realizem, empregando a expressão “Carpe Diem”, que significa: aproveite o dia! Assim, o mesmo desenvolve atividades diferentes, fora do ambiente da sala de aula, ensinando-lhes a pensar por si mesmos. Contudo, não demora muito para que a Direção da escola proíba seus métodos libertários, expulsando-o desta logo após o suicídio de um de seus alunos, por não aguentar a oposição do pai devido a sua escolha pelo teatro, impedindo-lhe a prosseguir com seu sonho. Esta é uma cena que, sem dúvidas, choca o telespectador e o faz refletir, pois ao perceber que não poderá seguir o seu sonho (o teatro), depois que seu pai o leva para casa ameaçando tirá-lo da escola e colocá-lo em um colégio militar, suicida-se com a arma do próprio pai, nos fazendo discutir até que ponto deve ir a autoridade paterna, contrapondo-se com a vocação de seu filho, não considerando-o como sujeito com vontades e ambições próprias. Nesta mesma cena, o estudante (antes de cometer o suicídio) pega uma coroa, a qual usou na peça em que atuou, remetendo-nos a Jesus Cristo, que recebeu uma coroa de espinhos, ao ser crucificado e sacrificado por nós. Outra cena emocionante é quando o professor entra na sala para pegar as suas coisas (antes de ir embora), sendo surpreendido por seus alunos que sobem em suas cadeiras – protestando – e recitam um trecho do poema “Oh Captain! My Captain”, de Walt Whitman, deixando o diretor irritado. O Filme aponta, claramente, os dois lados do ensino - o arcaico e o contemporâneo - sendo o último mais ligado à realidade, preparando os indivíduos para a vida. No Filme podemos observar características, tais como: as paredes da escola, que se assemelham as de um mosteiro, com velas e bancos que, também, podemos associar a uma Igreja. O mesmo nos faz contestar qual o tipo de ensino que está sendo oferecido atualmente: o que faz pensar ou o que condiciona a aceitação sobre o que é imposto - sem questionamento – visto que a função social da escola (ambiente de oportunidade para interagir com o outro e o saber) tende à socialização do sujeito, empregando-se um estilo dinâmico de docência, que precisa estar combinado com a tecnologia, com o mundo e, portanto, com a mídia que fornece informação. Nesse contexto, a Pedagogia precisa desempenhar sua função com extrema dedicação, a fim de acompanhar as mudanças que ocorrem a cada dia com maior rapidez, formando profissionais aptos a lidar com essas evoluções. Para suportar essas mudanças, a escola carece desenvolver um ensino que gere vínculo entre o que o aluno aprende

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