A Psicanalise

FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ[pic 1]

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

Centro de Ciências da Saúde – CCS

Curso de Psicologia

Disciplina: Teorias II

Turma: H003-56

Horário: N35AB

Professora: Irvina Leite de Sampaio

Aluna: Erika Cardoso Araújo

1. De acordo com o texto freudiano “A história do movimento psicanalítico” (FREUD, 1914), explique de que modo se deu o nascimento da psicanálise. Para tanto leve em consideração os seguintes conceitos: inconsciente, sexualidade, recalque, trauma e defesa.

Foi visto que o  nascimento da psicanálise está  ligado a Freud, pois foi quando ele começou a  ter contato com o método criado por Breuer para tratar jovens histéricas que aos poucos ele foi se  apropriando e aperfeiçoando-o o seu conhecimento. Então Freud começa a criar uma teoria baseada em sua observação clínica com essas jovens, percebendo que os sintomas histéricos são resíduos e símbolos de experiências traumáticas ligadas a sexualidade infantil, embora não sejam lembrados por suas pacientes histéricas. Freud, passa a pensar a existência de uma instância psíquica que não seja consciente, onde estejam guardadas todas as experiências pelas quais o indivíduo passou; e é a partir de suas considerações sobre a histeria e o incosciente que vai surgir e se consolidar sua teoria psicanalítica.

1. A partir do texto “Freud e Charcot”, pertencente ao livro “A revolução psicanalítica” (ROBERT, 1991), discorra acerca da importância da relação entre Freud e o mestre da Salpêtrière para a construção das bases que fizeram surgir posteriormente a psicanálise.

Inicialmente Freud tinha se interessado no estudo de pacientes com o diagnóstico de histeria, então Freud ganha uma bolsa de estudos de Jan Martham Chacot em Paris, no hospital Salpêtriére. Asssintindo as apresentações de charcot pelo método da HIPNOSE, Freud aprende que as doenças podem ser causadas por idéias. Então ele começar a fazer estudos sobre a histeria, por meio da hipnose.

Freud ficou deslumbrado com os trabalhos de Charcot e o tratava com grande seriedade, pois via nele um modelo e uma importante figura paterna que reunia em si qualidades que seriam absorvidas por ele de diversas maneiras. Com o tempo, Charcot começou a dá uma atenção particular a Freud, fazendo ele  freqüentar seu círculo mais próximo no Salpêtrière, e a freqüentar eventos sociais em sua casa. A importância de Charcot pra Freud foi tão grande, que um de seus filhos foi batizado com o nome de Jean Martin, assim como anos antes, ele batizadou um de seus filhos de Ernst em homenagem a Brüke.

1. Quais foram os aspectos observados por Breuer no atendimento de Anna O., que chamaram a atenção de Freud, indicando tratar-se de um caso de neurose histérica?

Sabemos que a Anna O, tinha como característica da personalidade, o gesto de solidariedade e o seu humor que era oscilante, uma hora “triste” e outra “alegre”.

O que chamava a atenção de Breuer, era a falta de desenvolvimento da sexualidade nela, que ainda era inibida, pois nunca havia se apaixonado e nem sentido desejos sexuais.

Ela apresentava sonambulismo e alucinações constantes e quando isso ocorria, ela sentia que aliviava a tensão e angústia quando falava. Atavés da fala, ela sentia um alivio ao ponto de chamar isto de "limpeza de chaminé".

Durante toda a doença seus dois estados de consciência persistiram lado a lado, um primário, em que ela era bastante normal psiquicamente, e um secundário, que era  assemelhado a um sonho, vindo  das suas imaginações e alucinações, causando a falta de controle em suas associações.

Dependendo de cada trama os sintomas eram tratados de maneira isolada o que diminuíam quando recebiam expressão verbal.

Os traumas psíquicos estavam sempre relacionados a afetos que precisavam de uma expressão de fala para que os sintomas físicos desaparecessem.

1. Discorra acerca da ab-reação e do método catártico.

A ab-reação e o médoto catártico, foram introduzidos por Freud e Breuer em 1893, para definir um processo de descarga emocional que, liberando o afeto ligado à lembrança de um trauma, anula seus efeitos patogênicos.

Na maioria das vezes, o psciente afetado por um acontecimento reage a ele, voluntariamente ou não, sendo assim, o afeto ligado ao acontecimento é evacuado, por menos que essa reação seja suficientemente intensa. Nos casos em que a reação não ocorre ou não é forte o bastante, o afeto permanece ligado à lembrança do acontecimento traumático, e é essa lembrança que é importante e não o evento em si. Pois é justamente a lembrança  que é o causador dos distúrbios histéricos.

Para que seja aplicado esses métodos é preciso que a lembrança seja provocada no âmbito da psicoterapia, agindo assim, sob uma forma de rememorações e associações, para que daí mantenha uma relação de intensidade com o acontecimento, para que surga o efeito catártico, isto é, liberador.

Freud utiliza o termo “reação” num sentido radicalmente diferente, em vez de designar uma descarga liberadora, ele seria empregado para evocar um processo de bloqueio ou contenção, a “formação reativa”.

1. Como se deu o abandono da hipnose e do método catártico, para a consequente instauração da regra fundamental da psicanálise, a associação livre? Explique como funciona essa regra.

Diante dos métodos da hipnose e o método catártico, Freud começou a observar os seus pacientes e constatou que existiam muitos inconvenientes que pesava contra o uso dos mesmo: inicialmente, a dificuldade de utilizar o método em todos os pacientes; depois, o fato de que os pacientes tinham dificuldades em rememorar fatos importantes de suas vidas devido ao esquecimento causado pelas ordens sugestivas dos métodos que procuravam esmorecer as lembranças traumáticas.

 Durante a evolução do uso do método catártico, ele observou também que as representações traumáticas permaneciam ativas no inconsciente, por que o  acesso que os pacientes tinham às recordações se dava de forma inconsciente durante a hipnose. Assim, o paciente não tinha condições de fazer  uma elaboração associativa com  relação ao acontecimento lembrado.

Como o acesso às representações se dava de forma pela hipnose, no processo de catarse e ab-reação, as resistências não eram removidas e bastaria que novos traumas acontecessem para que novos sintomas surgissem.