A Investigação e Avaliação Psicológica

Os testes psicológicos surgem no século XIX, através dos seus precursores Francis Galton e James M. Cattell, que em períodos diferentes desenvolveram testes com o objetivo obter as medidas sensoriais e de percepção dos indivíduos. No entanto, os testes entram em destaque no século XX, através dos estudos de Alfred Binet e Henri Simon, que tinham seus interesses voltado para as áreas acadêmicas e de saúde, e que levantaram inúmeras críticas aos testes utilizados até então, pois, eles eram focados somente em medidas sensoriais, não tendo relação considerável com as funções intelectuais. Dessa forma, os estudiosos criaram o primeiro teste que avaliava as funções como julgamento, compreensão e raciocínio, com o objetivo de ajudar na organização de classes nas escolas parisienses e por atender funções mais amplas, o teste criado por Binet e Simon, foi bem aceito e muito utilizado em diversas escolas nos Estados Unidos da América. (ANASTASI, 1977; PASQUALI, 2001)

Outro fator que torna o século XX como um momento importante para os testes psicológicos, são a Primeira e Segunda Guerra Mundial. Neste momento, os testes entraram como ferramenta crucial para avaliar de maneira rápida as funções intelectuais e emocionais dos recrutas para para o serviço militar. Dessa forma, após a guerra, inúmeros testes foram criados com os mais diversos métodos e objetivos específicos, como a inteligência, personalidade e funcionamento cerebral, para serem utilizados na área do trabalho, social e saúde (PASQUALI, 2001).

Ao longo do tempo, esses testes foram sendo aprimorados, adquirindo como principais características a medição de determinadas qualidades e aptidões do ser humano, assim como sua personalidade, nível de ansiedade e emoções.

Existem quatro tipos de testes psicológicos que auxiliam o profissional psicólogo ou psiquiatra a compreender melhor a personalidade de cada indivíduo: os testes psicométricos; os testes projetivos; os psicológicos objetivos; e psicológicos subjetivos.

Os testes psicométricos são destinados a medir características e habilidades do ser humano através da psicometria, ou seja, buscam colocar um determinado valor a uma qualidade psicológica do sujeito por meio de uma escala de valores (PASCHALI, 2008). Esses testes são bastante utilizados por empresas para coletar dados sobre candidatos em processos de recrutamento e seleção com objetivo de compreender melhor as competências e personalidade do candidato. Dentre as qualidades avaliadas, o teste apresenta um resultado com relação à atenção, memória, compreensão literária do indivíduo e até mesmo seu Coeficiente Intelectual (CI), o que o torna adequado também para avaliação de alunos com relação ao rendimento escolar dentro da escola, e até mesmo para descoberta de diagnósticos em ambientes clínicos. Dentre estes testes podemos encontrar a Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção (BPA); a Escala Welcher de Inteligência para Crianças (WISC); Teste de Atenção Contrada; a Bateria Fatorial da Personalidade (BFP); entre outros.

Já os testes projetivos não tem por objetivo avaliar o indivíduo e suas aptidões de forma quantitativa. Tendo sua origem na escola psicanalítica, esses testes de personalidade são realizados através de materiais que fazem com que o indivíduo responda a palavras, imagens, desenhos e cenas ambíguas. Como principal objetivo, os testes projetivos buscam compreender a estrutura e o funcionamento da pessoa, acessando seus traços mais íntimos e descobrindo emoções e conflitos que serão projetados durante a aplicação (ANZIEU, 1984). Dentre os principais utilizados pelos profissionais psicólogos é possível encontrar o Teste de Personalidade HTP (Casa-Árvore-Pessoa), em que através do desenho da pessoa será possível descobrir características e partes ocultas de sua personalidade; o Teste de Rorschach, caracterizado pela apresentação de diversas