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A Psicanalise

Por:   •  15/6/2018  •  Resenha  •  1.532 Palavras (7 Páginas)  •  179 Visualizações

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Fundação Presidente Antônio Carlos[pic 1]

Faculdade Presidente Antônio Carlos de Teófilo Otoni

Psicologia – 5º Período

Como a arte pode contribuir como um desvio na evolução da neurose.

   Caroline Campos

Nádia Ferreira

Nicolly Rodrigues

Thamirys Pereira

Thais Santos

Julimar Costa

TEÓFILO OTONI – MG

2018

PSICANÁLISE II

COMO A ARTE PODE CONTRIBUIR COMO UM DESVIO NA EVOLUÇÃO DA NEUROSE

Todos nós possuímos como caminho e instrumento de condução a fantasia de volta a realidade, a arte.  Porém como trataremos do artista neste meio, o mesmo possui mais possibilidades á sua disposição para este feito. O verdadeiro artista lida com seus devaneios de forma natural ao ponto de atingir outras pessoas e fazer com que estas mesmas apreciem desse devaneio. O artista almeja desejos que para ele soam como de certa forma inalcançáveis, pois não encontram um meio para satisfazer esses desejos e como qualquer pessoa comum, se afasta da realidade e transfere sua energia libidinal para outros meios. De forma inconsciente o artista conseguirá conquistar todos esses desejos quando tocar as pessoas com a sua própria fonte de prazer, trazendo á elas certo conforto e com isso obtendo admiração e gratidão das mesmas. O artista se baseia nesse próprio prazer que se encontra nele e é transmitido. Portanto, com esse artigo procura-se entender como a arte pode contribuir como um desvio na evolução da neurose.

O conceito de sublimação é impreciso e muito abrangente. O sintoma e a sublimação são modos de abordar a arte em psicanálise, sendo assim, Lacan compreende a sublimação como uma tentativa de organizar alguma coisa que toma o vazio deixado pelo objeto perdido, observa que a sublimação esta centrada quando a zona de satisfação excessiva esta em jogo, algo que constitui o que nos é mais próximo e mais externo. Reconhecido por Lacan como Das Ding que é que do real, o real em sua totalidade, o real do sujeito com a qual ele lida, aquilo que constitui a lei, lei particular, estritamente ligada à estrutura do desejo, em que o objeto do desejo é sempre mantido à distância, originando uma falta. Para ele a sublimação é uma forma de organizar o vazio. Esse termo é sempre associado à criação artística. Para o psicanalista na criação artística o sujeito não nãoevita esse vazio quer dizer que este objeto não e ele pode existir. Na obra de arte o objeto constrói um significante no lugar do vazio que também é definido pelo real, conclui-se então que a arte é uma circunscriação da coisa, é um indicio do real, ele cria o objeto em torno do vazio, o artista conserva a coisa no centro do de sua criação e é a partir do vazio que cria a sua obra. Quando o real se figura na arte Lacan mostra o modo como o real está relacionado com a verdadeira subjetividade do sujeito.

Diante da leitura de Freud, Lacan apresenta o sintoma como mensagem; gozo e invenção. Enfatizado em sua dimensão simbólica, define o sintoma como função de letra, f(x), um signo isolado da cadeia significante, uma cifra de gozo. O objeto a, resto de gozo inassimilável pela articulação significante, é o centro, o caroço, articulador do inconsciente e do gozo. Lacan seguiu dizendo que o sintoma não é só simbólico, pois algo resta depois do desencadeamento significante, esse resto nomeia de gozo passando a entender que o sintoma não é somente um código. O sintoma faz parte do jogo de significantes e, desse modo é ordenado por suas leis. Nesse sentido “todo fenômeno analítico, que participa do campo analítico da descoberta analítico, daquilo com que lidamos no sintoma e na neurose, é estruturado como linguagem”. (Lacan, 1988, p.192). O sintoma é no começo, “o mutismo do sujeito suposto falante. Se ele fala, esta curado de seu mutismo, evidentemente”. O sintoma tem algo a dizer a verdade do sujeito. Se o sujeito se dispõe a falar seu sintoma pode ser recriado. É o trabalho de todo sujeito para dar conta do Real. Assim, “não deve ser dissociado do sujeito, algo que deve ser modificado, mas não arrancado do sujeito, pode ser fundamental em sua estrutura”.  Pergunta-se sobre o sintoma como modo de gozo que normalmente inclui outra pessoa, em uma época na qual se apresentam dispositivos, técnicas cinematográficas, objetos artísticos, ritmos musicais e outras maneiras de artifícios para se elevar a arte na história, nas ideologias, nas artes, nos valores e nos modos de vida.

 É a partir dessas ideias que podemos explorar o tema: A arte em relação ao sintoma.
A orientação lacaniana vem para sustentar o sintoma em sua variedade - neologismo que conjuga verdade com variedade. Logo, uma citação de Jaques Lacan pensando a par criação-sintoma, trás uma ligação entre a histeria, a neurose obsessiva e a paranoia respectivamente, os três termos da sublimação: a arte, a religião e a ciência. Sobre isso e a partir do que Lacan afirma em “Mais ainda", um retorno à coisa, uma disjunção entre o gozo e o outro. "Explicar a arte pelo inconsciente é muito duvidoso [...] no entanto explicar a arte pelo sintoma é mais serio" - Jaques Lacan. Nessa citação dita em uma de suas “Conferências nas Universidades Norte-americanas", Lacan fica um pouco distante do método freudiano de explicar a arte pelo sentido. Desse modo, se desprende uma mudança conceitual na qual temos a linguagem e sua estrutura enquanto articulação como definição do inconsciente. Portanto, a estrutura comportara furos que só a prática irá prender, seja pela rotina, encontro ou invenção.

        Freud identifica mecanismos pelos quais ele acredita que o sintoma neurótico pode ser desfeito. Uma das soluções apresentadas, e considerada por Freud a mais eficaz, seria a Sublimação, mecanismo de defesa do ego, onde a energia proveniente dos desejos libidinais infantis é empregada em atividades de cunho artístico e/ou intelectual, de valor social. sublimação como mecanismo de defesa é a transformação de impulsos indesejados em algo menos prejudicial. Isto pode ser simplesmente uma libertação de distração ou pode ser uma peça construtiva e valiosa de trabalho. Quando somos confrontados com a dissonância de pensamentos incômodos, criamos energia psíquica. Isto tem de ir para algum lugar. Canais de sublimação levam esta energia longe de atos destrutivos para algo que é socialmente aceitável e / ou criativamente eficaz.  A canalizar suas energias em atividades mais construtivas.

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