Ap II alfabetização e letramento
Por: camilarodarte • 17/10/2016 • Abstract • 666 Palavras (3 Páginas) • 411 Visualizações
A importância do letramento no processo de alfabetização
Para entendermos a importância do letramento no processo de alfabetização é preciso ter em vista os conceitos de letramento e alfabetização. Sabendo que o letramento consiste numa condição do indivíduo que não só sabe ler e escrever, mas também faz uso competente da leitura e escrita e de suas práticas sociais e a alfabetização a ação de alfabetizar, em que consiste tornar o indivíduo capaz de ler e escrever.
No entanto, de acordo com a autora Magda Soares no letramento pode ter vários níveis e isso irá depender dos estudos e pesquisas que já pensam em como medir esses níveis de letramento, defende a ideia de que pessoas analfabetas podem ser letradas, pois estas mesmo não sabendo ler e escrever, tem acesso à escrita seja pelas histórias lidas pela família, um filme, uma música, as propagandas etc.
Da mesma forma, a criança que ainda não se alfabetizou, mas já folheia livros, finge lê-los, brinca de escrever, ouve histórias que lhe são lidas, está rodeada de material escrito e percebe seu uso e função, essa criança é ainda “analfabeta”, porque não aprendeu a ler e a escrever, mas já penetrou no mundo do letramento, já é de certa forma, letrada. (2011, p. 24).
É imprescindível que a partir desta informação entendamos que quanto maiores as vivências e o contato com materiais escritos – o que compreende a construção de um mundo letrado de significado – mais facilmente a criança irá compreender a alfabetização. Bem como, se a leitura e a escrita forem atividades corriqueiras às famílias, a criança terá uma maior motivação para buscar o conhecimento e compartilhar o que aprendeu com a família.
Mas o inverso também pode ocorrer, a alfabetização poderá ser um processo lento, difícil que envolverá até “sofrimento” para reconhecer o valor e a função da leitura e da escrita como formas prazerosas de comunicação, caso a família não motive suas crianças a ter o contato com a escrita.
Alfabetização e letramento são, pois, processos distintos, de natureza essencialmente diferente; entretanto, são interdependentes e mesmo indissociáveis. A alfabetização - a aquisição da tecnologia da escrita – não precede nem é pré-requisito para o letramento, isto é, para a participação em práticas sociais de escrita, tanto assim que analfabetos podem ter um certo nível de letramento: não tendo adquirido a tecnologia da escrita, além disso, na concepção psicogenética de alfabetização que vigora atualmente, a tecnologia da escrita é aprendida não, como em concepções anteriores, com textos artificialmente para a aquisição das “técnicas” de leitura e de escrita, mas através de atividades de letramento, isto é, de leitura e produção de textos reais, de práticas sociais de leitura e de escrita.(RIBEIRO, 2003, p.92).
Desta maneira, constata-se que um indivíduo alfabetizado, pode não ser letrado, por ter sua alfabetização construída num processo sem significado e reflexão. Muitos são analfabetos funcionais, que conhece simplesmente a decodificação da leitura e escrita, mas não a utiliza como função social.
Do mesmo modo, é possível encontrar um indivíduo letrado, aquele que usa socialmente as práticas
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