A Construção da Família Contemporânea
Artigo: A Construção da Família Contemporânea. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: lenyrrrl • 25/11/2013 • Artigo • 1.427 Palavras (6 Páginas) • 259 Visualizações
Atividade estruturada 4
Olá, seja bem-vindo (a)!´
Esta prova poderá ser realizada até que você seja aprovado. No entanto, caso ela faça parte do aproveitamento final, sempre será considerada a última nota obtida para o cômputo geral.
Ao terminá-la, não esqueça de clicar no ícone Entregar Atividade estruturada. Título da Atividade Estruturada:
A construção da família contemporânea
Objetivo:
Compreender a formação dos afetos entre as pessoas; descrever a formação e função da família em seus aspectos psicossociais; diferenciar os tipos de famílias na contemporaneidade.
Competência/Habilidades:
Analisar as relações afetivas na contemporaneidade e os papéis de gênero nestas relações.
Para começar, clique no botão INICIAR abaixo.
Texto do plano de aula 4
A Construção da Família Contemporânea
Tatiana Vasconcelos Cordeiro
Proponho uma discussão com as contribuições de Philippe Áries; este autor sugere entre outras coisas que a
família, tal qual a conhecemos hoje não foi sempre organizada dessa forma. A mudança para o modo de produção industrial (capitalista) e na própria concepção de trabalho trouxe alterações em relação ao espaço público e privado
e em relação à organização familiar.
Na virada do séc. XIX para o séc. XX a rua passa a ser vista como espaço público, de trabalho e da indústria; local
onde se realizavam negócios e onde se transitava com objetivos comerciais. A casa que antes abrigava o trabalho
dos que nela moravam, agora transforma-se em local de convivência privada; um refúgio para a família nuclear
frente às mudanças sociais, políticas e econômicas que estavam acontecendo, como, por exemplo, a diminuição
das distâncias hierárquicas, já que a ascensão dava-se não mais através de heranças, mas cada vez mais através
de conquistas e o espaço da rua cada vez mais pertencente ao Estado e ao trabalho, o que fez com que a família se
voltasse mais e mais para si, se fechando.A família que antes se unia com objetivos políticos passa então a basear
seus laços e alianças em sentimentos como amor, paixão e desejo. Há ainda uma grande transformação no valor
atribuído às suas crianças, antes vista como pequenos adultos sem grande valor por conta das altas taxas de
natalidade e mortalidade. Com o desenvolvimento de uma concepção de infância agora tornam-se o centro da
família, que passa a ter como características a troca afetiva entre os parceiros e o amor entre pais e filhos. Nesse
sentido, como diria Mizhari ?... o cuidado infantil torna-se um dos organizadores do sentimento moderno de família.?
(Mizhari, 2004, p.30).
A crise na família começa a ocorrer quando esta se vê sobrecarregada e temerosa de sua capacidade para suprir
todas as demandas impostas, pois cabia à família acolher, amar, tranqüilizar, mas também preparar para o trabalho
e para a vida e manter a harmonia nuclear, ou seja, cabia à família tarefas muito difíceis de serem desempenhadas.
Essa crise passou por diversos estágios, mais em nenhum momento a família deixou de ser importante para a
socialização do sujeito e para o seu desenvolvimento. Ainda hoje quando a família atribui a outros ? os
especialistas, a função de educação e mesmo socialização primária de seus filhos, é vista na maioria de seus
arranjos, como determinante, pois mesmo quando essa socialização é dada por um outro, este foi escolhido ? e
não um outro possível ? pela família.Continuamos em nosso percurso histórico citando Lasch; este autor chama
atenção para o fato de que nas sociedades americanas existia (ou ainda existe?) uma divisão, uma cisão entre afeto
e autoridade, na medida em que os pais querem ser responsáveis apenas pelos bons momentos dos filhos.
Corrigir, chamar atenção, ensinar, pôr de castigo, tudo isso ficaria sob responsabilidade das instituições
educacionais e do social de uma maneira geral. Ou seja, os pais não querem ter que suportar o fato de ás vezes
serem vistos como autoritários, repressores, caretas ou coisas do tipo, o que também faz parte de um
desenvolvimento saudável. É sabido por nós que as crianças precisam não apenas de amor e atenção, mas
também de limites e esse limite que se estende para a fase da puberdade não é nada mais do que a reafirmação
do amor dos pais. Essa relação sem conflitos, sem limites ou regras severas, traz uma sensação de perfeição, de
harmonia que em nada corresponde à verdade dos fatos.
Mizhari aponta ainda para vários caminhos interessantes que podemos considerar neste artigo, como por exemplo:
* O tempo do trabalho ser mais valorizado do que o tempo da família.
* A liberdade ser pensada como algo individual e não político ? reivindicação feminina por igualdade.
Quanto mais os pais estão ausentes, mais as crianças ficam entregues à TV. Muitas vezes são formadas e
educadas pela mídia. Dessa forma, o seu desenvolvimento não é pautado em valores familiares e/ou fraternos, não
se aponta com isso para uma ausência de valores e sim para uma formação pautada em valores de mercado, a
formação
...