A atuação do psicólogo nas organizações e no trabalho
Por: SUZANACAUS • 1/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.378 Palavras (6 Páginas) • 642 Visualizações
Universidade Católica Dom Bosco- UCDB
A atuação do psicólogo nas organizações e no trabalho
Campo Grande- MS
Abril de 2017
Universidade Católica Dom Bosco-UCDB
Suzana Caús
A atuação do psicólogo nas organizações e no trabalho
Este trabalho tem o objetivo de obter nota na matéria de Psicologia Organizacional e do Trabalho. |
Campo Grande- MS
Abril de 2017
Sumário
1.0 Histórico do Campo Organizacional e do trabalho
A psicologia organizacional e do trabalho (POT) é uma área do vasto e diverso campo chamado Psicologia. Da mesma forma que o campo maior, os limites e características dos fenômenos definem seu proposito e suas perspectivas de analise e intervenção, tudo isso construído historicamente tendo como base três pilares. (Zanelli, 2014)
- As demandas sociais vindas das organizações, e as demandas do mundo do trabalho.
- O avanço do conhecimento cientifico geral, da psicologia como ciência e da POT como área.
- O resultado das interações foi sendo construídos no decorrer do tempo com outros conhecimentos científicos e outros campos profissionais, alguns conflitos ajudaram a desenvolver uma identidade própria para os pesquisadores e profissionais, como indivíduos, grupos e coletivos, chamados organizações. (Zanelli, 2014).
Desenvolvimento da psicologia organizacional e do trabalho no cenário internacional
É possível encontrar precursores em épocas anteriores, mostrando o campo se constrói de forma progressiva, com colaboração, nem sempre intencional, de atores diferentes contextos e momentos.Com a POT, isso não é diferentes. Ao longo da historia vamos encontrar autores preocupados com o mundo do trabalho e com as pessoas inseridas nele.
2.0 O desenvolvimento de POT no cenário internacional.
Ao longo da historia, vamos encontrar estudiosos que se preocuparam com o mundo do trabalho e com as pessoas inseridas nele. As origens da POT podem remontar à criação do laboratório para o estudo da fadiga, em Modena, 1899, por Luigi Patrizi.Vários autores fizeram suas contribuições, Porem seu marco principal e o mais reconhecido está no trabalho que Hugo Munsterberg publicou em 1913,intitulado Psychology and Industrial Efficiency. O interesse do autor localizava-se em torno daquilo que viria ser, por um longo período, a atividade mais características e dominantes da psicologia aplicada ao trabalho: seleção de pessoal e o uso de testes psicométricos com a finalidade de maximizar o ajustes de pessoas aos cargos.
O livro ,tomado como marco de nascimento da psicologia industrial, estruturava-se em três partes que bem demonstram as preocupações centrais de Munsterberg, As quais foram também as preocupações centrais do novo campo: O melhor homem possível para o trabalho, o melhor trabalho possível, o melhor efeito possível (analisando técnicas de venda, publicidade e marketing). Juntamente com esta obra está a necessidade de que os trabalhadores atuem em cargos que se ajustem às suas habilidades emocionais e mentais, para que haja eficiência no trabalho , produtividade da empresa e satisfação do trabalhador .Nesse período de estruturação do campo ,outro nome com preocupações similares, exerceu importante impacto. Frederick Wilnslow Taylor ,engenheiro em sua formação básica, desenvolveu o que ele chamou de administração cientifica, com o objetivo de estabelecimento princípios para orientar as praticas organizacionais e aumentar a produtividade.
A partir de ideias de Taylor, Frank e Lilian Gilbreth dedicaram-se a investigar a forma como tarefas são executadas pelas pessoas, desenvolvendo o que veio a ser chamado de “estudos de tempos e movimentos “.Esses estudos, cerne de uma perspectiva taylorista para maximizar a eficiência do desempenho do trabalho estiveram na base do campo denominado fatores humanos, voltado para analisar e projetar ambientes de trabalho e tecnologias que levassem em consideração as características humanas.
A grande proximidade entre as ideias propostas de Munsterberg e Taylor revelam que ambos estavam imersos em um mesmo conjunto de preocupações e noções sobre o mundo do trabalho que guardam, certamente, estreita relação com a crescente industrialização que ocorreu nos países dominantes, do cenário ocidental, no fim do século XIX e inicio do século XX.
A denominada “Segunda Revolução Industrial” caracteriza-se pelo advento do motor a explosão interna, da utilização do petróleo e da eletricidade, que resultaram no desenvolvimento da indústria petroquímica, das maquinas de automação rígida, nos novos meios de transporte, de novas técnicas e meios de comunicação. O modelo taylorista-fordista constitui o paradigma de gestão e produção nesse período histórico.
É interessante assinalar que a psicologia industrial nasceu em berço comum com a administração cientifica, mostrando desde esse momento, como os dois campos científicos estão próximos e construíram trajetórias que, apesar de singular es apresentam muitas sobreposições e nomes que contribuíram para avanço de ambos os domínios .
Ao olhamos para a retrospectiva histórica de constituição do campo de POT, fica evidente que ela se desenvolveu buscando dar respostas a desafios específicos postos pelos contextos sócias, econômicos, políticos e tecnológicos que marcaram o século XX, adentrando o século XXI com desafios ainda mais intensos e preocupantes. É assim que qualquer campo cientifica e profissional se constrói e se transforma ao longo do tempo.
Constituição Histórica da psicologia organizacional e trabalho no Brasil
Até quase o fim do século XIX, a economia brasileira era essencialmente escravocrata. Com o aumento do fluxo migratório e a chegada dos imigrantes europeus, deu-se inicio ao cultivo de café e foram incrementadas as manufaturas e os pequenos negócios, sobretudo nas regiões Sul e sudeste. Um personagem proeminente nesse período foi Visconde de Mauá, cuja diversidade nos setores de atuação e razoável sucesso nos empreendimentos fez atrair capital estrangeiro.
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