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A Participação Da Genética Nas Dependências Quimicas

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Por:   •  26/5/2013  •  395 Palavras (2 Páginas)  •  882 Visualizações

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O presente artigo foi extraído de uma revista de psiquiatria escrito por Guilherme Peres Messas, Doutor do Depto. de Psiquiatria da FMUSP e pesquisador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Unifesp. O artigo procura examinar a questão da herdabilidade nas dependências químicas. Através da revisão de estudos em famílias, em gêmeos e de adoção, e procura evidências para afirmar a importância dos fatores genéticos na transmissão da vulnerabilidade às dependências.

Messas (1999) aponta que existem fatores genéticos que contribuem para a dependência química e que também essa disposição genética não está ligada há apenas um gene e sim a vários e que são difíceis de dizer quais são todos os envolvidos. O autor enfatiza que também a comparação com gêmeos e pessoas adotivas e os dados corroboram que indivíduos com pais alcoólatras tem maior pré disposição para se envolverem com drogas de abuso, o autor levantou os dados de sua pesquisa para o álcool, mas afirma que outras substancias de abuso tem o mesmo componente genético para dependência apenas diferem no lócus do genes envolvidos.

O autor levanta que os fatores que envolvem a dependência são: a ação do meio ambiente, físico, psicossocial ou cultural. Portanto um sujeito pode ter tendências genéticas que facilitem seu envolvimento com drogas, porém seu histórico familiar, a forma de criação seu status social que permite a compra das substancias e o próprio ambiente (como o clima) vão determinar condições favoráveis para que o individuo entre em um estado de dependência química. Os trajetos para o inicio do abuso/dependência de drogas são múltiplos,com caminhos específicos para cada droga e outros gerais para todas as drogas; possivelmente os casos individuais sejam misturas, em variadas proporções, destas distintos históricos de abuso, cada caso em particular pode ser determinado por um fator que se expresse mais forte em relação aos outros.

O autor faz proposta que leva diretamente à questão do tratamento para as dependências, por duas vias. Inicialmente, o reconhecimento gradual dos trajetos bioquímicos envolvidos na gênese e manutenção das dependências abre caminho para o aperfeiçoamento de psicofármacos que, atuando pontualmente em receptores e transportadores fundamentais ao processo, podem agir com mais eficácia sobre o transtorno. Em segundo lugar, o reconhecimento, em nível molecular, das condições de vulnerabilidade para o transtorno permite ações preventivas sobre populações de risco, seja em evitar o conta-to com drogas, seja na redução dos traços de suscetibilidade.

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