Como usar a Literatura Infantil na Sala de Aula

RESUMO COMENTADO

Como usar a Literatura Infantil na Sala de Aula

Uma situação de Leitura Narrativa por Imagens na Sala de Aula

A leitura conduzida pelas professoras leva os alunos “a procurar a interpretação correta do texto” (2013).

Esta fala é de uma professora de 3º serie resume bem essa procura pela interpretação correta, ou seja, nesse sentido a professora quis dizer que o aluno precisa identificar o que ele entendeu sobre o texto que ele leu.

Por outro lado Saveli argumenta que os alunos precisam ser ouvidos diversas vezes em suas interpretações, por que quando se fala de textos de ficção eles proporcionam liberdades de leitura e interpretações de diferentes pontos de vista.

Pois ao ficarmos na leitura limitada aos questionários tradicionais ou ao buscarmos apenas o aspecto denotativo das historias, não percebemos os diferentes pontos de vista de cada leitor ao ler o texto tanto o verbal quanto nas imagens, pois essa pratica faz com que o aluno se torne limitado em sua leitura.

Nesse contexto o melhor método a ser introduzido para um melhor desenvolvimento para a leitura é a pratica de leitura ilustrativa.

Leitura com predominância descritiva.

Ao fazer uma leitura descritiva o aluno se refere aos elementos aos quais ele vê, mas não quer dizer que o leitor não ira compreender o fio condutor da narrativa, existem algumas características para esse tipo de leitura é a articulação incoerente, a precariedade de referências ale daquela explicitamente mencionadas no texto.

Então é importante que o professor trabalhe com seu aluno a capacidade de desenvolvimento de interligara as imagens, ou seja, fazer com o aluno veja alem das figuras, perceber as entrelinhas.

Leitura com predominância da paráfrase  

Nesse caso as ilustrações passam a ser vista mais como “janela” do que como ”retratos”, nesse caso o leitor já consegue dar vida ao texto, ele conseguem ver por as entrelinhas mesmo que de maneira intuitiva.

Leitura autônoma

Trata-se de uma situação de leitura que, alem de pressupor o domínio pleno do percurso da narrativa, tende a observar a historia não apenas como uma sucessão de episodio, mas também conseguem ter um contorno mais visível e integrado, permitindo perceber um território alem das ilustrações. Nesse contexto o aluno já consegue completar ou dar continuidade nas historias, o leitor já consegue interagir com o desenvolvimento da historia, ele consegue perceber e ter noção de tempo nos textos lidos.

A leitura autônoma transparece não porque o leitor já consegue ler corretamente, mas sim por ele conseguir construir uma historia que vai alem das ilustrações, nesse contexto o leitor não é limitado ele poder dar continuidade e mais desenvoltura no que se lê. Nessa questão da aprendizagem da leitura é necessário que o professor possa intervir de maneira observadora a partir de cada contexto de livro, de da maneira de aprendizado de cada aluno, e vale lembrar que para o professor não é nada fácil à responsabilidade de ensinar leitura, pois além de mediar o aluno á leitura de imagens ele precisa ajudar o aluno decodificar.

Subsídios para o trabalho em sala de aula

A sondagem de uma narrativa por imagem, feita em duas turmas de quinta serie de escola publica e descrita no capítulo anterior, conduz a reflexão sobre a sobre a compreensão da leitura de narrativas por crianças nesse estagio de escolarização.

Observam-se diferentes estágios de domínio da leitura entre alunos numa, ponta constatamos leitura autônoma, ou seja, aquela que a criança consegue preencher as lacunas entre uma ilustração e outra e consegue fazer leitura de maneira satisfatória da linguagem escrita, e nesse contexto o leitor consegue ter uma interação continua com o que se lê.

Na outra ponta, observa uma leitura fragmentada, não indos alem da leitura descritiva, ou seja, nesse ponto o aluno ainda não consegue se interar com o que ele esta lendo,é uma leitura limitada e ainda não consegue interpretar o que se lê.

Nesse caso o trabalho do professor seria propor aos alunos a aquisição de algumas ferramentas “literárias básicas”, como livros ilustrados para que o aluno além de imagens possa aprender ler e interpretar.

Preparação do trabalho pelo professor

Roteiro pedagógico para o ano letivo

Na planificação de trabalho para o ano letivo, o professor precisa levar em conta as horas semanais e mensais que pretende dedicar à leitura de narrativas.

É interessante que o professor prova momentos de leitura livre para que os alunos possa escolher o livro de sua preferência essa atitude é interessante para o aluno, pois quando se interessa, aprende melhor.

Permitir alguns momentos de leitura espontânea na sala de aula, com livro escolhidos pelo professor, e nunca sobrecarregar o aluno com varias historias no mesmo momento, é necessário dar tempo para o aluno pegar o eixo da historia.

Estrutura narrativa

Pode-se trabalhar com a estrutura narrativa desde a pré-escola, contando que se respeite o estágio de desenvolvimento de cada criança. É de suma importância que o professor promova na primeira vez em que se lê com a criança que ela proporcione uma interação entre o professor, aluno e a historia lida, nesse contexto de interação é importante fazer perguntas sobre a história, sobre os personagens e sobre o que a criança entendeu o porquê dos acontecimentos enfim é necessário um envolvimento com o momento da narrativa, essa atitude ajuda bastante para o desenvolvimento da leitura da criança.

Quando o professor perceber que o aluno já conseguiu assimilar esse primeiro momento e já sabem escrever é bom que os alunos copiem a historia, e permitir que o aluno use a imaginação que eles através da historia contada invente outras historias, sugerir para o aluno contar e ate mesmo escrever alguma historia que aconteceu no seu cotidiano.

Chamamos a atenção dos professores para o fato de que a elaboração de textos escritos ou relato oral constituem o enriquecimento lingüístico dos alunos, o papel do texto é a confirmação da mensagem, mesmo que não faça a correção desse aprendizado de imediato, já estamos trabalhando com o enriquecimento da linguagem.