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O Desenho na Avaliação Psicopedagógica

Por:   •  26/9/2021  •  Artigo  •  3.626 Palavras (15 Páginas)  •  240 Visualizações

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O desenho na avaliação psicopedagógica[1]

Resumo: O presente artigo tem por objetivo discutir a utilização do desenho infantil como instrumento de avaliação e investigação psicopedagógica no conhecimento físico construído por alunos. As investigações pautaram-se na pesquisa bibliográfica a luz de autores como: Amorim, 2008; Andrade, 2002; Fernández, 2001; Ferreira, 2003/2005; Fusare e Ferraz, 1999; Nogueira e Leal, 2013; Nakano,2012; Marcelino, 1996; Oliveira, 2000/2009; Piaget, 2003; Porto, 2007; Weiss, 2004; Vygotsky, 2000; entre outros. Busca-se respostas para as seguintes indagações: O que é psicopedagogia? O desenho infantil tem possibilidade de investigação psicopedagógica? Qual a interpretação do desenho como auxilio no desenvolvimento cognitivo, emocional e psicomotor do aluno/paciente? O desenho é instrumento de comunicação do infante que de forma passível ao ser utilizado pelo psicopedagogo no desempenhar das suas funções, tendo em vista estar presente no processo de obtenção da formação da linguagem infantil.

Palavras-chave: Educação Infantil. Psicopedagogia. Desenho.

Introdução

A metodologia utilizada na elaboração deste artigo foi pesquisa bibliográfica. Os objetivos gerais e específicos se baseiam na procura de métodos eficientes de ensino aprendizagem através da utilização dos desenhos na educação infantil, além de abordar como teor qualitativo, a fim de reconhecer aspectos ligados ao desenvolvimento das crianças tanto nos aspectos emocionais, intelectuais, sociais e físicos, estabelecendo assim técnicas de leitura e interpretação desses desenhos através da psicopedagogia no contexto escolar. A investigação assumiu cunho exploratório, com base em fichamentos elaborados a partir das obras estudadas, a fim de subsidiar a compreensão da temática em questão.

O referido artigo busca compreender como o desenho influência nas emoções agir e pensar do aprendente na Educação Infantil.

Evidencia-se que os educadores da Educação Infantil através de leituras especificas adquirirem ampla compreensão sobre o exercício do desenho das crianças e suas evoluções, e o quanto é importante ter olhar diferenciado sobre as produções infantis, afinal o que as crianças fazem são manifestação de seu desenvolvimento cognitivo e afetivo, possibilidade de se expressar, criar e manifestar-se.

No contexto histórico enfatiza-se a cultura visual desde a época das cavernas, afinal a imagem está presente na vida das pessoas como meio de comunicação.

Fusare & Ferraz (1999, p30) asseguram que na prática, o ensino de desenhos nas escolas primárias e secundárias faziam analógicas com os trabalhos, valorizando, o traço, o contorno e a repetição de modelos.

Cada vez mais é notada a importância do psicopedagogo planejar atividades integradas ao uso do lúdico e do desenho como estratégia de trabalho, paralelamente associado a profissionais de diversas áreas convergindo em atendimento profissional especializado, compreendendo as especificidades promotoras de obstáculos que impedem a aprendizagem implementando ações que minimizem tais dificuldades.

Nesse sentindo, o trabalho psicopedagógico ao utilizar o desenho como instrumento de comunicação promove o desvelar da linguagem oculta da criança, ou seja, a mesma se envolve na realização dos seus desenhos, manifestando emoções e sentimentos aprisionados.

O que é psicopedagogia?

A psicopedagogia analisa o processo de aprendizagem e as dificuldades nos alunos, nesse sentindo, Porto (2007, p.77) enfatiza que a psicopedagogia é campo de atuação que integra saúde e educação e lida com o conhecimento, sua ampliação, sua aquisição, suas distorções, suas diferenças e seus desenvolvimentos por meio de múltiplos processos.

A psicopedagogia previne de modo terapêutico inúmeras dificuldades que impedem o aluno de aprender, por meio de atividades lúdicas e recreativas contribuindo para resolver problemas no âmbito escolar, contornando a indisposição do aluno, predispondo a maior oportunidade de aprendizagem efetiva.

Cabe ao psicopedagogo identificar, analisar, planejar e intervir nas questões de não aprendizagem por meio das etapas de diagnóstico e tratamento.

Percebe-se que o objeto de estudo da psicopedagogia é a aprendizagem humana, e sabe-se que as dificuldades no processo ensino aprendizagem não têm apenas uma causa, ou um fator causador, daí a necessidade da atuação do profissional na área da psicopedagogia o qual carece atuar de forma inédita em cada caso, pois cada aluno possui sua particularidade e individualidade características de cada ser, assim deve ser estudada, investigada e priorizada por todos os profissionais envolvidos.  

Porto enfatiza o pensamento de Piaget sobre o desenvolvimento do sujeito assegurando que o mesmo ocorre de acordo com o processo de maturidade orgânica e neurológica, mediante determinadas faixas etárias. As fases do desenvolvimento são estabelecidas cronologicamente:

•Sensório-motor: fase das crianças de zero a dois anos, onde a aprendizagem se desenvolve através do controle motor. • Intuitivo ou simbólico: crianças de dois a sete anos, a aprendizagem está vinculada à descoberta de símbolos e aquisição da linguagem. • Operações concretas: crianças de sete a doze anos, marcadas por atingir um pensamento lógico sobre coisas concretas e apresenta maior capacidade de reflexão, bem como maior possibilidade de socialização. • Operações formais ou hipotético-dedutivas: crianças a partir dos doze anos; destaca-se nessa fase a capacidade de entender conceitos abstratos. (Piaget 2003, p. 22).

Desta maneira, Piaget recomenda-se sobre desenvolvimento infantil, e Porto (2007 p. 28) esclarece que:

Respeitando-se a maturidade de seu pensamento e a individualidade cada aluno está em um nível de desenvolvimento e, a partir deste dado, deve o professor respeitar a ação no ritmo, no tempo peculiar de cada um, sem antecipá-lo na ação, exceto em situações frustrantes para ele.

  Por esse motivo, os educadores precisam observar e respeitar o desenvolvimento e o crescimento das crianças, pois muitos deles não conseguem se desenvolver de forma rápida na aprendizagem, e por isso se deve evitar situações desagradáveis tanto para o professor quanto para a criança e sua família. Em respaldo, Andrade (2002) evidencia que:

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