A Carta ao Sigmund Freud
Por: melina2411 • 7/11/2022 • Trabalho acadêmico • 1.023 Palavras (5 Páginas) • 127 Visualizações
Prezado DR. Sigmund Freud, ingressei na faculdade de psicologia e muito que me inspirou foi ler sobre sua biografia, sua carreira, vida profissional e suas teorias, entre elas o complexo de Édipo, as teorias a respeito da morte e principalmente sua visão sobre o inconsciente. Após assistir o filme “Freud além da alma “do ano de 1962, me instigou ainda mais a lhe escrever.
Você é conhecido como o “pai da psicanálise”, por conta da sua extensa contribuição para o surgimento desse campo clínico que tem enfoque na psique humana. Formulou teorias como a do “id, ego e superego” e a do “complexo de Édipo”, que até hoje possuem enorme importância e são extensamente debatidas pelos psicanalistas.
Suas contribuições , no entanto não se resumem ao campo da psicanálise, uma vez que suas teorias repercutiram bastante no campo científico e influenciaram diretamente áreas como a psicoterapia. Sua obra também repercutiu até em campos como a filosofia e a literatura. Até hoje alguns dos métodos de tratamento criados por você são utilizados por psiquiatras.
Seu voltava-se para as doenças psíquicas, chamadas na época de histeria. Freud considerava os tratamentos da época inadequados, pois associavam essas doenças a transtornos físicos. Você não acha que o termo histeria seria muito simplório para descrever uma gama infindável de patologias psiquiátricas?
Um dos primeiros experimentos de Freud foi procurar tratar dores de cabeça e ansiedade por meio do uso de cocaína. Nessa época, drogas como cocaína e metanfetamina não eram proibidas e eram usadas indiscriminadamente por muitos. Freud chegou, inclusive, a autoadministrar cocaína como parte do seu experimento. Achei inusitado esse uso da cocaína para esse tipo de tratamento citados acima. Como chegou a tal conclusão e se se a análise dos efeitos adversos não o fez retroceder no tratamento?
Em 1885, foi a Paris para realizar estudos com Jean-Martin Charcot, um importante neurologista da época. Charcot era conhecido por tratar os seus pacientes por meio da hipnose. O que Freud aprendeu com Charcot teve enorme peso para que ele formulasse suas teorias anos depois.
Ao longo de sua carreira, Freud ficou conhecido por formular inúmeras teorias que influenciaram de maneira considerável o campo da psicologia. Depois de ter contato com a hipnose como forma de tratamento, Freud procurou utilizá-la em seus pacientes. Isso aconteceu depois de ter aberto um consultório em Viena para tratar de “doenças nervosas”. O contato com a hipnose levou Freud a concluir, tempos depois, que as doenças mentais eram, de fato, causadas por distúrbios em uma parte que ele chamou de inconsciente. Para chegar no inconsciente a partir da hipnose é necessário que o paciente demonstre predisposição a aceitar o tratamento ou técnica funciona para pacientes céticos e relutantes?
Freud passou a defender a ideia de que a forma de tratar essas doenças deveria acontecer por meio das palavras. Inicialmente, Freud hipnotizava seus pacientes e os incentivava a falar sobre todos os seus traumas. Esse procedimento ficou conhecido como “cura pela palavra” e foi resultado da influência de um neurologista chamado Josef Breuer.
Breuer era um dos mais importantes neurologistas de Viena, e o relato dele a respeito de uma de suas pacientes teve grande impacto em Freud. Essa paciente, que sofria de depressão, era Bertha Pappenheim, também conhecida como Anna O. Breuer hipnotizava sua paciente e a orientava a falar sobre os seus sintomas e traumas, tendo como resultado a melhora do quadro de Anna O.
Após esse caso, Freud passou a aplicar a “cura pela palavra” em seus próprios pacientes. Ele os incentivava a falar sobre os traumas e anotava tudo o que era dito pelos seus pacientes. Com o tempo, começou a identificar que a parte consciente da mente humana não tinha acesso a todas as lembranças e grande parte dos pensamentos ficava reprimida no “inconsciente”. Assim, o tratamento por meio da psicanálise só seria de fato eficaz se fosse possível acessar os pensamentos e traumas do inconsciente, levando-os para a consciência do paciente.
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