A Gestalt
Dissertações: A Gestalt. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: wanderisa • 1/10/2014 • 1.708 Palavras (7 Páginas) • 251 Visualizações
A GESTALT:
A Gestalt, fundada em Berlim por Wertheimer, Koehler e Kofka, por volta
de 1910.
Gestalt é um termo alemão de difícil tradução. O termo mais próximo
seria forma ou configuração.
Esta concepção, considerando a indivisibilidade da vida psíquica, rompe
completamente com qualquer tipo de pensamento mecanicista,
procurando compreender o comportamento humano dentro da estrutura
de campo.
Assim, não existem respostas ou estímulos isolados, as pessoas se
comportam a partir de determinada organização, configuração ou Gestalt
desses estímulos, formando com eles um processo total; trata-se de uma
visão global do comportamento.
Os gestaltistas estavam preocupados em compreender os processos
psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, quando o estímulo físico é
percebido pelo sujeito como uma forma diferente da que ele tem na
realidade
O Gestaltismo sobressaiu-se a partir dos seus estudos sobre percepção.
Alterando-se apenas uma nota de uma sinfonia, aquilo que é percebido já
é outra sinfonia. Semelhantemente, se num desenho for alterada uma de
suas linhas, aquilo que se percebe já é outro desenho. São muito
conhecidos os desenhos que ilustram, através dos jogos de figura e fundo,
os diferentes “todos” percebidos.
Tem-se aplicado muitos conceitos básicos dessa escola dentro da
Administração quando se trata de projetar um novo produto, tanto
quanto à sua melhor apresentação como também em propaganda,
principalmente no campo visual.
É o caso do cinema. Quem já viu uma fita cinematográfica sabe que ela é
composta de fotogramas estáticos ( frames). O movimento que vemos na
tela é uma ilusão de ótica causada pela pós-imagem retiniana ( a imagem
demora um pouco para se “apagar” em nossa retina). Como as imagens
vão se sobrepondo na retina, temos a sensação de movimento. Mas, o
que de fato está a tela é uma fotografia estática.
Para os gestaltistas, entre o estímulo que o meio fornece e a resposta do
indivíduo, encontra-se o processo de percepção. O que o indivíduo
percebe e a maneira como percebe são dados importantes para a
compreensão do comportamento humano.
A percepção tem uma importante função adaptativa por ser uma condição
de ajuste das pessoas às situações. Sempre atuamos em conformidade
com a realidade percebida: se vamos à praia, por exemplo, e avistamos
uma bandeira vermelha (indicativa de condições impróprias para
mergulho), tendemos a nos comportar com prudência. Caso contrário,
estaríamos nos expondo a riscos. Quando somos convidados para um
casamento, gastamos algum tempo pensando no que vestir porque
percebemos as situações mais protocolares como aquelas que nos exigem
uma melhor aparência. O mesmo acontece quando vamos a uma
entrevista para nos candidatar a um emprego.
Há fatores que influenciam na percepção, variáveis de pessoa para pessoa,
o que justifica diferenças perceptivas sobre um mesmo objeto.
Traços de personalidade: Há uma tendência muito grande em
projetarmos características próprias em outras pessoas ou em situações
que estamos vivenciando. Pessoas que atuam de modo sempre
premeditado, por exemplo, tendem a não receber um presente sem a
fantasia de que a pessoa que está presenteando deseja alguma coisa em
troca. Isso não as permite vivenciar o prazer do presente simplesmente
pelo presente.
História de vida: As condições que nos são impostas ao longo da vida
marcam o nosso modo de perceber as pessoas e o mundo.
Estado emocional: O momento porque passamos influi em nossas
percepções.
Acuidade dos sentidos: Pessoas privadas de um sentido específico
tendem a desenvolver melhor os outros. Os cegos são um ótimo exemplo,
pois desenvolvem percepções táteis, olfativas e auditivas, muito
superiores às das pessoas que têm visão. A percepção visual do bebê, em
início de vida, é limitada quando comparada à do adulto. O bebê requer
um tempo mínimo para a percepção de cores, volumes, etc. A estimulação
que recebe também conta para esse desenvolvimento.
Cultura e meio: O conhecimento específico em determinadas áreas
responde por leituras distintas de objetos únicos. Um estudante de Belas
Artes, por exemplo, ao observar telas em uma exposição tende a
apresentar uma percepção informada, totalmente diferente de pessoas
leigas que apreciam as mesmas telas. Um médico não tem por hábito
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