Inteligibilidade
Por: nati2512 • 11/6/2015 • Resenha • 939 Palavras (4 Páginas) • 305 Visualizações
Inteligibilidade
Hoje em dia, poucos professores diriam que uma pronuncia indistinguível da de um falante nativo é necessária ou mesmo desejável para seus aprendizes. Ao invés disso, é comumente aceito que a meta mais sensata é a inteligibilidade, que por definição, é ser entendido por um ouvinte em um dado momento em uma dada situação, o mesmo que compreensibilidade.
Uma vez que palavras são compostas de sons, nos parece que o que estamos tratando é da questão de equivalência de sons. Se o falante estrangeiro substitui um som ou aspecto da pronuncia por outro, e o resultado é que o ouvinte entende outra frase, o discurso do falante foi ininteligível. Da mesma forma, se o falante estrangeiro substitui um som ou uma palavra, mas ainda assim compreendida, dizemos que o discurso é inteligível. Temos por definição que, um falante é cada vez mais inteligível a medida que um ouvinte consegue identificar e entender com precisão um maior numero de palavras pronunciadas por este falante.
Embora, o falante estrangeiro não produza exatamente o mesmo som ou use a marca exata de ligação ou ênfase, é possível para o ouvinte relacionar o som ouvido com o som (ou marca) que um falante nativo usaria sem muita dificuldade. Assim, o que importa é a soma de semelhanças.
Curiosamente, foi descoberto que falantes que hesitam demais tendem a ter vários problemas de pronuncia, como autocorreções e restruturações gramaticais, há uma falta de confiança sobre a pronuncia e as pausas e hesitações, que por sua vez tornam a pessoa difícil de entender.
Outro fator do falante frequentemente mencionado, é que a pessoa fala rápido demais, mas a velocidade da fala não é um fator vital na inteligibilidade. A velocidade de dois falantes pode ser a mesma (com base na contagem de sílabas por segundo), mas um será julgado menos inteligível que o outro. Em contrapartida, se o ouvinte conseguir separar as palavras mais importantes, cruciais, irá captar a mensagem, se é fácil para os ouvintes ouvir as palavras importantes, provavelmente, terão poucos problemas de inteligibilidade.
Costumes idiossincráticos de fala também podem afetar a inteligibilidade, por exemplo, alguns aprendizes de chineses de inglês, usam um tipo de marca oral no final de cada frase, uma transferência de conversação chinesa, esse som incomum pode confundir um ouvinte nativo, que pode pensar se tratar de uma palavra da língua inglesa.
A inteligibilidade pressupõe a existência de participantes, tem tanto a ver com o ouvinte quanto com o falante. Há dois “fatores do ouvinte” muito importantes: primeiro, a familiaridade do ouvinte com o sotaque estrangeiro e, segundo, a habilidade do ouvinte para captar as pistas contextuais durante a escuta.
Familiaridade e exposição afetam a habilidade de uma pessoa para entender um determinado tipo de sotaque. Em geral, as pessoas acham mais fáceis ouvir o inglês de seus compatriotas, ou seja, compartilharão marcas de pronuncia.
O segundo fator do ouvinte é o modo habilidoso com que ouvintes podem usar pistas de outras partes da sentença para identificar uma palavra. Se o tópico da conversa for claro, e houver bastantes pistas de significado, os ouvintes podem ser capazes de entender uma palavra que os teria confundido completamente se tivesse sido pronunciada isoladamente.
Falantes estrangeiros precisam ser inteligíveis para se comunicar, a comunicação envolve, mas que simplesmente enviar um conjunto de sons bem produzidos no ar para seu ouvinte, mas há, antes de tudo, a questão das intenções do falante. A comunicação envolve decifrar as intenções do outro, quando há quantidade suficiente desse tipo de informação disponível, como situação, informações sobre o falante, a tarefa do ouvinte se torna fácil.
Há ainda a questão da comunicação eficiente, ou seja, quando realizada com eficiência, embora o ouvinte não seja inteligível, mas através de gestos, os ouvintes conseguem captar sua mensagem, com o uso de pistas do contexto para adivinhar as intenções do falante.
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