A DOR NO LIMITE DO CORPO E DA PSIQUÊ
Por: Paula Barbosa • 11/5/2021 • Resenha • 337 Palavras (2 Páginas) • 166 Visualizações
A DOR NO LIMITE DO CORPO E DA PSIQUÊ
1. Quais as principais apresentações clínicas dos "sofrimentos somáticos" (diferentes transtornos) e o que as diferencia?
As principais manifestações clinicas são transtornos de sintomas somáticos, transtorno factícios, transtorno de ansiedade de doença e o transtorno conversivo. Sintomas somáticos têm como característica sintomas físicos e que não são de origem biológica, não há uma doença responsável pelos sintomas, mas os sintomas existem. No transtorno factício a pessoa simula estar doente, se põe em posição de doença, se manifesta e se sente como doente. No transtorno de ansiedade de sintoma a pessoa se mostra sempre preocupada em estar doente, mesmo sem ter de fato uma doença, ela se preocupa em ficar doente. No transtorno conversivo os sintomas se convertem no corpo e geralmente comprometem as funções sensoriais ou motoras, perde algum sentido ou tem alguma paralisia, por exemplo.
2. Por que os transtornos somáticos representam um desafio para a prática clínica?
Se torna um desafio na pratica clinica pois se vê frente a necessidade de confiança no profissional, de um bom vinculo, o que é difícil e dificulta a pratica clínica e a conexão com o terapeuta, tornando difícil um possível melhora. O somático é voltado para si mesmo, não investe no profissional. Vê a dor com objeto e não como algo que faça parte dele próprio.
3. Como podemos pensar, do ponto de vista psicanalítico, a expressão somática da dor/sofrimento? O que está em questão?
Na dor entra em questão o narcisismo, precisamos desde o nascimento lidar com o desamparo, com a dor da separação da mãe. É preciso, para a psicanalise uma descarga no externo, no objeto, um investimento objetal e não somente narcísico. A pessoa psicossomática tem dificuldade em lidar com o outro, em investir no outro, apenas se fecha narcisicamente, na tentativa de evitar a frustação, evitar o sofrimento, quando, na verdade, para a psicanálise, na vida há uma constante variação entre satisfação e sofrimento, estamos constantemente investindo no objeto e narcisicamente e como resultado satisfazendo e frustrando-se.
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