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A Segunda revolução industria

Por:   •  15/11/2017  •  Projeto de pesquisa  •  536 Palavras (3 Páginas)  •  181 Visualizações

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A segunda revolução industrial, na Europa, foi um grande marco para o desenvolvimento comercial e técnico da época: com o auxilio das maquinas a vapor, a produção industrial e transporte aceleraram monstruosamente. No entanto, tal desenvolvimento veio com um custo.

Expulsos dos campos, milhares de pessoas foram obrigadas a se integrarem ao ambiente das grandes cidades e a trabalharem nas fabricas, sob salários baixos e condições miseráveis. Eventualmente, o ambiente das cidades começa a se alterar, surgindo uma visível cisão entre os bairros burgueses e as periferias operariados. Tal divisão fica facilmente visível em cidades como Manchester, ponto de partida da industria britânica e onde as modernas técnicas de produção alcançaram sua perfeição: nas áreas mas novas da cidade, onde se concentram a burguesia e varejistas, não há quase nenhum contato com os bairros mais pobres e velhos da cidade, sendo possível um individuo que more nestas áreas passar anos sem ver um destes bairros operários ou ate mesmo encontrar um operário em si, como se a próprio designe físico da cidade tenta-se esconder a pobreza e miséria dos olhos da burguesia e daqueles que visitam a cidade.

Diante tamanha miséria que assola a classe trabalhara, também vemos uma brutal indiferença por parte da burguesia quanto a esses problemas. Como visto no filme Daens - Um Grito de Justiça, vemos, de um lado, uma burguesia que acredita estar isenta de culpa para as condições de miséria do operário, pois acreditam que estes são preguiçosos para o trabalho e jogam seu dinheiro fora com álcool e sexo, enquanto outros viam o fato de poderem proporcionar empregos a população mais pobre como um ato altruísta, e portanto se achavam no direito de determinar salários e condições de trabalho que lhe mais lhe interessassem, afinal, desde que o operário tivesse trabalho, pouco importava para estes o resto. O operário, portanto, precisava tentar sobreviver da forma que pudesse: caso encontrasse um emprego, recebia o mínimo para se manter vivo e sabia que, ao menor desequilíbrio da balança econômica, ou pelo simples desejo de seu empregador, seu emprego poderia ser arrancado de suas mãos de uma pra outra: se hoje tinha os meios para sobreviver, poderia não mais tê-los no dia seguinte; ou era obrigado a roubar comida para nao morrerem de fome, como é o caso de diversas crianças órfãs que aparecem no filme. Tal situação fica clara no filme, quando uma serie de donos de fabricas na cidade de Aalst, em uma pequena reunião, decidem pela adoção do modelo escocês de produção, onde seriam empregadas apenas mulheres e crianças a salários mais baixos e quatro maquinas seriam operadas por três pessoas; e assim, de um dia para outro, milhares de homens ficaram desempregados. No entanto, essa grande indiferença não reinava apenas nas classes mais ricas, mas inclusive entre os próprios operários. Seguindo obedientemente as palavras da Igreja, a população mas pobre aceitavam passivamente tais condições, sob o pretexto de se manter no caminho de Deus, de aceitarem que suas horríveis condições, sob o pretexto não de passarem de uma provação temporária e se afastavam de movimentos sociais, em especial o socialista (e no caso do filme, da candidatura do padre Daens), que a Igreja condenava como impuro e pecador.

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