Falkembach Traz a problematização da questão da limitação na elaboração de conceitos e teorias
Por: Silveliana Silva • 18/6/2018 • Trabalho acadêmico • 594 Palavras (3 Páginas) • 147 Visualizações
O texto de Falkembach traz a problematização da questão da limitação na elaboração de conceitos e teorias no campo da educação popular, dificultando o desenvolvimento do campo teórico.
O primeiro argumento dado pela autora é de que as exigências da prática causam pressão no tempo, e muitas vezes levam as práticas de educação popular a um ativismo. Já no segundo argumento relata que há uma internacionalização difusa das práticas de educação popular e falta explicar o projeto político que deve nortear essas práticas.
Em seu terceiro argumento a autora ressalta a falta de preparo de educadores e dos setores populares para oposição do paradigma cientifico que perpassa o projeto político do campo da educação popular, além da falta de preparo para a construção e vivência de uma metodologia especifica que pode possibilitar a elaboração teórica.
Também traz como ideia central do texto trabalhar sua técnica de investigação simples, que seria o diário de campo. A autora traz o diário de campo como um primeiro instrumento para a investigação de campo e que, por seu caráter informal, se consegue alcançar anotações individuais do pesquisador com reflexões, analises previas, opiniões práticas e coletivas.
Ressalta, porém que o diário deve ser apenas um dos instrumentos de pesquisa e não apenas o único, além de ser necessário que esteja coerente com a metodologia e conceito teórico da pesquisa.
O diário de campo é um instrumento de anotações, reflexões e comentários direcionado a pesquisa sobre o campo e que o pesquisador está se debruçando, e nele deverá anotar tudo quanto for experiência concretas relacionadas com o meio de pesquisa em que inseriu.
Neste diário deverá haver informações detalhadas, com data, horário, local, com anotações cronológicas, e poderá ser organizado em três partes: uma com as descrições dos fatos e fenômenos sociais observados, a segunda consiste em colocar a interpretações do que foi observado, buscando explicações para o que observado e antecipar as consequências, a terceira parte poderá abrigar os registros de suas primeiras conclusões, questionamentos, imprevistos. Poderão ser anotados também resultados de discussões envolvendo a instituição, educadores, técnicos e todos os envolvidos no local de pesquisa.
Pode se anotar o processo de produção da realidade social, o meio físico e social em que realizada a produção desta realidade, as visões de mundo presentes no ambiente observado, de que forma os grupos sociais estão organizados. A autora também destaca a importância de procede-se de modo cientifico com anotações completas e precisas, e sem que o pesquisador recorra puramente sua memória para recordar o que foi visto.
No texto de Lopes et al. (2002), o diário de campo também é citado como a elaboração individual, com marcas e registros específicos e próprios do investigador e é destacado como instrumento de reflexão do pesquisador, que não necessita de uma receita exata de como montar seu diário de campo, mas que poderá ser de grande utilidade para avaliar e compreender as informações objetivas das fichas de campo.
De acordo com estes últimos autores o diário de campo não tem sua função esgotada na relação de complemento dos dados, mas tem também a função de movimento dialético entre o olhar mais aprofundado e o olhar
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