A Pedofilia: uma investigação sobre o perfil e o comportamento do pedófilo
Por: Samantamb22 • 24/10/2017 • Artigo • 3.459 Palavras (14 Páginas) • 359 Visualizações
Universidade Fumec
Faculdade de Ciências Humanas
Curso de psicologia
Pedofilia: uma investigação sobre o perfil e o comportamento do pedófilo
Fernanda Clarinda
Samanta Machado
Professor:
Jacques Akerman
Belo Horizonte
Junho / 2015
Fernanda Clarinda
Samanta Machado
Pedofilia: uma investigação sobre o perfil e o comportamento do pedófilo
Trabalho acadêmico apresentado para a disciplina Metodologia de Pesquisa Cientifica, sob orientação do professor Jacques Arkeman.
Belo Horizonte
Junho / 2015
Sumário
Resumo 3
1. Introdução: 4
2. Definição 5
3. História e Contexto 5
4. Perfil e Comportamento do pedófilo 6
5. Classificação do pedófilo 7
5.1 Pedófilo abusador 7
5.2 Pedófilo molestador 8
6. Doença ou desvio de conduta 8
7. Imputável ou inimputável? 9
8. Conclusão 12
9. Referências 13
Resumo
De acordo com a visão da medicina a pedofilia é considerada um distúrbio de conduta sexual, sendo uma perversão de caráter compulsivo e obsessivo, apresentado por adultos com atração sexual por crianças ou adolescentes. O presente estudo busca analisar o perfil psicológico do pedófilo. Observou-se que o pedófilo revela uma série de características psicológicas e comportamentais comuns entre si, em geral, seu comportamento é expresso de forma menos invasiva e dificilmente age com violência, impedindo que as crianças e as pessoas ao seu redor notem o fato. É abordado também a questão da imputabilidade, seria o pedófilo um ser passível de merecer uma reprimenda penal de privação de liberdade, ou seria beneficiário de uma medida de segurança por sofrer por tal distúrbio sexual?
Palavras-Chave: Agressor, Pedófilo, Pedofilia.
Introdução:
O seguinte trabalho tem como objetivo dedicar a explicar as características psicológicas do pedófilo. Atualmente a pedofilia é um assunto polêmico e estudado, porém os estudos e pesquisas a maioria das vezes é direcionada a vítima, deixando os estudos dos fatores psicológicos, culturais e sociais do pedófilo como algo restrito. O artigo explica a classificação do pedófilo, sendo elas: pedófilo abusador, onde o indivíduo comete abusos discretos com caricias sem que a vítima perceba ou veja como abuso o ato cometido. E os molestadores que não são nada discretos, cometendo o ato sexual contra a vítima, com o padrão frequente de violência.
Neste estudo será mostrado que a pedofilia também pode ser tratada como um transtorno sexual. Porém deve ser estudado e avaliado todos os fatores, tanto psicológico, social e clinico. Será abordado se o indivíduo que cometeu tal ato deverá ser julgado penalmente (imputáveis), ou como uma pessoa doente que desenvolveu um comportamento anormal e doentio sexualmente (inimputáveis).
Definição
A palavra pedofilia vem do grego: Pados que significa criança e philia que se refere a amor e atração. Segundo Salter (2009), pedofilia é o sentimento de quem é pedófilo, designado a pessoa que “gosta de crianças”. Assim, segundo a autora, não é considerado crime somente se sentir atraído por uma criança. Ou seja, se o indivíduo apenas desenvolver fantasias com desejos sexuais relacionadas à criança ou adolescentes, não faz dele um criminoso. Sendo assim, somente a prática de tais atos libidinosos contra crianças é considerada crime.
De acordo com Baltieri (2014), a pedofilia é o transtorno psiquiátrico classificado entre os chamados transtornos da preferência sexual ou parafilias, caracterizado por uma preferência sexual por crianças, geralmente no início da puberdade ou na idade pré-púbere. Alguns pedófilos se sentem atraídos apenas por meninos, outros apenas por meninas e outros ainda estão interessados em ambos os sexos. A pedofilia raramente é identificada em mulheres.
O autor ressalta que nem todo molestador de crianças é pedófilo, como nem todo portador de pedofilia é molestador de crianças.
História e Contexto
Masi (2008), afirmou que em algumas épocas históricas, ocorrente em certas civilizações, a pedofilia era permitida e podia até assumir um caráter ritualístico institucionalizado. Na Grécia, por exemplo, era comum entre homens adultos e adolescentes a relação sexual, dentro de uma experiência de crescimento espiritual e pedagógico, ou seja, fazia parte do processo de aprendizagem daquela cultura. Eram severamente punidas as relações sexuais com as crianças impúberes, mas era permitida a relação amorosa com crianças acima de 12 anos. Enquanto o amor homossexual pelo adolescente era permitido, ao contrário era punida a homossexualidade promíscua com caráter pornográfico ou mercenário.
Outro exemplo é na antiga Roma, que segundo Masi (2008) destacam que o antigo imperador romano Tibério possuía interesses sexuais por crianças. Há registros de que ele as levava para a ilha de Capri, onde ocorriam os abusos dos mais diversos tipos, obrigando as crianças a satisfazer seus impulsos sexuais. No Brasil, segundo Serafim (2006) as diversas formas de pedofilia nem sempre foram passíveis de punições. Apenas com a chegada dos anos 90, se iniciaram grandes mudanças sobre o direito das crianças e adolescentes, dentre elas a proteção ao menor contra os abusos sexuais. Ou seja o que antes era aceita na sociedade, nos dias de hoje, é completamente estranha decorrente à grande transformação que houve ao longo do tempo.
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