A HISTÓRIA DA HOMOSSEXUALIDADE
Por: biabarcelar • 27/11/2017 • Trabalho acadêmico • 2.031 Palavras (9 Páginas) • 649 Visualizações
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 03
2 HISTÓRIA DA HOMOSSEXUALIDADE................................................................. 04
3 PRECONCEITO COM HOMOSSEXAUIS ............................................................. 05
4 ANÁLISE DE CASOS HOMOFÓBICOS ............................................................... 07
5 CONCLUSÃO......................................................................................................... 09
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 10
INTRODUÇÃO
O trabalho apresentado a seguir, tem como intuito relatar conceitos sobre a homossexualidade desde a antiguidade até atualmente, passando a demonstrar como era vista a homossexualidade, a grande polêmica gerada através do preconceito sofrido pela escolha da sexualidade e relatos de indivíduos que sentiram “na pele” o quão grave é o preconceito.
Através de pesquisas, procuramos deixar esclarecido que a opção do individuo sobre sua sexualidade é uma questão de extrema valia, porém, resultante, muitas vezes, de agressões físicas e verbais e também constrangimentos que sofrem constantemente.
Sendo assim, através de todo material apresentado, temos o objetivo de que pessoas entendam a sexualidade é opção e direito de todos, sendo ela aceita ou não.
2 A HISTÓRIA DA HOMOSSEXUALIDADE
O tema da homossexualidade é presente em um longo caminho ao longo das últimas décadas de criminalidade, a imoralidade, a doença, e, finalmente, para um estilo de vida alternativo.
Cabe aqui relatar que, a sexualidade completa a própria condição humana, pois não é possível realizar-se como ser humano sem que haja garantido o respeito ao exercício da sua sexualidade, conceito qual compreende tanto a liberdade sexual quanto a livre orientação sexual. A sexualidade é um direito do mesmo modo que a liberdade e a igualdade. Liberdade diz respeito à liberdade sexual, o que é aliado ao direito de tratamento igualitário, independente da tendência sexual. (DIAS, M. B, 2004)
A homossexualidade sempre esteve presente na história da humanidade. Visando as civilizações antigas, podemos nos deparar que o afeto e a prática sexual não se distinguiam naquele período. As relações sexuais não eram hierarquizadas por meio de uma distinção daqueles que praticam pelos hábitos homo ou heterossexuais (BAHIA, 2007).
Entre essas civilizações antigas, a Grécia foi a que deu maior destaque para os relacionamentos homossexuais, a qual não via nesse tipo de encontro qualquer implicação desdenhosa ou discriminatória (BAHIA, 2007).
Aliás, amar o mesmo sexo era privilégio apenas dos homens. Segundo Costa (1989), o homossexualismo masculino se inseria em um contexto significativo que impedia o homem grego de pensar no ato homossexual como uma coisa aberrante, doente, anormal, criminosa ou vergonhosa. Dentro de certos limites e em certas condições, a relação homossexual era perfeitamente admitida (...) a construção da identidade psicológica do grego não fazia da heterossexualidade o predicado definitório da essência do eu universal do homem” (p. 23).
Na Grécia, os indivíduos que se relacionavam com outro do mesmo sexo, gozavam de um grau de nobreza superior ao titulado às relações heterossexuais. A forma mais difundida e socialmente significativa de relação sexual íntima entre membros do mesmo sexo na Grécia, era entre adultos, por volta de 30 anos de idade, e adolescentes, entre 14 e 15 anos, conhecida como pederastia e esse comportamento dificilmente alterava a imagem do homem perante a sociedade.
No império Romano, esta questão era tratada de maneira variada, podendo-se assegurar que era tolerada, mesmo que os indivíduos que mantinham relacionamento sexual com outros do mesmo sexo eram comparados aos escravos, o que lhes implicava um desrespeito dentro do seio social.
Na Idade Média, a extensão da homossexualidade se deu no interior de abadias, que eram mosteiros com incentivo às artes religiosas, e de organizações militares, onde cabe ressaltar que a maior perseguição acabou sendo praticada pela Igreja Católica, por meio da conhecida Santa Inquisição. A orientação impunha que o sexo fosse utilizado somente para meio de reprodução e que tudo que desviasse desse conceito, configurava-se abominável e pecaminoso.
Quando superadas as condições anteriores que visavam a homossexualidade como pecado, passou a afirmar que tal fator não mereceria qualquer relevo. Essa evolução conceitual está ligada às transformações sociais e econômicas acorridas no final do século XIX, onde foi a formação de grupos de homossexuais na defesa de seus direitos, surgindo uma formação de consciência coletiva com importante iniciativa na década de 60. (BAHIA, 2007)
3 PRECONCEITO COM HOMOSSEXUAIS
Ter o outro como um dos nossos semelhantes parece cada vez mais difícil em nossa cultura. Na atualidade, tanto os traços físicos quanto a sexualidade ainda são alvos de discriminação e preconceito, principalmente quando entendemos esses traços como “anomalias” pertencentes a minorias.
Preconceito pode ser entendido como conjunto de crenças, atitudes e comportamentos que consiste em atribuir a membros de determinado grupo uma característica negativa, pelo simples fato de pertencer àquele grupo: a característica em questão é vista como essencial e, portanto, adere a todos os indivíduos que o compõem (MEZAN, 1998, p. 226).
Para Jones (citado por Goldstein, 1983), autor ligado à Psicologia Social, o preconceito é definido como um julgamento negativo dos membros de uma raça ou religião, dos ocupantes de qualquer outro papel social significativo, uma avaliação não válida de um grupo ou de seus membros, ou ainda uma atitude ou sentimento que predispõe o indivíduo a atuar, pensar e sentir de modo desfavorável sobre outra pessoa ou objeto” (p. 50).
Foi com a preocupação médico-psiquiátrico no final do século XVIII que se procurou diagnosticar homossexualismo como doença patológica, portanto, curável, começando a resultar o preconceito. Esse tipo de preconceito se arrastou até os dias atuais, atravessando movimentos culturais, como os de liberdade, paz e amor livre e os movimentos estudantis.
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