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A TEORIA DE JEAN PIAGET: Conceitos, estágios e sua aplicação na prática pedagógica (síntese)

Por:   •  8/4/2019  •  Trabalho acadêmico  •  889 Palavras (4 Páginas)  •  329 Visualizações

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A TEORIA DE JEAN PIAGET: conceitos, estágios e sua aplicação na prática pedagógica

(síntese)

Claretiano – Centro Universitário

Curso: Licenciatura em Biologia

Disciplina: Psicologia da Educação

Tutora: Jaqueline Belga Marques


Claretiano – Centro Universitário

Curso de Graduação em Biologia - Licenciatura

Tutora: Jaqueline Belga Marques

Avaliação Continuada: Elaboração de síntese de conceitos da teoria de Jean Piaget e sua aplicação na prática pedagógica.

        O conhecimento individual e coletivo é uma construção do próprio homem. Partindo desse pressuposto, o construtivismo infere que a educação é um processo de construção de conhecimento por tratar que a escola deve inovar, acrescentar o novo, criar conceitos e não apenas renová-los ou recriá-los (Becker, 1994; Campos et al., 2013).

        Jean Piaget, com seu pioneirismo da teoria construtivista, direciona essa em relação ao desenvolvimento da cognição humana; seu foco era o entendimento de como o homem obtém uma organização, estruturação e explicação em relação ao mundo em que vive. Elaborou princípios fundamentais da graduação do pensamento baseadas na organização e adaptação, e essas tendendo à equilibração. Dessa forma, Piaget relaciona as fases de desenvolvimento e adaptações biológicos humanas ao meio que o rodeia ao cognitivismo e, a partir disso, elaborou seus famosos estágios de desenvolvimento mental.         

Os principais conceitos da teoria de Piaget são abaixo relacionados:

  • Organização: combinação e recombinação de dados elementos (situações, objetos) em função de seriá-los em esquemas, de modo a fazerem sentido;
  • Adaptação: característica de se ‘moldar’ de acordo com as necessidades do meio, atingindo o clímax, o equilíbrio. Aqui citamos os elementos básicos dessa categoria: a assimilação, a acomodação e a equilibração.
  • Assimilação: capacidade de compreensão de um elemento novo, sem, no entanto, ignorar o que já se conhece, incorporando-o ao conhecimento prévio através da identificação de similaridades entre os conceitos ‘antigo e novo’;
  • Acomodação: capacidade de modificação necessária de novos esquemas, de criar novos elementos a partir da assimilação; como se fosse um resultado da assimilação do antigo com o novo;
  • Equilibração: capacidade de integrar a assimilação e a acomodação em busca da estabilidade mental do pensamento, do equilíbrio cognitivo.

         

As sucessivas equilibrações auxiliam no desenvolvimento cada vez mais elaborado da maneira de pensar e agir do indivíduo em determinada situação. A essa maneira referida, tem-se um estágio de desenvolvimento característico, por assim dizer, que Piaget classifica em estágios de desenvolvimento mentais. São eles:

  • Sensório-motor: do nascimento a 2 anos de idade, em que tudo se resume em sensações e movimentos, contribuindo para os esquemas de ação em que há apenas a referência do próprio corpo, o que o leva a um egocentrismo; o pensamento e a capacidade para enfrentar conflitos são inatas, espontâneas; 
  • Pré-operatório: de 2 a 7 anos, em que a criança começa a entender que o símbolo é diferente do significado e, através da linguagem e de símbolos, o pensamento começa a ser organizado linearmente e em uma única direção (ainda não reversível). Ainda há o egocentrismo mas o outro passa a ser a referência, assim, a criança constrói sua capacidade de representação do mundo;
  • Operatório-concreto: de 7 a 11 anos, em que o pensamento lógico começa a ser desenvolvido. O pensamento reversível também começa a ocorrer. O comportamento egocêntrico cessa e inicia a sociabilidade, o que o faz perceber a existência de regras. Compreende o pensamento dos outros e tenta transmitir o seu. A criança passa a interiorizar suas ações e desenvolve as noções lógicas e dedutivas de conservação, classificação e seriação.
  • Operatório-formal: de 11 a idade adulta, em que a criança/adolescente, faz uso do raciocínio com hipóteses verbais, não mais só com objetos concretos. É capaz de elaborar suas próprias hipóteses, desenvolve um pensamento mais científico e a formar sua própria identidade.

Piaget era biólogo por formação, com isso, objetivou unir a biologia à epistemologia. Levando isso para a educação, pode-se afirmar que por meio do entendimento das características de cada uma dessas fases, o educador, ao saber o que esperar do comportamento e desenvolvimento cognitivo de seus alunos, deve adequar sua metodologia de ensino para uma maior aprendizagem de seus alunos. Com propostas pedagógicas direcionadas para cada estágio cognitivo do aluno, a aprendizagem será mais significativa. As práticas educativas devem respeitar os níveis de desenvolvimento da criança e adolescente, assim, há grandes possibilidades de se construir novos conhecimentos a partir dos conhecimentos e teorias pré-existentes sendo o professor ‘apenas’ um mediador. A evolução, a busca do conhecimento, será todo do aluno.

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