A humilhação social é um problema político na psicologia
Relatório de pesquisa: A humilhação social é um problema político na psicologia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jsdb2013 • 24/4/2014 • Relatório de pesquisa • 4.089 Palavras (17 Páginas) • 693 Visualizações
Humilhação Social – Um Problema Político em Psicologia.
Humilhação Social
Nos devemos apontar a Humilhação Social como uma modalidade de angustia disparada pela desigualdade de classe tendo como principal fator as determinações econômicas e falta de consciência humana.
O humilhado atravessa uma situação de impedimento para sua humanidade, uma situação reconhecível mesmo em seu corpo, gestos, voz, imaginação.
O tema Marxismo e Psicanálise surgiram na Segunda Guerra Mundial em Frankfurt e Paris por fertilíssimos pensadores que atravessaram a realidade da época. Os temas da Psicologia Social incidem sobre problemas intermediários, difíceis de considerar apenas pelo lado do individuo ou apenas pelo lado da sociedade. E justamente, este o caso para o problema da humilhação social.Esta situação intermediária e a situação ambígua da humilhação, fenômeno externo-inteiro, é o que nos faz encontrar em Marx e em Freud, respostas essenciais. Tanto Marx atento á determinação econômica, quanto Freud atento á determinação funcional, ensinou-nos a encontrar além do mecanismos, um homem em situação inter-humana.
O Morador Impedido
O morador ficou impedido de viver como vivia antes, deixou de viver em ambientes naturais como: A roça, o plantio, a caça, o uso da lenha, do transporte animal e fluvial. O jeito de viver foi modificado, a crença o folclore foi caindo, a cultura em nossos pais foi mesclada através do ajuntamento das raças humanas.
Muitas das vezes parece que a visão que temos dos bairros pobres e ainda mais impiedosos do que a visão de ambientes arruinados. Não são bairros que o tempo veio corroer ou as guerras vieram abalar, são bairros que mal puderam nascer para a sua própria historia.
O Trabalhador Impedido
Todo trabalhador evidencia suas necessidades, privilegiando os salários e a saúde. Existe uma classe inteiramente presa ao dinheiro, é o trabalhador assalariado.
Todo o tipo de trabalho e convertido em moeda. ”se você não tiver o tal dinheiro o mundo não faz sentido”.
A liberdade e desde então afirmada como um valor individual, porem os padrões esquecem que o trabalhador trabalha para comer e come para trabalhar, os seus direitos são extremamente reconhecidos, tendo a dor do trabalho manual como uma ótima companheira de volta para casa.
O Cidadão Impedido
O cidadão pobre simplesmente não vai a onde tem Vontade, e sim onde tem condição financeira de ir, muitas vezes não precisa ter condição para ir, porem se senti inferior os outros e acabam se escondendo d seu próprio medo de interagir e frequentar lugares se condiz com seu nível social porem não se arriscam.
A impossibilidade de compartilhar e desfrutar do mundo faz com que despegue a motivação do cidadão, tornando o impedido para determinada realização e satisfações pessoal.
Reificação e Aparição
A reificação é uma operação mental que consiste em transformar conceitos abstratos em realidades concretas representando o ser humano como objeto físico privado de qualidades pessoais ou de individualidade.
Desigualdade e Angustia
A desigualdade social e a pobreza são problemas que afetam a maioria dos países na atualidade. A pobreza existe em todos os países sendo ele rico ou pobre, mas a desigualdade social e um fenômeno que ocorre principalmente e países não desenvolvidos. A desigualdade social pode estar quando duas pessoas exercem a mesma função porem uma com carteira assinada e outra sem registro, a primeira tem sua remuneração maior que a segunda pessoa às vezes isso pode ocorrer até dentro da mesma empresa.
A falta de infraestrutura urbana e o grande responsável em deixar o acesso da população carente aos serviços de saúde, educação, saneamento básico, abastecimento de água etc. Com isso faz surgir menos oportunidades de profissionalização, maior exposição a violência, discriminação racial, discriminação contra mulheres e crianças.
A invisibilidade da humilhação social
O texto de Jesse Souza trata de forma esse tema explicando uma modernidade periférica e a elaboração de uma alternativa teórica social, refere algumas profissões que e alvo de humilhação social e provoca imenso sofrimento psíquico no sujeito, exemplos dos “garis” que faz parte de uma categoria de profissionais que desenvolvem um trabalho de força bruta.
Também apresenta teorias solidas para explicar o Brasil e sua gente, acredita que a descrição da realidade das pessoas socialmente humilhadas, para definir o que é desigualdade e sua origem social. Defende que os brasileiros teriam se constituído a partir da plasticidade herdada dos portugueses, que faz assimilação social e racial dos elementos, indígenas e africanos, que livres, mas não conseguiram se desenlaçar das condições subumanas as quais estavam submetidos ,formando “ralé social”.
Fernando Braga cita uma psicologia com compromisso social, no livro “homens invisíveis: Relatos de uma humilhação social”,
O autor, vivencia a dificuldade cotidiana de uma atividade desqualificada socialmente, quando por um dia, deixa seu status de professor e coloca o uniforme de gari e por alguns minutos se torna um deles-homens invisíveis. Para o pesquisador tudo era novo, se inquietava com anestesia dos outros, mas um descaso nessa sociedade desigual, esse trabalho que o autor se refere “gari”, também podemos nos referir ao lavador de carros, reciclador “catador de latinhas”, a pessoa que cuida do seu carro, motoqueiro da pizza, instalador de antenas e muitas outras profissões invisíveis. ‘Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência’, Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador. Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Relata o pesquisador.
A invisibilidade afeta cada vez mais pessoas de baixa renda, com pouco grau de escolaridade. Isso se dá devido ao fato de se tratar de profissionais que, de certa forma, são considerados de “pouca significância”. Ledo engano. Os trabalhadores que sofrem tal tipo de preconceito prestam, em sua maioria, serviços importantes para a sociedade. Nos Estados Unidos e outros países desenvolvidos,
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