Quando o Vínculo é Doença
Por: Anna Carolina Soto • 2/3/2020 • Resenha • 1.060 Palavras (5 Páginas) • 304 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM PSICOPEDAGOGIA CLINICA E INSTITUCIONAL
Resenha Crítica de Caso
Anna Carolina de Almeida Soto
Trabalho da disciplina Teoria Psicanalítica
Tutor: Prof. Flaviany Ribeiro da Silva
Teresópolis
2020
QUANDO O VÍNCULO É DOENÇA: A INFLUÊNCIA DA DINÂMICA FAMILIAR NA MODALIDADE DE APRENDIZAGEM DO SUJEITO
Referência:
ALMEIDA, Ana Paula Decnop. Quando o vínculo é doença: a influência da dinâmica familiar na modalidade de aprendizagem do sujeito. Revista Psicopedagogia. São Paulo. Vol 28, n. 86, p.201-2013, 2011. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v28n86/11.pdf. Acessado em 18 de janeiro de 2020.
O artigo trata da compreensão da organização familiar e as implicações existentes no processo de aprendizagem.
A família é a primeira referencia e o pilar de formação da criança. A pessoa que desempenha o papel de mãe é responsável por decifras os desejos da criança, satisfaze-lo ou frustrá-lo. A frustração é que permite que a criança entre em contato com o senso de realidade e perceba a existência do outro.
Aos poucos a criança sai da posição de independência e começa o processo de individualização. A forma como é exercida a maternidade e a paternidade influenciam diretamente a dinâmica familiar, que interferirá nos papéis futuros assumidos pela criança, inclusive o de pai e mãe.
“O processo educacional não começa na escola. Ele se inicia a partir das primeiras relações afetivas com a mãe, com o pai e com a família. As condições psíquicas para o aprendizado estão em íntima relação com o desenvolvimento dos primeiros vínculos afetivos e, no decorrer deste processo, com o próprio desenvolvimento da personalidade.” (ALMEIDA, 2011)
Existem dois tipos de vínculos: o Interno (fruto de concepção subjetiva, como o comportamento) e o Externo (observação do comportamento).
Para a psicanálise, as relações pessoais podem ser definidas por três vínculos: O de dependência (passado de geração por geração de pais para filhos e sempre presente no ato de ensinar), o vínculo de cooperação e mutualidade (entre casais e irmãos) e o vínculo de competição ou rivalidade, sexual ou fraterno.
Alicia Fernandez, analisando a família, considera três níveis de vínculo: nível individual (focado no paciente), nível vincular (entre membros da família) e nível dinâmico (estrutura familiar e seus papéis).
Zimerman classifica a família em diferentes tipos: “família suficientemente sadia, família simbiótica, família dissociada ou dividida, família narcisista, família com perdas de limites, família depressiva e outros tipos”
A família saudável é aquela com predominância da harmonia, uma atmosfera sadia entre as pessoas, que possibilita um crescimento de cada um e de todos. Os pais servem como modelo de identificação para os filhos. Portanto, é fundamental que haja coerência entre o que dizem, fazem e o que realmente são, deixando clara a delimitação de papéis e funções de cada um, bem como o reconhecimento das diferenças existentes entre as pessoas.
A família simbiótica, “possui como principal característica o fato de estarem aparentemente ligados unicamente pelo sentimento de um grande amor entre todos os familiares, mas na verdade nenhum deles ter conseguido uma autêntica emancipação e a sadia conquista de um espaço próprio”. Por meio dessa dinâmica tende a ocorrer a infantilização de um ou de mais filhos, por causa do desejo inconsciente de um dos pais de garanti-lo como segurança contra a solidão na sua velhice.
A família dividida, onde subgrupos acabam por privilegiar um dos pais ou filhos.
A família narcisista onde os membros se acham donos da verdade e não toleram frustrações.
As famílias com perdas de limites onde não há o reconhecimento da hierarquia e dos papeis de cada um.
A família depressiva onde a apatia e a tristeza
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