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A Ética Profissional

Por:   •  12/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.551 Palavras (15 Páginas)  •  132 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA

INGRID VITORIA MARQUES MARTINS  RA:D85HHD2

JÉSSICA MAIHATO CANDIDO  RA:D9636H5

MARIANA COSTA UCHOA DO NASCIMENTO  RA:D892835

MARTA BEATRIZ ALVES DA MOTA  RA:N384859

NATHANI RIBEIRO COSTA  RA:D90IDG1

TAYANA HANCIO MANDU  RA:N465050

ÉTICA PROFISSIONAL:


SEXUALIDADE E MORAL.

SÃO PAULO

        2019        

SUMÁRIO

1.        INTRODUÇÃO        3

2.        DESENVOLVIMENTO        4

2.1        SEXUALIDADE E ORIENTAÇÃO SEXUAL        4

2.2        HISTÓRICO DA HOMOSSEXUALIDADE NA SOCIEDADE        5

2.3        HISTÓRICO DA HOMOSSEXUALIDADE NA PSICOLOGIA        6

2.4        POSIÇÃO DOS CONSELHOS DE PSICOLOGIA        7

2.4.1        CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (CFP)        7

2.4.2        CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO        9

2.4.3        CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DE SÃO PAULO (CRP-SP)        10

2.5        ATAQUES AO CONSELHO        11

2.6        HOMOSSEXUALIDADE NO BRASIL ATUAL        13

3.        CONSIDERAÇÕES FINAIS        15

4.        REFERÊNCIAS        16

  1. INTRODUÇÃO

           Assuntos relacionados a sexualidade são comumente trazidos a profissionais da área da Psicologia. Este trabalho tem como objetivo abordar questões da sexualidade, mais precisamente sobre orientação sexual, que se encontram no trabalho do psicólogo no dia a dia, relatar toda a trajetória deste assunto dentro da psicologia, a posição do CFP e CRP-SP com relação a postura do profissional diante destas questões e os frequentes ataques ao Conselho devido ao preconceito ainda recorrente no Brasil.

  1. DESENVOLVIMENTO

  1. SEXUALIDADE E ORIENTAÇÃO SEXUAL

        De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) "A sexualidade faz parte da personalidade de cada um, é uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida. Sexualidade não é sinônimo de coito (relação sexual) e não se limita à ocorrência ou não de orgasmo. Sexualidade é muito mais que isso, é a energia que motiva a encontrar o amor, contato e intimidade e se expressa na forma de sentir, nos movimentos das pessoas, e como estas tocam e são tocadas. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, portanto, a saúde física e mental. Se saúde é um direito humano fundamental, a saúde sexual também deveria ser considerada um direito humano básico." (WHO TECHNICAL REPORTS SERIES, 1975).

        Quando falamos sobre orientação sexual estamos nos referindo aos desejos afetivos de cada pessoa, este desejo está relacionado a pessoas do sexo oposto (heterossexualidade) as pessoas do mesmo sexo (homossexualidade) ou pessoas que gostam de ambos os sexos (bissexualidade). É importante ressaltar que, muitos estudos têm mostrado que a orientação sexual possui um forte componente biológico (genético e epigenético), intrínseco ao indivíduo. Dessa forma, a atração sexual passa, cada vez mais, a ser considerada um componente natural e inato ao indivíduo e, por consequência não passível de tratamento ou redefinição.

  1. HISTÓRICO DA HOMOSSEXUALIDADE NA SOCIEDADE

        A sociedade moderna ocidental sofreu, e ainda sofre, forte influência da religião cristã. Por consequência, desde a idade média a homossexualidade foi tratada como um grande tabu, que infringe princípios morais e éticos presente nas escrituras sagradas do cristianismo que estava não só na mente das pessoas, mas também influenciando o Estado e, consequentemente as leis vigentes na sociedade.

        Homossexuais sempre foram vistos como imorais e, sofreram muitas consequências dessa visão de mundo dogmática. Desvios da prática sexual “correta”, sequer eram discutidas publicamente e, nas raras vezes que isso ocorria, qualquer desvio da visão majoritária era fortemente repreendido. Sem espaço pra diálogo algum, a homossexualidade era observada sob uma ótica punitiva. Desde o início da idade média, até meados do século passado, a prática homossexual infringia não apenas códigos morais, mas também eram passíveis de punição criminal. Desde as mais severas como pena de morte (comumente aplicada na era medieval) até as mais “brandas” da era moderna como a prisão.

Neste contexto, não havia outra consequência senão o sofrimento por parte dos homossexuais e a sua exclusão por parte da sociedade, situação carregada ao longo de gerações por séculos e que perduram até os dias atuais em grande parte dos países do mundo.

  1. HISTÓRICO DA HOMOSSEXUALIDADE NA PSICOLOGIA

        A partir do desenvolvimento do tema orientação sexual dentro das discussões da psicologia, essa questão deixa de exclusivamente criminal para ser analisada um viés mais clínico e científico. Ainda que alguns teóricos importantes da época como Freud defendessem que a atração sexual seria determinada por questões do inconsciente sendo vistas, portanto como naturais, a maioria dos psicólogos da época ainda apresentavam uma tendência a patologizar a homossexualidade. É importante notar que, mesmo nos cenários menos radicais (como em Freud), a homossexualidade ainda era colocada como “atraso no desenvolvimento sexual”.

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