A Depressão -

A DEPRESSÃO

A depressão é a mais comum das doenças psiquiátricas. É uma doença caracterizada por afetar o estado de humor do indivíduo, deixando-o com um predomínio anormal de tristeza.

Todas as pessoas, homens e mulheres, de qualquer faixa etária, independente da condição socio-econômica podem ser atingidas; porém foi constatados que as mulheres são duas vezes mais afetadas que os homens. Em crianças e idosos a doença tem características particulares, sendo a sua ocorrência em ambos os grupos também freqüente.

Acontecimentos da vida levam as pessoas a ficarem deprimidas. Nem sempre é possível identificar quais desses acontecimentos levaram a pessoa a de fato desenvolver essa doença.

São inúmeras as causas da depressão, de maneira que somadas podem iniciar a doença. A aparição e desencadeamento da depressão deve-se a questões internas da pessoa, com fatores genéticos e neuroquímicos somados a fatores ambientais, sociais e psicológicos, como:

 Estresse

 Estilo de vida

 Acontecimentos vitais, tais como crises e separações conjugais, morte na família, climatério, crise da meia-idade, entre outros

Além dos fatores ambientais, citados acima, existem ainda os fatores bioquímicos, que é o desequilíbrio dos neurotransmissores.

Quimicamente, a depressão é causada por um “defeito” nos neurotransmissores responsáveis pela produção de hormônios como a serotonina e endorfina, responsáveis pela sensação de conforto, prazer e bem estar. Quando existe diminuição na quantidade de neurotramismissores liberados e a bomba de recaptação e a enzima continuam trabalhando normalmente, o neurônio receptor captura menos neurotransmissores e o sistema nervoso funciona com menos neurotransmissores do que normalmente seria preciso, então o indivíduo passa a apresentar sintomas como desânimo, tristeza, perda do interesse sexual, falta de energia para atividades simples.

Após muitas pesquisas, foi identificado que muitas partes do cérebro são afetadas pela depressão. Descobertas científicas identificaram anomalias em várias regiões do cérebro de indivíduos deprimidos. Estes avanços normalmente geram mais perguntas do que respostas sobre as causas e os possíveis tratamentos para a depressão.

Foi identificado que pacientes que tem depressão há um aumento na sincronização em todas as atividades elétricas do cérebro, porém o cérebro deprimido mantém sua capacidade de formar conexões funcionais, mas perde a habilidade de desligar essas conexões.

DIAGNÓSTICO

Freqüentemente o indivíduo deprimido sente-se triste e desesperançado, desanimado, abatido; a intensidade do sofrimento é intensa, durando a maior parte do dia por pelo menos duas semanas, nem sempre sendo possível descobrir o que ocasionou a depressão. O psicólogo deve atentar-se em como a pessoa se sente, como ela continua organizando a sua vida (trabalho, cuidados domésticos, cuidados pessoais com higiene, alimentação, vestuário) e como ela está se relacionando com outras pessoas, a fim de se diagnosticar a doença e se iniciar um tratamento médico eficaz.

Ainda hoje, há um preconceito muito grande quanto a depressão, pois muitas pessoas acham que é sinônimo de fraqueza. As pessoas depressivas, contudo, negam a existência de tais sentimentos, que podem aparecer de outras maneiras, como raiva, ataques de ira ou tentativas constantes de culpar os outros, ou mesmo ainda com inúmeras dores pelo corpo, sem outras causas médicas que as justifiquem. Ficam desinteressadas por atividades que antes eram capazes de dar prazer à pessoa, geralmente o sono e a alimentação são também alterados, podendo haver diminuição do apetite, ou mesmo o oposto, seu