Resumo do filme Vênus Negra
Por: micaellamartinsl • 27/8/2017 • Resenha • 513 Palavras (3 Páginas) • 2.544 Visualizações
Micaella Martins Larrubia, Matrícula 17.0105-32 – Curso: Pedagogia (1º período – Noite)
Cultura e sociedade – Professora: Rosilaine Souza
Vênus Negra
O filme se passa na Europa, no século XIX, e conta a história de Saartjie Baartman, uma sul-africana de 25 anos, que trabalhava para Hendrick Cezar.
Ela nasceu em Baartman’s Fonteyn, perto do Cabo da Boa Esperança. Seus pais morreram quando ela era pequena. Teve 2 irmãos e 4 irmãs.
Saartjie teve um relacionamento amoroso, e viveu por dois anos, com um homem branco, com o qual teve um filho que veio a falecer. Depois da morte da criança, o homem se foi.
Então ela começou a trabalhar na fazenda do Sr. Hendrick Cezar, onde ela tomou conta de seus três filhos, amamentou Anna, a filha mais nova, e também cuidou do gado e da cozinha.
Hendrick teve então a ideia de fazer um espetáculo com Saartjie, pois exibições eram normais na cidade de Cabo, e eram muito populares entre os soldados britânicos. Alexander Dunlop, sócio e amigo de Hendrick, a viu dançar e quis a levar para Londres.
O espetáculo mostrava Saartjie como uma selvagem que foi capturada, dentro de uma jaula, acorrentada. Não falava o idioma local, era instigada a “atacar” o público e ter atitudes violentas. Dava a impressão de estar nua. Usava uma malha muito fina, praticamente da cor da pele, e tão justa que revelava todos os detalhes do seu corpo. O público era motivado a tocar em suas nádegas, que eram muito volumosas.
Tratada como escrava, ela chamou a atenção não só do público, mas também da corte local. Em julgamento afirmou ser apenas uma atriz, e que a apresentação nada tinha a ver com escravismo, pois foi treinada, e ameaçada por Hendrick, seu dono, a mentir.
Depois deste caso ela foi vendida a outro dono, que era domador de animais, e tornou o espetáculo muito mais agressivo. Ela passou a se apresentar até em shows fechados para a alta sociedade de Paris, onde seu corpo inteiro era tocado e ela era quase que explorada sexualmente.
Ela passou a não aceitar mais o que era imposto e então foi abandonada na rua. Foi então que Saartjie começou a se prostituir. Mais pra frente foi detectada com uma doença infecciosa que a levou à morte.
Médicos já estavam interessados em estudar o corpo de Saartjie enquanto viva, então depois de sua morte, o domador de animais vendeu seu corpo para os anatomistas da Escola Real de Medicina de Paris. Eles fizeram uma estátua do seu corpo, para ser exibida e estudada na própria instituição.
Até 1974, os restos de seu corpo foram exibidos em Paris, no Museu do Homem. Em 1994, a África do Sul pediu a sua restituição à França, e em 9 de agosto de 2002, ele foi enterrada em sua terra natal.
Fiquei muito triste ao assistir toda a exploração, racismo, sexismo e machismo presentes no filme. O racismo científico naquela época, ao afirmar que ela era semelhante a um primata. E mais triste ainda por perceber que, não de forma escancarada, como na época, ainda existam muitas Saartie’s, e a exotização/erotização de seu corpos.
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