RESENHA DO FILME: “UM HOMEM ENTRE GIGANTES”
Por: Anne Santos • 9/7/2021 • Resenha • 755 Palavras (4 Páginas) • 619 Visualizações
ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA[pic 1][pic 2]
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE EDUCAÇÃO E LINGUAGEM
LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
CLEUCIANE DA SILVA SANTOS
RESENHA DO FILME: “UM HOMEM ENTRE GIGANTES” (2015)
CLEUCIANE DA SILVA SANTOS
RESENHA DO FILME: “UM HOMEM ENTRE GIGANTES” (2015)
Trabalho, apresentado à Unemat, como parte das exigências da disciplina Educação Física: Cultura Corporal e Motricidade Humana.
Docente: João Batista Lopes da Silva.
Sinop, 11 de Junho de 2021.
O filme “Um Homem entre gigantes” “concussion" (2015) originalmente, retrata a história baseada em fatos reais do médico Legista Bennet Ifeakandu Omalu, mais conhecido como Dr. Omalu que descobriu que o futebol americano traz consigo riscos de os jogadores serem acometidos por encefalopatia traumática crônica (ETC), que é uma doença degenerativa progressiva do cérebro que pode acontecer após traumas cranianos repetitivos.
Enquanto trabalhava no Instituto de medicina legal da Pensilvânia, Dr. Omalu realizou a autópsia do corpo do ex-jogador de futebol americano do time Pittsburgh Steelers, Mike Webster. Intrigado com a morte repentina de Webster, e por não encontrar problemas visíveis no sistema nervoso central do jogador, ele decide investigar o histórico de deficiência cognitiva e transtornos de humor do mesmo. Após uma série de exames que ele mesmo financiou, encontra anormalidades no seu cérebro.
Estudando afundo o caso Dr. Omalu chega à conclusão de que as alterações encontradas foram associadas a graves danos cerebrais neurodegenerativos relacionados ao trauma craniano repetitivo, resultado de pancadas sofridas nos jogos aos quais o atleta participou durante sua carreira. Mais tarde dois ex-jogadores de futebol americano cometeram suicídio e também foram analisados como Webster, confirmando o mesmo problema nos três. Descobriu-se que este diagnóstico já havia sido encontrado em vários ex-jogadores da modalidade, Dr. Omalu denominou essa patologia como Encefalopatia Traumática Crônica (ETC) que causa demência e incapacidades motoras, como no caso de Webster que se encontrava com os dedos das mãos e pés atrofiados.
Julian Bales, o antigo médico do time Pittsburgh Steelers conhece as consequências do jogo e apóia Dr. Omalu, assim como o neurologista Steven T. Dekosky e o legista Cyril Wecht. Com o apoio dos três, ele decide publicar seus estudos com a intenção de abrir um debate sobre uma forma mais segura de praticar o esporte, porém houve grande controvérsia, já que a National Football League (NFL), maior liga de futebol americano do mundo, nega que as lesões tivessem relação com a prática do esporte.
Ao desafiar os “gigantes" Dr. Omalu começou a sofrer perseguição pelos líderes da NFL. Então ele se vê encurralado, desiste de lutar pelo seu estudo, muda de cidade
crescentes problemas cognitivos e deixa uma carta admitindo que Dr. Omalu estava certo sobre a origem de seus problemas.
Após o ocorrido a NFL convida Dr. Omalu para comentar sobre ETC em uma de suas conferências, abrindo assim discussões importantes visando a ampliação do conhecimento das causas da doença, assim como quando diagnosticar, quais intervenções fazer e quando iniciá-las.
Os interesses da NFL batem de frente com os interesses do Dr. Omalu, pois enquanto um deles preza a integridade da saúde do indivíduo o outro preza o lucro e o entretenimento que o jogo trás às pessoas, mesmo sendo um esporte que causa efeito a longo prazo no cérebro dos jogadores. Um estudo publicado pelo jornal on- line “El país” publicou um estudo que revela que 99% dos ex-jogadores da NFL têm lesões cerebrais, o estudo foi publicado inicialmente no Journal of American Medical Association. A discussão sobre a relação direta da ETC à prática do futebol americano começou há pouco mais de uma década como consequência de um estudo envolvendo ex-jogadores com problemas mentais depois da aposentadoria. As consequências podem surgir anos depois dos choques. Essa doença também é consequência de outros esportes violentos, como o boxe.
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