A Intolerância da Identidade de Gênero
Por: Silmara Piedade • 18/11/2023 • Trabalho acadêmico • 11.420 Palavras (46 Páginas) • 32 Visualizações
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INSTITUTO ITAPETININGANO DE ENSINO SUPERIOR - IIES
CURSO PSICOLOGIA
HALYSSA GIOVANA CUSTÓDIO DA SILVA
GLAUCIELE APARECIDA DE OLIVEIRA MARTINS
LUIZ FELIPE FERREIRA KAKIHARA ROSSI
MARIA ESTEVAS DE SOUZA OLIVEIRA
SILMARA FERREIRA PIEDADE E SILVA
VALERIA MOMBERG KERNE VIEIRA
A INTOLERÂNCIA A IDENTIDADE DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL FUNDAMENTADA NA HETERONORMATIVIDADE
ITAPETININGA-SP
6º Semestre/2022
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HALYSSA GIOVANA CUSTÓDIO DA SILVA
GLAUCIELE APARECIDA DE OLIVEIRA MARTINS
LUIZ FELIPE FERREIRA KAKIHARA ROSSI
MARIA ESTEVAS DE SOUZA OLIVEIRA
SILMARA FERREIRA PIEDADE E SILVA
VALERIA MOMBERG KERNE VIEIRA
A INTOLERÂNCIA A IDENTIDADE DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL FUNDAMENTADA NA HETERONORMATIVIDADE
Trabalho apresentado ao Instituto Itapetiningano de Ensino Superior – IIES, como requisito básico para a aprovação na disciplina de: Psic. Práticas Sociais e Práticas Subj.
Orientador: Prof. Luiz Fernando
ITAPETININGA-SP
6º Semestre/2022
SUMÁRIO
1 -INTRODUÇÃO 6
2- APRESENTAÇÃO 7
3- OBJETIVOS GERAIS 7
3.1- OBJETIVOS ESPECÍFICOS 7
4- TEMA 7
5- JUSTIFICATIVA 8
6- METODOLOGIA 9
7- LOCAIS OBSERVADOS E DESCRIÇÃO 10
7.1- CERVEJARIA RT 166 10
7.2- LERA GASTROBAR 10
7.3- BALADA ALUGA-SE FAHRENHEIT 10
8- GÊNERO E COMO ELE SE DEFINE 11
9- IDENTIDADE DE GÊNERO 12
9.1- CISGÊNERO 12
9.2- TRANSGÊNERO 12
9.3- ANDRÓGENOS 12
9.4- GÊNERO FLUIDO 13
9.5- NÃO BINÁRIO 13
10- ORIENTAÇÃO SEXUAL 13
10.1- HETEROSSEXUAL 13
10.2- HOMOSSEXUAL 13
10.3- BISSEXUAL 13
10.4- ASSEXUAL 14
10.5- PANSEXUAL 14
11- COMO SE DÁ A DESCOBERTA DA SEXUALIDADE 14
12-FAZENDO UM PEQUENO LINK COM A PSICANÁLISE 15
13- BAUMAN E A SEXUALIDADE 19
13.1- DESEJOS HOMOSSEXUAIS REPRIMIDOS: 21
13.2- ATO DE CONTATO HOMOAFETIVO POR CURIOSIDADE: 21
14- COMO A PSICANÁLISE VÊ ESSA INFLUÊNCIA DE CONTEÚDOS SEXUAIS NA IDENTIFICAÇÃO SEXUAL DO INDIVÍDUO. 22
15- QUAIS OS IMPACTOS PSICOLÓGICOS E SOCIAIS SOFRIDOS A PARTIR DA DESCOBERTA DA SEXUALIDADE E ORIENTAÇÃO SEXUAL. 24
16- ANÁLISE DAS OBSERVAÇÕES FEITAS 26
16.1- AFEMINADO E DISCRETO 26
16.2- GORDOS 27
16.3- POBRES 28
16.4- OUTRAS SITUAÇÕES: 29
17- DIVERSIDADE SEXUAL E PSICOLOGIA 30
18- CONCLUSÃO 33
REFERÊNCIAS 35
RESUMO
Discutir a vida pública, nomeadamente a que ocorre em espaço público aberto (praças, ruas, parques), mas também em espaço semipúblico de recreio e lazer (cafés, bares restaurantes etc.) e privado (espaço da casa), representa um desafio quando se questiona quem o concebeu, para quem foi desenhado ou a quem serve e quais os sentimentos que desencadeia. Nem todos estes espaços normalizados são inclusivos, convidam à paragem, estimulam a mobilidade, permitem sentidos de pertença e percepção de segurança, promovem o convívio, ou agenciam afetos e conforto. Tornamo-nos, escreveu Foucault, “uma sociedade da normalização” (Foucault, 1980, p. 102), cujo espaço público é pensado e desenhado desde a perspectiva “heteronormativa” e homofóbica (Roestone Collective, 2014). As suas características (humanas e não humanas) produzem efeitos diferenciados na mobilidade, permanência, segurança e, não raras vezes, produzem práticas de exclusão. Através desse trabalho queremos analisar os comportamentos em espaços públicos LGBTQIA + e demais frequentadores.
Palavras Chave: comportamentos - aceitação - discriminação.
1 -INTRODUÇÃO
A adolescência definida pela Organização Mundial de Saúde, como sendo o período de vida entre 10 e 19 anos completos, é marcada por uma intensa transformação biológica e psicológica, constituindo uma fase de construção da identidade e de adoção de valores e comportamentos. Em meio a tantas pressões sociais, o adolescente torna-se mais suscetível a conflitos emocionais e sofrimentos psíquicos, especialmente ao se auto perceber em não conformidade com os discursos da heteronormatividade. Nesse contexto, muitos adolescentes apresentam determinados comportamentos de risco, De fato as pesquisas mostra o adoecimento psíquico entre a população LGBTQI+ e os considerados jovens “heterocisnormativos”, ressaltando o maior índice de depressão, suicídio, ansiedade, desordens alimentares e abuso de substâncias psicoativas no primeiro grupo, assim como as oportunidades reduzidas de trabalho e educação, devido ao sofrimento relacionado à vivência do estigma e discriminação. Nesse sentido, compreende-se que o “sofrimento psíquico não é reservado àqueles com algum diagnóstico específico, mas é algo presente na vida de todos, que adquirirá manifestações particulares de cada "pessoa”. Esse trabalho foi baseado no estudo qualitativo em locais com maior concentração deste público, e em locais diversificados através de um bate-papo informal, assim como nos valemos também de entrevistas pelo Forms. Participaram do estudo 05 adolescentes. Além do bate-papo descontraído, autorizado dos mesmos, foi feita uma entrevista profunda que viabilizou a coleta de dados, cuja análise ocorreu com utilização dos dados coletados, pesquisa em sites e da Análise de Conteúdo de autores tais como, Bauman, Freud, Foucault. Levando-nos a refletir que a Intolerância à identidade de gênero e orientação sexual, fundamentada na heteronormatividade, viola direitos humanos e constitui relevante determinante social em saúde, e a superação dos sofrimentos psíquicos apresentados, articulada com o respeito aos direitos humanos da comunidade LGBTQI+, constitui importante vetor para enfrentamento das iniquidades em saúde na adolescência. A discriminação de adolescentes LGBTQI+ é um determinante social que também deve ser enfrentado pelos serviços em saúde, pois ocasiona prejuízos, como a evasão escolar, falta de oportunidades, perda do vínculo familiar e comportamento suicida.
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