Resenha Filme O Sorriso de Monalisa

O filme “O sorriso de Monalisa” é um filme americano de 2003, produzido pelo Revolution Studios e Columbia Pictures, dirigido por Mike Newell e escrito por Lawrence Konner e Mark Rosenthal, é um filme de drama e romance com duração de 117 minutos.

O filme se passa nos anos de 1953-1954, discorre a maior parte das cenas na escola Wellesley College, um colégio composto somente por mulheres. Tem como principais protagonista a professora de História da Arte cujo nome da professora é Katherine Watson (Julia Roberts), recém formada que consegue uma vaga para lecionar na tão sonhada escola, e tem como destaque suas alunas Joan Brandwyn (Julia Stiles), Betty Warren (Kirsten Dunst), Giselle Levy (Maggie Gyllenhaal) e Connie Baker (Ginnifer Goodwin).

A história é retratada na década de 50, onde o objetivo central da mulher era apenas o casamento, tendo a educação como ultimo plano. O colégio Wellesley College tinha um padrão de ensino para “formar” mulheres que serão boas mães, esposa e dona de casa, situação afirmada pela professora Nancy Abbey (Marcia Gay) por volta de 29m15s do filme, dizendo: “Sua única responsabilidade será cuidar do marido e dos filhos. Podem estar aqui para tirar uma nota máxima fácil, mas sua nota mais importante será a dele, não a minha”. A única preocupação que as alunas tinham era apenas de arrumar um marido e mostrar para todos que está bem casada e feliz com sua família, não tendo uma perspectiva de futuro além do casamento. O que vem depois de terminar os estudos e se formar? Pensar em cursar uma faculdade? Arrumar um trabalho? Não! O que vem após os estudos é o casamento.

Os padrões de ensino do colégio eram tão rígidos, que uma professora enfermeira Amanda Armstrong (Juliet Stevenson) é demitida por ensinar e dar métodos contraceptivos para uma aluna, visto que para o colégio não podia promover a promiscuidade sexual. Também tinham aulas de bons modos, como cruzar e descruzar as pernas, jornais feitos por alunas que pregam a necessidade de cada uma assumir seus deveres e obrigações de dona de casa e ser bem vista.

Katherine Watson inicia sua primeira aula, apresentando artes seguindo o programa de estudo disponibilizado por Dr. Staunton, ao iniciar as apresentações das obras as alunas conheciam todos, sendo notório que tudo era mecanizado e que o conteúdo que a mesma planejou para sua aula acabou-se em minutos, já que as alunas tinham tudo decorado, todas tinham funções na sala, desde apagar as luzes, passar os slides, e principalmente tinham a apostila da aula decorado. Deixando assim de ser uma aula, pois as mesmas não aprendem, mas apenas decoram livros e grades de ensinos que o colégio disponibiliza. Visto que sua primeira aula foi frustrante a professora Katherine não desiste e replaneja sua próxima aula, burlando os padrões decorados e disponibilizado pelo colégio.

Na segunda aula ela traz imagens de obras de arte como Carcaça de Soutine (1925), desenho de uma vaca feito por ela quando criança e uma fotografia de sua mãe, por ter apresentado obras que não estava incluso nas apostilas de ensinos, a professora Katherine foi duramente criticada por suas alunas, tendo as obras chamadas de artes de grotesco, e que arte só era arte quando alguém certo diz ser. A partir das aulas seguintes Katherine apresentou artes e métodos diferentes de ensinos, de forma liberal desviando-se totalmente dos padrões machistas imposto pela instituição, buscando sempre mostrar para suas alunas a importância dos ensinos além doque seguir os padrões de boas esposas, mãe e dona de casa, abrindo espaço para que todas pudessem ter o livre arbítrio de escolher o seu destino após se formar, podendo pensar em trabalhar ou até mesmo fazer faculdade.

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