História da educação
Por: Cisjor • 19/11/2015 • Trabalho acadêmico • 4.142 Palavras (17 Páginas) • 348 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA
UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO E EDUCAÇÃO BRASILEIRA E EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE
RA 9134253404 | Andrea Cristina Gregório da Silva |
RA 9140235404 | Cícera Aparecida da Silva |
RA 8529979370 | Liberalina Fátima de Souza |
RA 8740138009 | Maria Aparecida Cordeiro de Sousa |
PROFISSIONALIZAÇÃO DOCENTE E MÉTODOS DE ENSINO NO BRASIL: UMA REDE DE HISTÓRIAS
Desafio profissional entregue como requisito para conclusão da disciplina Historia da Educação e da Pedagogia”, sob orientação da professora-tutora presencial especialista Alessandra de Almeida Barbosa da Silva.
TUTORA PRESENCIAL: ALESSANDRA DE ALMEIDA BARBOSA DA SILVA
JUNDIAÍ
10/03/2015
SUMÁRIO
Introdução 3
Desenvolvimento 4
Considerações Finais 9
Referências Bibliográficas 11
Apêndice 12
INTRODUÇÃO
O presente trabalho trata-se da elaboração de um desafio profissional, esse que é um procedimento metodológico, que possui como principais objetivos proporcionar ao aluno a capacidade de reflexão crítica sobre as mudanças que acorrem no decorrer da historia do país em relação à profissionalização docente, abordagens e métodos que foram utilizados nas práticas de ensino da língua escrita.
Para realizar esse estudo fez-se necessário uma revisão bibliográfica, com o intuito de entender as nuances do processo histórico de profissionalização docente, bem como os métodos que foram utilizados até a atualidade.
A partir dessa revisão de bibliografia, tornou-se possível desenvolver uma entrevista, essa que foi aplicada em três profissionais da área docente, que possuíam experiência para fornecer os dados que contemplem as informações encontradas na revisão bem com os objetivos do desafio.
Por fim, após a coleta de dados realizou-se de forma individualizada uma análise dos resultados a partir dos discursos dos profissionais a respeito do processo de profissionalização docente bem como os métodos utilizados.
DESENVOLVIMENTO
Para falar sobre o magistério no Brasil, torna-se necessária uma revisão de bibliografia para se entender as nuances dessa temática, pois nas palavras de Vieira (1998, p. 58) A política de formação do magistério é tema de natureza complexa. Em pleno século XXI, por razões históricas e correntes, a sociedade brasileira ainda não foi capaz de construir o que se poderia denominar de identidade profissional dos professores.
A temática da formação do magistério era de certa forma tema restrito apenas ao campo dos especialistas da área ou das instituições mais envolvidas com a questão, como as secretarias de educação ou universidades, entretanto esse quadro muda com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em dezembro de 1996, com isso todos os atores do campo educacional se constituem dentro dessa problemática, (VIEIRA, 1998).
No início do milênio as práticas do magistério eram altamente discutidas, como aponta Lelis (2001, p. 42), Mais do que qualquer outra categoria profissional, a situação atual do magistério das séries iniciais no Brasil tem sido fartamente alardeada pela mídia e pela produção acadêmica, isso sobre vários olhares, desde um ponto de visto social ou grau de instrução obtido ou ainda em relação às condições de trabalho e o reconhecimento da diversidade do público de professores, e todos esses fatores tem como resultado uma maior dificuldade em relação ao debate em torno da imagem do profissional do magistério.
Considerando a cultura e o ideário popular, um dos fatores historicamente perpetuado sobre o magistério segundo Lelis (2001) é quanto ao gênero, uma vez que nas series iniciais da educação criou-se discursos fundamentados no dom ou na aptidão que só as mulheres possuíam, e que a escolha por tal profissão teria o intuito de colocar em prática aquilo que ela aprendeu desde o nascimento, esse que ainda é um senso de realidade imposto a mulher até os dias atuais.
Entretanto para as mulheres chegarem até o magistério ocorram alguns fenômenos sociais, Almeida (1996) aponta que o movimento feminista teve grandiosa representação no início do século XX, e com isso maior visibilidade para as mulheres, e o setor de educação infantil foi o que sofreu grandes mudanças dentre outros setores da sociedade, pois as mulheres entraram fortemente no mercado de trabalho principalmente na educação, fato inédito pois nas palavras de Vieira (1998) nossos primeiros professores foram os jesuítas, depois seus discípulos e leigos, sendo todos homens.
Com o intuito de analisar criticamente esse fenômeno da entrada maciça das mulheres no magistério, Almeida (1996) coloca que a saída dos homens do campo da educação docente dos primeiros anos, teve uma contribuição direta da má remuneração da profissão, fato que é vivenciado até os dias atuais.
Esses fatores citados e parte constituinte de uma gama de elementos que formaram o processo histórico da profissionalização docente no Brasil, para Lengert (2011) os professores não possuem autoridade para definir a sua própria esfera de ação, com isso eles continuam como semiprofissionais, pois eles não possuem parâmetros que lhe confiram profissionalidade.
Lengert (2011) coloca que com a chegada da modernidade o professor passa a ter um papel cada vez mais importante, entretanto nas práticas discursivas da sociedade, o professor ainda tem a sua função atrelada a vocação. O autor segue apontando, que se o magistério fosse vocação estaria ligado ao sentido de vida ou destino, contudo as pesquisas desenvolvidas com professores sobre a escolha profissional constatam fatores voltados para ordens e condições individuais e circunstanciais, para a escolha da profissão, (LENGERT, 2011).
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