ANTONIO CONSELHEIRO, ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Por: Ana De David • 28/9/2015 • Resenha • 396 Palavras (2 Páginas) • 390 Visualizações
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Algumas considerações a respeito de: Antonio Conselheiro, Nem santo nem pecador
Posso constatar por meio de um breve apanhado dos textos lidos em aula com o livro de Marcelo Bier, há relações diretas entre eles. Em especial o texto Intervenções Psicossociais em comunidades: contribuições da psicanálise (Nadir Lara Junior e Cynara Teixeira Viera) relaciono um perante o outro da seguinte forma: No texto apresentado pelas autoras elas trazem uma introdução da necessidade que as comunidades tem da escuta dos profissionais mais aptos a isso. Penso assim, em Antônio, o conselheiro. Ele “juntou” um aglomerado de pessoas pela sua oratória, pregação religiosa.
É inquestionável a diferença de épocas, culturas, influências religiosas de um texto ao outro. Um relata uma época turbulenta de repressões governamentais, religiosas e culturais; outro a importância de uma intervenção bem guiada por um profissional onde a escuta, o acolhimento e uma entrada perante a isso no cotidiano da comunidade numa época contemporânea. Tento trazer semelhança nos textos, exatamente em relação a isso, onde Antonio Conselheiro, também escutou e amparou um pouco em prol de uma comunidade, formada por ele na sua longa caminhada pelo semi- árido nordestino.
O texto Intervenções Psicossociais em comunidades: contribuições da psicanálise de Nadir Lara Junior e Cynara Teixeira Viera destacam na página 95, que os movimentos sociais são uma das formas da comunidade se organizar e se constituir em torno de uma identidade coletiva. Fazendo nesse sentido, perceber que esses movimentos fazem identificações para com um significante, e citam como exemplo o Movimento Sem Terra, mas que poderiam também citar o movimento do livro de Marcelo Bier, Antonio Conselheiro, Nem santo nem pecador, que também tem uma identidade coletiva e uma identificação com um significante, no caso a identidade a fé, e a identificação com Antônio que passava para eles, as palavras de Deus na esperança (fé) por dias melhores.
Através desse breve levantamento de identificações entre os dois textos, finalizo com as celebres palavras de Jacques Lacan em Seminário XXII “O que desejo é a identificação com o grupo, porque é certo que os seres humanos se identificam com um grupo; quando não se identificam, estão fracassados, estão isolados. Mas com isso, não digo a que ponto devem identificar-se” (Lacan, 1974-1975, PP 64-65).
BIBLIOGRAFIA
JUNIOR, Lara Nadir; RIBEIRO, Cynara, (2009), Intervenções Psicossociais em comunidades: contribuições da psicanálise, PUC-SP, São Paulo.
BIER, Marcelo; ANTÔNIO CONSELHEIRO Nem santo, nem pecador, Ano: 2009, Editora: Rocco
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