A Doença e os Novos Avanços Tecnológicos
Por: Vânia Oliveira • 7/6/2016 • Artigo • 1.365 Palavras (6 Páginas) • 284 Visualizações
FACULDADE PATOS DE MINAS
CURSO DE PSICOLOGIA
PATRÍCIA CUNHA GOMES
VÂNIA CRISTINE DE OLIVEIRA
EPILEPSIA:
A doença e os novos avanços tecnológicos
PATOS DE MINAS
2013
PATRÍCIA CUNHA GOMES
VÂNIA CRISTINE DE OLIVEIRA
EPILEPSIA:
A doença e os novos avanços tecnológicos
Trabalho apresentado à disciplina de Psicofisiologia, do curso de Psicologia 2° período A, da Faculdade Patos de Minas - FPM, sob orientação do Prof. Dr. Hugo Christiano, como forma de avaliação parcial para obtenção de nota.
PATOS DE MINAS
2013
“Sim, eu tenho a doença das quedas, a qual não é vergonha para ninguém. E isso não me impede de viver.”
Fiódor Dostoievski, escritor russo, sofria de epilepsia
RESUMO
O presente trabalho foi desenvolvido por acadêmicas do segundo período do curso de Psicologia, da Faculdade Patos de Minas – FPM, fundamentado no conhecimento já existente sobre as causas da Epilepsia. Contendo informações sucintas sobre a história, causas, diagnósticos e tratamentos já existentes em nosso país sobre a problemática em questão e tendo como objetivo principal apresentar e considerar a possibilidade de novo recurso e avanços tecnológicos a fim de acrescentar no tratamento das crises epiléticas. Neste sentido, o resultado apresentado pela pesquisa demonstra um marco importante, aponta que a previsão de crises epiléticas é possível.
Palavras-chave: Epilepsia; Doenças Cerebrais; Mente; Cérebro; Tratamento.
1 A HISTÓRIA
A palavra “Epilepsia” vem do latim, derivada, do verbo grego epilambaneim, que significa apanhar de surpresa ou capturar. A epilepsia já foi denominada como o mal sagrado e considerada como sobrenatural, demoníaca, contagiosa e até mesmo como sinal de desprezo dos deuses. Na Idade Média, era a doença do demônio e os portadores desse mal eram discriminados. Na Grécia Antiga, falava-se na “doença sagrada”: a epilepsia seria a manifestação de uma possessão por deuses. (Doenças do cérebro, 2012)
Grandes políticos e personalidades sofreram do mal epilético, o que era temido na época por colocar em risco assuntos e interesses do Estado.
[pic 1]
(Augusto Malta/Coleção Particular - Fonte: Mente e Cérebro)
2 A DEFINIÇÃO
A epilepsia é definida basicamente por um distúrbio neurológico crônico em que o individuo é propenso a sofrer de crises convulsivas recorrentes. Um ataque epilético é em sua maioria instantâneo, imprevisível, limitado e de curta duração, é semelhante a uma descarga elétrica. O mal atinge principalmente os estágios de infância e velhice, em uma margem de um a cada cem brasileiros já diagnosticados epiléticos, levando a uma incidência de 150 mil novos casos por ano, o equivalente a 2% da população brasileira. Estimando que um a cada trinta brasileiros possa vir a desenvolver a doença. Os indivíduos que apresentam a doença, apesar de levar a vida normalmente na maior parte do tempo, requerem atenção especial em suas atividades, essas se tornam limitadas devido às crises que podem ocasionar conseqüências catastróficas, como quedas bruscas, afogamento e sufocamento.
3 AS POSSÍVEIS CAUSAS E DIAGNÓSTICO
Os ataques podem ser conseqüentes de danos ou lesões cerebrais adquiridas em meningites, traumatismos cranianos, tumores cerebrais, uso excessivo de álcool e drogas, e ainda por falta de oxigenação ao nascer ou fatores hereditários. Originam-se por meio de excitações ou inibições excessivas de impulsos elétricos no cérebro, o que resultam em descargas elétricas que comprometem gradualmente as células neuronais do corpo humano resultando em prejuízos com o decorrer do tempo, uma vez que estes neurônios não se regeram. Para avaliar quais áreas estão sendo afetadas em cada crise, faz-se necessário que o individuo se submeta a testes e diagnósticos específicos indicadores das áreas lesionadas. Em tais mapeamentos é possível identificar as zonas em questão, como por exemplo, se afetado o lobo frontal, decorrem-se problemas relacionados ao raciocínio, lógica, estratégia e se espera que o indivíduo venha a agir de forma impulsiva.
As crises podem caracterizar de forma simples e por questão de segundos onde o individuo pode confundir os sinais como uma falta de atenção, perda momentânea de concentração, ações involuntárias, automatismos gestuais e dores; ou com sinais acentuados como a apresentação de espasmos, perda de consciência acompanhada de espuma na boca, alucinações e paralisia.
O diagnostico da doença requer uma avaliação das crises e das probabilidades de reincidência. Por exemplo, se o individuo manifestou um ataque após a ingestão de bebidas ou entorpecentes, as hipóteses de um novo ataque vir a acontecer são mínimas; em outros casos onde as crises são em série causadas por lesões no cérebro, as possibilidades de recorrências são maiores.
4 O CONTROLE E TRATAMENTO
Para minimizar as crises epiléticas, existem os tratamentos terapêuticos prolongados a fim de impedir todos os ataques epiléticos, esse recurso leva em consideração a privação de álcool, drogas, estresse, e a cautela com temperaturas elevadas, bem como privação de sono. Consideram-se também os tratamentos farmacológicos de caráter emergencial e curto prazo com o uso de antiepilépticos, por meio deste recurso 70% das pessoas alcançam controle sobre a doença. Em crises de tratamento farmacológico extenso, é considerada a opção de cirurgia que tem por finalidade evitar a propagação das descargas elétricas diminuindo a intensidade dos sintomas, por meio da remoção ou desconexão de vias neuronais mapeadas que apresentem exacerbação de estímulos eletroquímicos.
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