Transdiciplinariedade na educação do campo
Por: anildo12 • 26/7/2019 • Artigo • 1.086 Palavras (5 Páginas) • 113 Visualizações
TRANSDISCIPLINARIEDADE: DESAFIOS E POSSIBILIDADES NA PRÁTICA DA EDUCAÇÃO DO CAMPO.
RESUMO:
Palavras-Chave:
1-INTRODUÇÃO
Nos dias atuais é notório e compreensivo que a Educação tome destaque nas discussões que envolvam as novas relações entre os sujeitos, principalmente àquelas relacionadas com seu modo de vida, sua realidade atual. São vastas as mudanças em nosso cenário, sejam elas na maneira como nos comunicamos, nos vestimos, nos alimentamos, enfim, como vivemos. O cidadão de hoje é totalmente diferente do cidadão de meados do século passado, a realidade é outra, o que por sua vez não ocorreria diferente dentro das salas de aulas, os alunos também são diferentes. Dessa forma, tem se buscado articular essas mudanças com as novas formas de transmissão e construção do conhecimento, visando articular as novas concepções de espaço, tempo e sujeito com os conteúdos que são ofertados dentro da sala de aula.
Nesse contexto, surge a necessidade de práticas pedagógicas que trabalhem com essas mudanças de modo positivo para o educando, que despertem sua atenção, que os motive dentro e fora da sala de aula. As práticas pedagógicas tradicionais não são mais úteis por que foram planejadas para sujeitos diferentes e não conseguem ser atrativas para os estudantes do século XXI. São necessárias propostas que englobem mais de uma área ou conteúdo, que de modo articulado e atrativo desperte no educando o interesse pelos estudos. Em outras palavras, a escola precisa dar ao educando autonomia em seus estudos, fazendo com os mesmos sejam considerados sujeitos do seu aprendizado, para que assim, possam ser ativos em sociedade e não apenas simples figurantes sociais.
No que diz respeito à necessidade de rever os métodos educativos, surge como alternativa a teoria transdisciplinar que tem se apresentado como uma proposta de educação transformadora, capaz de relacionar as diversas áreas do conhecimento, assumindo uma postura de respeito pelas diferenças, solidariedade e integração à natureza. Dessa forma, os conteúdos que até então eram trabalhados de forma isolada, ganham certo destaque e passam a serem entendidos como complementares, ou seja, assim como na natureza nada é isolado, os conteúdos escolares também não são e precisam serem trabalhados de forma articulada, um complementando o outro e não de maneira isolada com até então vinha sendo realizado pelos métodos tradicionais.
Nesse sentido, é evidente a necessidade de métodos que trabalhem de forma articulada os diferentes conteúdos ligados ao currículo escolar e principalmente de maneira relacionada e que respeite os conteúdos empíricos ligados à realidade local do aluno. Tendo em vista, o que até aqui foi apresentado, a proposta deste trabalho surge como uma análise da teoria transdisciplinar, relacionando-a com a proposta da Educação do Campo, afim de, evidenciar os desafios e possibilidades de se trabalhar de maneira transdisciplinar uma escola do campo.
2. TRANSDISCIPLINARIEDADE E EDUCAÇÃO
Como já citado, as mudanças que ocorreram durante os anos no modo como vivemos, acabou alterando a maneira como pensamos e interagimos em sociedade e de certa forma essas mudanças não ficaram restritas a essas relações e acabam se perpetuando para dentro do âmbito escolar. O ser humano está vivendo uma era interativa e articulada na qual ele é o sujeito de suas ações. Nesse sentido a escola precisa ser atrativa para seus alunos ou ao contrário se tornará um depósito de sujeitos em formação forçada, pois à realidade da vida, não é fragmentada, nem dividida em disciplinas, e uma educação de qualidade requer um ensino que envolva a compreensão do ser, da vida, da cultura, em suas relações e inter-relações. Dessa maneira, a escola assume um papel fundamental de preparar o educando para a vida em sociedade.
No final do século XX, no ano de 1994, surge a Primeira Grande Manifestação Mundial da Transdisciplinaridade, evento este que coloca o assunto em nível internacional e passa ser discutido por diversos estudiosos ligados à temática. Dos quais, Morin (2010 p. 99) evidencia que,
reformar um pensamento é um problema paradoxal, pois para reformar o pensamento é necessário antes de tudo reformar as instituições que permitem
esse novo pensar. Mas para reformar as instituições é necessário que já exista um pensamento renovado. Este não deve ser ultrapassado deve começar por movimentos marginais/ movimento piloto pelas universidades e escolas de boa formação. O grande problema é a reeducação dos educadores
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