A PSICANALISE NA PSICOLOGIA
Por: Ronaldo Silva • 27/9/2021 • Projeto de pesquisa • 3.815 Palavras (16 Páginas) • 77 Visualizações
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CURSO PSICOLOGIA
CARLOS MOISÉS SANTOS SILVA
MARIA QUITÉRIA SANTOS SILVA
RESUMO – SAÚDE COLETIVA
GUARULHOS
2020
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CURSO PSICOLOGIA
CARLOS MOISES SANTOS SILVA – RA: 28274326
MARIA QUITÉRIA SANTOS SILVA – RA: 28290172
TURMA: 1AM
A PSICANALISE – TEORIA E SISTEMAS
PROFESSOR: ALESSANDRA
GUARULHOS
2020
O INCOSCIENTE
Freud, o pai da psicanálise, criou diversas teorias que compõem a terapia da Psicanálise.
Para entender o que é inconsciente é preciso, antes de mais nada, compreender a duplicidade de seu significado. Essa palavra define todos aqueles processos mentais que ocorrem sem que o indivíduo se dê conta. Sem que tenha consciência sobre eles. Esse é o significado mais amplo, – ou genérico – atribuído ao termo O termo inconsciente, utilizado de forma adjetiva, pode ser usado para se referir a coisas que não estão conscientes. Esta seria uma definição num sentido descritivo porque, num sentido tópico, o inconsciente designa um dos sistemas do aparelho psíquico definido por Freud, que se constitui de conteúdo, aos quais foi negado o acesso ao plano da consciência, por se tratarem sempre de algo penoso para o indivíduo. O inconsciente pode representar o ponto mais importante da descoberta Freudiana.
Uma metáfora comum para compreender o sentido psicanalítico do inconsciente é a do iceberg. Como sabemos, a parte emersa do iceberg, aquela facilmente visível, representa apenas um pequeno pedaço de sua verdadeira dimensão. Sua maior parte permanece submersa, escondida sob as águas. Assim é a mente humana. Aquilo que comumente entendemos como nossa mente é apenas a ponta do iceberg, o consciente. Enquanto o inconsciente é esse pedaço submerso e insondável.
Ademais, ele pode ser definido então como o conjunto de processos psíquicos misteriosos para nós mesmos. Nele, estariam explicados os nossos atos falhos, nossos esquecimentos, nossos sonhos e até mesmo paixões. Uma explicação, no entanto, inacessível para nós mesmos. Desejos ou memória reprimidas, emoções banidas do nosso consciente – por serem dolorosas, ou de difícil controle – se encontram no inconsciente, praticamente inacessíveis para a razão.
Para ele, o inconsciente seria como a caixa-preta do indivíduo. Ela não seria a parte mais profunda da consciência, nem a que possui menos lógica, mas uma outra estrutura que se distingue da consciência. Para ele, é nos pequenos erros, confusões, esquecimentos ou omissões que acontecem em nosso dia a dia que se expressa o inconsciente. Esses pequenos erros são uma forma de exprimir opiniões ou verdades que a razão consciente não permite. Dessa forma, a intenção do indivíduo veste um disfarce de acidente.
O inconsciente é o objeto de estudo da psicanálise e, para as linhas dinâmicas, ele é o responsável pela organização do psiquismo humano, é a base de toda a vida psíquica. Para as abordagens psicodinâmicas, os fenômenos conscientes são apenas uma manifestação do inconsciente. Outras manifestações do inconsciente são o sonho, a histeria, atos falhos, lapsos e outras. A noção de inconsciente na psicanálise, surgiu das experiências de tratamento realizadas por Freud, que demonstrou que o mundo psíquico não pode ser reduzido aos conteúdos conscientes e que certos conteúdos só se tornam acessíveis depois que superamos algumas resistências ou repressões.
Freud considerava a existência do inconsciente como um “lugar psíquico”, especial, que deve ser concebido como um sistema que possui conteúdos, mecanismos e provavelmente uma “energia” específica. O sonho foi o principal caminho que Freud trilhou para a descoberta do inconsciente. Para o inconsciente, não existem as noções de passado e presente e os conteúdos podem já terem sido conscientes ou podem ser genuinamente inconscientes.
O estudo do inconsciente fez-se necessário a partir das análises dos dados da consciência, de atos psíquicos que só poderiam ser explicados pela pressuposição de outros atos psíquicos que a consciência não possui explicação (a inadequação da equivalência convencional entre o psiquismo e o consciente). Freud apresenta interesse prático em discutir a necessidade da existência do Inconsciente como forma de possibilitar a explicação e descrição da grande variedade de fenômenos com os quais se defrontava. A Psicanálise defende a tese de que a essência do processo de recalcamento é evitar que a pulsão se torne consciente. Quando isso ocorre dizemos que a idéia se encontra num estado inconsciente, porém, o alcance do inconsciente é muito mais amplo que os conteúdos recalcados (reprimidos). A comprovação da existência de atos psíquicos que carecem de consciência pode ser discutida nas seguintes observações: 1-Uma consciência na qual o seu próprio possuidor nada conhece e algo diferente de uma consciência pertencente à outra pessoa; 2- Diferentes processos mentais desfrutam de alto grau de independência mútua;
3- A investigação analítica revela processos latentes como possuidores de características e peculiaridades que parecem estranhas e que vão de encontros aos atributos da consciência. A psicanálise aponta que o ato psíquico passa por duas fases quanto ao seu estado. Na primeira fase o ato psíquico é inconsciente, se não tiver a permissão para a segunda fase será recalcado, permanecendo inconsciente. Se, porém, passar pela censura pertencerá à segunda fase, chamada de consciente (pré-consciência). O inconsciente abrange atos latentes, e processos reprimidos que, caso se tornasse conscientes, estariam propensos a ser o contrário do restante dos processos conscientes. Freud defende a tese de que o afeto não é inconsciente, a sua idéia sofre um recalque (repressão). O afeto permanece, no todo ou em parte, é transformado numa quota de afeto qualitativamente diferente, sobretudo em angústia (ansiedade), ou suprimido e impedido de desenvolver. Uma pulsão (instinto) nunca pode tornar-se objeto da consciência, apenas a idéia que a representa.
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