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Relatório Sobre As Teorias Clássicas De Sigmund Freud, Jean Piaget, Henri Wallon E Lev Vygotsky E Suas Contribuições Para A Educação.

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Por:   •  24/3/2014  •  2.928 Palavras (12 Páginas)  •  1.919 Visualizações

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4. INTRODUÇÃO

É dado o nome de Psicologia da Educação ao segmento de estudos e pesquisas que visam descrever os processos psicológicos presentes na educação. Teóricos como Sigmund Freud, Jean Piaget, Henri Wallon e Lev Vygotsky, são tidos como precursores dos estudos em Psicologia da Educação. São referenciais comuns aos cursos de Pedagogia, Normal Superior e demais licenciaturas, representando, cada um, vertentes do pensamento psicológico educacional. É comum na Psicologia da Educação referir-se à educação da criança e do adolescente, mas também à educação do adulto.

Para entender as características dos alunos na infância, adolescência, idade adulta e na velhice, esses psicólogos desenvolveram e aplicaram teorias sobre o desenvolvimento humano, muitas vezes expressas em fases de maturação, de desenvolvimento e de teorias que descrevem mudanças nas habilidades mentais (cognição), papéis sociais, morais, raciocínio e crenças sobre a natureza do conhecimento.

2. TEÓRICOS DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

2.1. Sigmund Freud

Sigmund Freud, criador do paradigma psicanalítico, nasceu, em 1856,na cidade de Freiberg, Morávia, hoje, uma região da República Tcheca. Originário de família judia viveu grande parte de sua vida em Viena, na Áustria, e morreu em Londres, capital da Inglaterra, em 1939, para onde se refugiou das perseguições do nazismo.

Formado em medicina, interessou-se por estudar manifestações de desequilíbrio psicológico e foi no contato com seus pacientes que elaborou sua teoria. Esse é um aspecto importante no paradigma porque revela o ambiente em que a Psicanálise surgiu e o destino original de suas formulações: a cura de pessoas que sofriam distúrbios psíquicos. Freud não se dedicou a analisar a escola e o trabalho do professor, embora tenha abordado questões educacionais em alguns de seus escritos.

A Psicanálise é a ciência que estuda o inconsciente humano. Nesse contexto, o homem é manipulado pelo inconsciente, ou seja, as ações conscientes são guiadas pelo inconsciente. A grande descoberta da Psicanálise se deu ao grande destaque sobre a questão da sexualidade como força central da vida. Freud notou que na grande maioria dos pacientes que teve desde o início de sua prática clínica, os distúrbios e queixas de natureza hipocondríaca e histérica, estavam relacionados a sentimentos reprimidos com origem em experiências sexuais perturbadoras. Assim ele formou a hipótese que a ansiedade que se manifestava nos sintomas era consequências da energia ligada à sexualidade; a energia reprimida tinha expressão nos vários sintomas que serviam como mecanismo de defesa psicológica. Essa força, o extinto sexual, nãose apresentava consciente devido à “repressão” tomada também inconsciente; Revelação da “repressão” inconsciente era obtida pelo método de livre associação (inspirado nos atos falhados ou sintomáticos, em substituição à hipnose) e interpretação de sonhos (conteúdo manifesto e conteúdo latente). A vida psíquica dá sentido e coloração afetivo-sexual a todos os objetos e a todas as pessoas que nos rodeiam e entre as quais vivemos. Por isso sem que saibamos por que amamos e desejamos certas coisas e pessoas, odiamos e tememos outras. As coisas e os outros são investidos por nosso inconsciente com cargas afetivas de libido. A origem das simpatias e antipatias, amores e ódios, medos e prazeres estão totalmente ligados aos primeiros meses e anos de nossas vidas, quando se formam as primeiras relações entre criança e meio.

Sendo assim, a obra de Sigmund Freud, centrada inicialmente na terapia de doenças emocionais, também veio contribuir em muito na área social e na pedagogia, pois o ato de educar está intimamente relacionado ao desenvolvimento humano, especialmente do aparelho psíquico.

Através das reflexões feitas pelo psicanalista, podemos entender melhor enquanto educadores, como se processa em nossos educandos o desenvolvimento emocional e mental, pois o ser humano constitui-se como um todo, razão e emoção.

As maiores contribuições da Psicanálise com a educação em geral se dão através do estudo do funcionamento do aparelho psíquico e dos processos mentais, onde ocorre a aprendizagem, do estudo dos vários tipos de pensamento, da aprendizagem através dos processos de identificação e dos processos de transferência que ocorrem na relação professor-aluno.

Segundo Freud, os estudos psicanalíticos devem direcionar-se mais a auxiliar o educador na difícil tarefa de educar, missão quase impossível de ser realizada plenamente, pois o ser humano vive numa constante luta entre suas forças internas regidas pelo princípio do prazer (Id) e as forças externas que impõe juízo de valor (Superego) sobre os desejos. O educador precisa ajudar o aluno a buscar este equilíbrio na construção do eu (ego) para que a aprendizagem possa ocorrer de forma eficaz.

Revelando que o ser humano tem vários tipos de pensamento (prático, cogitativo e crítico), o estudo freudiano lembra a importância que tem a escola poder proporcionar o desenvolvimento de todas as suas dimensões, alargando assim a capacidade do sujeito buscar alternativas por si próprio e desenvolva o prazer de aprender.

Uma grande contribuição diz respeito à aprendizagem por identificação, pois mostra que através de modelos de pessoas que lhes foram significativas o ser humano mostra-se no sentido de equiparar a elas sua autoimagem. É necessário que o professor saiba sintonizar-se emocionalmente com seus alunos, pois depende muito desse relacionamento, dessa empatia, estabelecer um clima favorável à aprendizagem, pois o ser humano transfere situações vivenciadas anteriormente, bem como demonstra resistências a experiências uma vez reprimidas.

2.2. Jean Piaget

Jean Piaget nasceu em 1896 na cidade de Neuchatel, na Suíça e morreu em 1980. Piaget revolucionou a teoria de desenvolvimento intelectual, levando a cabo um conjunto de investigações sobre o processo de desenvolvimento cognitivo da criança. Contudo, não encarou a criança enquanto sujeito individual, mas como "sujeito epistêmico", ou seja, como representante da inteligência humana numa perspectiva universal. É a partir do conhecimento do desenvolvimento da criança que vai compreender o desenvolvimento do pensamento humano: a sua estrutura, pensamento e evolução. O seu trabalho constitui aquilo que se designa por epistemologia

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