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OS MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO

Por:   •  19/3/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.415 Palavras (6 Páginas)  •  117 Visualizações

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Durante muito tempo a tradição pedagógica,

empregando principalmente métodos

analítico-sintéticos, formulou, ao longo do

tempo, uma hierarquia de dificuldades na

elaboração das cartilhas.

Elas iniciam a alfabetização, em geral,

conforme nos indica Da Silva(1991):

• * palavras-chave;

• * sílabas-chave;

• * famílias silábicas simples ou regulares

( compostas de consoante e vogal);

• * famílias silábicas complexas ( não

seguem o padrão consoante/vogal);

• * formação de palavras;

• * escrita de frases.Nesse contexto, no qual fica evidente o controle sobre a produção escrita

com o intuito de se evitarem problemas, qualquer desvio daquilo que é

ensinado como modelo correto pode ser visto negativamente. Dessa

maneira, só se aceita como demonstração de saber aquilo que reproduz

exatamente o que foi ensinado. Qualquer escrita que fuja de tais limites é

tida como não saber.

Nesse modelo a escola não consegue conceber o erro como algo inerente ao

processo de aprendizagem, e sim, como um indício de dificuldade

centrada na própria criança que, por algum motivo, em geral visto como

patológico, não estaria conseguindo associar ou “ fixar” adequadamente

a forma de escrever que lhe é apresentada.

O erro nesta concepção é considerado responsabilidade quase que

exclusivamente da criança, representando uma patologia da mesma,

nunca uma inadequação metodológica.A CONSTRUÇÃO DA ESCRITA E DA LEITURA

uma abordagem construtivista

Para entendermos como as crianças constroem suas hipóteses a respeito

da escrita e da leitura, precisamos conhecer a pesquisa realizada pela

psicóloga e pesquisadora argentina Emília Ferreiro.

Grande parte desses estudos foram dirigidos para a reflexão teórica e a

discussão sobre a alfabetização, pois ensinar a ler e escrever continua

sendo uma das práticas escolares que mais se constatam fracassos

significativos.UM POUCO DE HISTÓRIA...

Emília Ferreiro psicóloga e pesquisadora Argentina, radicada no

México.

* Cursou seu doutorado em Genebra, sob a orientação de Jean

Piaget no final dos anos 60.

* Em 1971 voltou à Argentina, para a Universidade de Buenos

Aires e ali constituiu um grupo de pesquisa sobre alfabetização, do

qual faziam parte Ana Teberosky, Alicia Lenzi, Susana

Fernandez e outros.

* O objetivo das investigações de Ferreiro era propor aos educadores

considerar os problemas que envolvem a alfabetização por um

novo prisma.

* Suas contribuições não são um novo método de alfabetização, nem

uma maneira de classificação a respeito das dificuldades de

aprendizado, busca sim, desvelar as implicações que envolvem os

processos existentes no sujeito para essa aquisição.Por fim, partimos do pressuposto de que as crianças adquirem

o conhecimento da linguagem escrita por meio da interação

com o objeto-escrita, e ampliam esses esquemas

sucessivamente complexos, decorrentes do seu

desenvolvimento cognitivo, e não só motor.

Emília Ferreiro então, desviou o enfoque do

“ como se ensina” para o “ como se aprende”, colocando assim a

escrita no seu devido lugar – como objeto sócio-cultural de

conhecimento.UMA ABORDAGEM CONSTRUTIVISTA SOBRE A

ESCRITA E A LEITURA

Nessa abordagem mais atual, a escrita não se reduz apenas a uma simples

transcrição da oralidade, nem sequer depende exclusivamente de processos

perceptivos envolvendo discriminação e memória.

A escrita nessa concepção pode ser vista como uma representação simbólica,

correspondendo à aquisição de uma nova língua, onde a criança se apropria

gradualmente.

De acordo com Ferreiro(1979,1995), as crianças não são aprendizes passivos,

mas, sim, ativos. Isto quer dizer que constroem conhecimentos, que transformam

a língua escrita em um objeto de conhecimento.

A escrita torna-se não somente um instrumento simbólico utilizado para a

comunicação mas também algo a ser compreendido, ou seja, ela é tematizada,

transformando-se em um conteúdo sobre o qual o pensamento é dirigido.

Enfim, para poder adquirir conhecimentos sobre a escrita, as crianças atuam da

mesma maneira que o fazem com relação a outros temas ou assuntos: procuram

assimilar as informações que o meio lhes fornece. Nos anos 1980, a perspectiva

...

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