Resenha do Filme: “Entre os Muros da Escola”
Por: Mariane Carvalho • 18/10/2021 • Resenha • 1.434 Palavras (6 Páginas) • 507 Visualizações
Claretiano Rede de Educação
Graduação em Pedagogia
Gestão e Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Básica
Resenha do filme: “Entre os Muros da Escola”
2021
Resenha crítica do filme “Entre os muros da Escola”
Título original: Entre les murs
Direção: Laurent Cantet
Gênero: Drama
Nacionalidade: França
Sinopse: François e os demais amigos professores se preparam para enfrentar mais um novo ano letivo. Tudo seria normal se a escola não estive em um bairro cheio de conflitos. Os mestres têm boas intenções e desejo para oferecer uma boa educação aos seus alunos, mas por causa das diferenças culturais – microcosmo da França contemporânea – esses jovens podem acabar com todo o entusiasmo. François quer surpreender os jovens ensinando o sentido da ética, mas eles não parecem dispostos a aceitar os métodos propostos.
Essa resenha é feita sobre o olhar de uma aluna de pedagogia, que compreende que a educação é feita de erros e acertos, e que qualquer um irá errar em algum momento, mas que o fundamental é olhar esse erro com carinho, de forma a entende-lo e não o repetir.
Sendo assim, começamos o filme de forma a mergulhar dentro dessa escola, por diversas vezes me senti uma estagiaria, um professor tímido ou uma pessoa gravando as vivencias do local para um documentário. É um cenário comum, que podemos ver em diversas escolas, os professores dando boas-vindas para novos professores, explicando o dia a dia da instituição, já passando o relatório sobre cada um aluno, de forma esta que estigma o aluno. E por uma grande parte ter um rótulo de “aluno ruim” nos é explicado sobre as questões de como os castigos e as punições são aplicadas.
Acompanhamos nessa escola o professor François, que começa por ser um professor autoritário, até solitário pois recusa proposta de trabalhar com outros professores da instituição. Uma coisa curiosa é um método que ele prática em sua sala, chamado “tempestade cerebral” contudo não o conhece a fundo, o tornando raso, e não obtendo resultados positivos e isso se deve como por exemplo quando, François constantemente exige que os alunos saibam a resposta correta do jeito dele.
Em determinado momento vemos o esgotamos dos professores, estes que estão cansados de um ensino, que em suas reuniões pensam em como aplicar castigos e punições, uma das professoras questiona se eles não deveriam valorizar o aluno ao invés de puni-lo, mas rapidamente a discussão se volta para o início com a desculpa de que os alunos já são valorizados, mas que não agem por merecer mais. O interessante dessa conversa é a rapidez que o assunto “valorização “desaparece, e é cortada a cena sem de fato um desfecho e conclusão da reunião.
Somos levados agora para outra reunião, essa que o professor dialoga com cada aluno e sua família. De forma que visualizamos uma realidade diferente da outra, um aluno “bom”, outro “ruim”, família refugiada e assim por diante.
Um caso especifico é de um garoto chamado Souleymane, que os professores sempre se queixam que o mesmo não faz as tarefas, por raras vezes aparece na sala e traz material. E nessa reunião vemos sua mãe, esta que não compreende a linguagem francesa, e que assinava os bilhetes de atenção sem ter conhecimento sobre seu conteúdo. Nesse momento o telespectador já se questiona: “Já foi mandando tantos bilhetes, esse aluno vai tão mal nas suas responsabilidades. Ninguém faz nada? “visto que anteriormente Souleymane já foi caçoado por não saber ler, como a instituição fechou os olhos para as particularidades desse aluno? Porque não deram atenção? São questões que esperava que o filme me respondesse, e me deu enorme anciã para saber se François ligaria essas questões, e se ligasse o que faria?
E de fato, mais a frente do filme nos é mostrado o professor valorizando esse aluno em uma atividade de autorretrato, mostrando que ele havia feito algo bom, e é um momento emocionante, o aluno se emociona e você que assiste se emociona. Porque é claro que aqueles alunos não possuem autoconfiança, não veem seus valores e suas qualidades. E quando esse professor nos traz esse gostinho de algo certo, é incrível.
Uma cena que nos é mostrada também é na sala dos professores, onde esses reunidos recebem a notícia que uma mãe de um aluno da escola havia sido deportada, uma das professoras sugere fazer uma vaquinha para ajudar essa mulher, pois advogados eram caros. Logo outra professora anuncia sua gravidez. E novamente é cortada a cena sem um desfecho.
Em outra reunião possui os professores e duas representantes de sala, uma que vemos batendo de frente com o professor durante todo o filme chamada Esmeralda, ela e outra menina estão ali para representar os alunos de sua sala. Vemos novamente o nome de Souleymane citado, esse que aqueles que estão presentes dizem que seu comportamento é ruim, e que deve ser punido. Esmeralda rebate e cita que o menino havia aumentado as
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