A Atuação Do Psicologo Na Ginecologia
Ensaios: A Atuação Do Psicologo Na Ginecologia. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: simonidparente • 1/7/2014 • 6.759 Palavras (28 Páginas) • 2.374 Visualizações
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO HOSPITALAR NA GINECOLOGIA
INTRODUÇÃO
A Psicologia Hospitalar incorporou novos conhecimentos para integrar o trabalho na área da saúde, atenuando o sofrimento do paciente acerca do adoecimento. Esse trabalho tem o objetivo de apresentar o atendimento psicológico desenvolvido na área da Ginecologia que pode ser realizado em diversas modalidades de atendimentos nos ambulatórios e na enfermaria. A atuação auxilia a compreensão do diagnóstico e adesão ao tratamento, minimizando as angústias e contribuindo para melhor adaptação às alterações do corpo e na vida da mulher.
Todos os profissionais que atuam no sistema de saúde devem ter conhecimentos, já que a mulher deve ser vista biopsicossocialmente sobre influências multivariadas. Assim fica claro que o psicólogo que nesse contexto não pode se limitar a ter um conhecimento restrito em psicologia, sendo necessário que também tenha conhecimentos relacionados aos aspectos biológicos e sociais.
É de fundamental importância que o psicólogo tenha uma visão global do processo de saúde, podendo atuar identificando quais são as variáveis que interferem, além de intervir eficazmente. O trabalho do psicólogo neste contexto propicia a vivencia da feminilidade e sexualidade da mulher de forma mais plena e saudável.
HISTÓRICO
O principal objetivo do psicólogo hospitalar é atuar no sentido de atenuar o sofrimento e as sequelas provocadas pelo adoecimento e pela hospitalização, promovendo o respeito à dignidade e integridade do ser humano. A psicologia hospitalar como campo de atuação profissional no Brasil iniciou-se a partir de 1954, com a conscientização das instituições de saúde de que era necessário incorporar novos conhecimentos e especialidades para um trabalho integral na área da saúde.
O profissional que atua na área da saúde reprodutiva da mulher acompanha a mulher em todas as fases de seu desenvolvimento, a puberdade, vida reprodutiva e maturidade. Durante esse processo, inúmeras intercorrências e sintomas ginecológicos podem ocorrer, revelando o que a mulher tem de mais íntimo: sua sexualidade. O trabalho do psicólogo que está inserido numa equipe multidisciplinar é fundamental para que a mulher seja compreendida integralmente em todas as fases de sua existência, independente dela apresentar algum sintoma genital.
MATERIAL
A Psicologia atua nos ambulatórios: Atendimento Especial (Violência Sexual), Doença Trofoblástica Gestaciona, Endometriose, Esterilidade, Ginecologia do Adolescente, Ginecologia-endócrina, Ginecologia Geral, Infecções Genitais I, Infecções Genitais II (HIV/AIDS), Menopausa, Planejamento Familiar e Plastia Genital. Além disso, atuação junto aos programas: Atendimento em Grupo às Mulheres Obesas, Atendimento Psicológico e Fisioterapêutico em Grupo às Mulheres em Menopausa, com Endometriose, Dor Pélvica Crônica e Incontinência Urinária. Nesse contexto, são realizadas as modalidades de atendimento psicológico: pronto atendimento, interconsulta, psicoterapia de crise, psicoterapia breve, grupo de apoio, grupo psicoeducativo, atendimento familiar e de casal.
Na Unidade de Internação o atendimento psicológico tem auxiliado a minimizar o sofrimento provocado pelo diagnóstico, internação e tratamento. Através do estabelecimento do vínculo terapêutico e de um trabalho informativo, educativo e preventivo, o psicólogo colabora no processo de compreensão e adesão ao tratamento médico. Assim, diminuindo o nível de ansiedade, estresse, medos e fantasias das pacientes frente aos procedimentos cirúrgicos e as possíveis seqüelas e contribuindo para melhor adaptação às alterações no corpo e na vida da mulher. O atendimento ambulatorial abrange distintos diagnósticos e tratamentos. Os conflitos psíquicos comumente encontrados nos atendimentos se relacionam à: descoberta da sexualidade ligada à fase de transição e transformação; perda da fertilidade; baixa auto-imagem e baixa auto-estima; crise de identidade; sentimento de fracasso no cumprimento à vida reprodutiva, sexual e social; mudanças da expectativa e planos de vida; necessidade de reavaliar a própria vida, buscando novos objetivos.
Um aspecto importante a ser ressaltado refere-se ao impacto na vida da mulher causado pelo diagnóstico de uma doença sexualmente transmissível, além de repercussões na sua vida afetiva, conjugal e sexual, o diagnóstico traz a inevitável associação à morte, o medo do sofrimento, da discriminação e do tratamento.
GRAVIDEZ
Planejamento familiar nada mais é do que um processo de discussão entre o casal, realizando uma programação de quantos filhos desejam, levando em conta as condições sociais, econômicas e psicologias
No momento em que a mulher realiza exames pré-natais, objetivando evitar certos tipos de patologia no futuro bebe e intercorrencias na gestação, pode iniciar a gravidez com mais tranqüilidade. Segundo Maldonado (1986), a gravidez é um período de transição que faz parte do processo normal de uma mulher, que necessita de ajustamentos como:
- a definição de um novo papel, quando primipara, pois deixa de ser só mulher e filha para assumir também um papel de demão. E quando multípara, de assumir mais um filho;
- A adequação de fatores socioeconômicos, já que a mulher é tão responsável pelo orçamento familiar quanto o marido;
- No casamento, podendo levar a níveis de integração e rompimento de relacionamento de relacionamentos frágeis, e o amadurecimento pessoal, estabelecendo uma relação saudável com seu bebe, percebendo-o como um indivíduo separado e não como a solução de suas dificuldades.
O inicio da gravidez é contado a partir da ultima regra (menstruação), por não se saber exatamente o dia da fecundação (Maldonado, 1986). A duração da gravidez pode ser expressa através de meses, aproximadamente nove meses ou dias (por volta de 266), ou semanas (até 40 semanas), passando por três fases distintas:
a) estagio germinal – tem a duração de 10 a 14 dias, período em que corre a fecundação de nidação (fixação do zigoto no endométrio);
b) estagio embrionário – da segunda até a oitava semana ocorre o desenvolvimento dos órgãos principais e sistemas corporais, respiratório, alimentar e nervoso, é um período critico, no qual o embrião é muito vulnerável as influencias do ambiente pré-natal, portanto, como está em desenvolvimento, tem uma maior probabilidade se ser afetado.
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