ANÁLISE FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO
Por: danielle22 • 26/4/2018 • Trabalho acadêmico • 2.741 Palavras (11 Páginas) • 278 Visualizações
FACULDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL DE ANÁPOLIS
PSICOLOGIA – 6º PERÍODO TURMA “B”
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS– ANÁLISE FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO: ETAPA 3 e 4
Anápolis-GO
Novembro/2015
1. Introdução
Atualmente o transtorno obsessivo – compulsivo tem uma prevalência de 0,6%, o TOC e deve ser considerado com maior importância para a saúde publica devido seu prejuízo social, pessoal e familiar. Segundo a Organização Mundial da Saúde o transtorno obsessivo compulsivo gera afastamento do trabalho, aposentadoria precoce e impacto familiar, o TOC esta dentre as dez doenças mais causadoras de incapacitação social.
Diferentemente dos demais transtornos ansiosos que atingem principalmente mulheres, o TOC atinge igualmente homens e mulheres, de acordo com Rasmussen & Eisen a media de idade inicial: 20,9; homens 19,5 e mulheres 22,0.
Os sintomas se assemelham independente de culturas ou regiões geográficas sendo: rituais de lavagem, preocupação com demarcação de limites, obsessões e compulsões de ordem e simetria, colecionamento, medo de impulsos agressivos e sexuais, escrúpulos morais, exagero do sentimento de fragilidade, pensamento mágico (em que o pensar equivale a agir) necessidade de anular magicamente as “conseqüências” dos pensamentos obsessivos etc. Os obsessivos-compulsivos acreditam ser impossível resistir aos sintomas mesmo que tentem, a sua necessidade de realizá-lo e ausente de sentido, a uma compulsão em agir incessantemente mesmo sabendo que o objeto nunca será atingido, a repetição de rituais que o leva a buscar a perfeição e exatidão. Os sintomas apenas se modelam de acordo com a cultura de cada individuo.
A universalidade dos sintomas supõe um fator biológico onde necessariamente a uma importância em pesquisas que estudem a gênese dos sintomas.
O quadro clínico do indivíduo com TOC varia muito, podendo apresentar diferentes níveis e sintomas característicos. Dentre os principais sintomas, podemos destacar o comportamento de pensar e comportamentos repetitivos. Comportamentos que surge como consequência do pensar, ou seja, o comportamento surge como uma tentativa de aliviar ou se livrar da culpa de pensamentos intrusivos e mórbidos, gerando assim, um ciclo vicioso e infinito. Medo, culpa, ansiedade e sensação de incompletude são os sentimentos principais do indivíduo com o transtorno.
O transtorno pode se dividir em várias subcategorias das quais podemos citar as principais como as "manias” de limpeza, organização e simetria, verificações e coleções que são as mais conhecidas.
A patologia pode levar anos até que seja “descoberta” por familiares ou pessoas próximas do paciente, uma vez que o mesmo na maioria das vezes é capaz de ocultar os comportamentos e seu sofrimento até mesmo por anos a fio, o que leva o transtorno a se agravar cada vez mais, além disso, o paciente nem sempre consegue admitir ou reconhecer a patologia de seus comportamentos, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento adequado do transtorno.
O grau de comprometimento na vida do indivíduo pode variar de acordo com seu contexto vivencial, personalidade e histórico de vida, cada um podendo influenciar para mais ou para menos no quadro e que devem ser amplamente investigados e considerados, na tentativa de se traçar um manejo clínico correto para cada caso singular e específico.
É fundamental o conhecimento do curso clínico, da evolução e do prognóstico de uma patologia em todo aspecto da medicina. Como a origem de muitas patologias psiquiátricas é oculta, o terapeuta precisa ter mecanismos para tentar identificar, diferenciar, tratar e prever a evolução dos transtornos mentais. Consequentemente estudos que assistem pacientes com uma mesma associação de sintomas, por um extenso tempo, para definir a transformação “natural” e a expectativa de determinadas abordagens terapêuticas, tendo muita influência tanto na identificação quanto na confirmação diagnóstica de doenças mentais.
Estudos epidemiológicos apontam o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) menos incomum do que anteriormente se acredita e que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu que o TOC é a décima motivação de incapacitação, alguns estudos de prosseguimento com pacientes obsessivos foram criados com o objetivo de constatar nitidamente o curso e o prognóstico desse transtorno. Os empenhos efetivos apresentam parâmetros discrepantes, o que dificulta sua semelhança.
Os primeiros estudos sobre o desenvolvimento dos estados obsessivos confirmaram que é crônico, em maior parte das vezes, sendo incomuns as fases de absolvição completa da patologia. Mas esses estudos são retrospectivos e mostram muitas complicações metodológicas. Estudos prospectivos mais atuais têm procurado constatar de maneira mais cautelosa quais elementos afetam no curso clínico e prognóstico do TOC.
De forma global, em todos esses estudos coincidem que os sintomas obsessivos se caracterizam por oscilações, estágios de melhora ou piora, na maioria dos casos não há remissão completa. De modo geral é significativo observar a importância de cada uma dessas variáveis no adoecer obsessivo. O TOC pode iniciar-se em qualquer fase da vida, mas há pesquisas que mostram em maior parte dos casos que o início ocorre na infância e/ou na adolescência.
Em geral, há uma grande latência entre o começo dos sintomas obsessivos e a procura por tratamento, em torno de sete anos. Entre os desencadeantes da patologia foram encontrados eventos estressantes antecedendo a instalação do TOC, relacionados geralmente a morte de pessoas próximas, mudança de domicílio, troca ou perda de emprego, etc. Pois estão associados a algum fator que provoca ansiedade e sensação de impotência.
O TOC na fase inicial nem sempre tem caráter puramente obsessivo, pode está associado a sintomas de ansiedade – especialmente fóbicos – ou transtornos de humor, com demonstrações depressivas ou certas disforias, complementada de tensão e irritabilidade. A maior parte de estudos de seguimento afirma à análise clínica de que o TOC evoluiu cronicamente e, é complicado de ser tratado, com poucos índices de remissão total dos sintomas.
Estudos mais atuais analisaram o impacto do uso dos inibidores de recaptação de seretonina e da abordagem comportamental, conclui-se que, com os novos tratamentos disponíveis muitos pacientes podem aguardar melhoras consideráveis ao longo do tempo, mas não a remissão completa.
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