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AS ATIVIDADES LÚDICAS NO TRABALHO DO PSICOPEDAGOGO INSTITUCIONAL

Por:   •  5/9/2016  •  Artigo  •  2.914 Palavras (12 Páginas)  •  1.241 Visualizações

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AS ATIVIDADES LÚDICAS NO TRABALHO DO PSICOPEDAGOGO INSTITUCIONAL

RESUMO

Este artigo versa sobre o lúdico no trabalho da Psicopedagogia escolar. Acredita-se que por meio de atividades e situações lúdicas mediadas pelo Psicopedagogo este profissional melhor empreenderá em seu diagnóstico e intervenção psicopedagógicos, na escola. Objetivou-se conhecer como o Psicopedagogo, na instituição escolar, poderá empregar atividades lúdicas visando contribuir para o diagnóstico e processo de intervenção. Este estudo teórico, de revisão bibliográfica, teve como questão problemática a indagação: como o Psicopedagogo, na instituição escolar, poderá empregar atividades lúdicas visando contribuir para o diagnóstico e processo de intervenção? Concluiu-se que pelo brincar espontâneo, favorecido por uma cultura lúdica oferecida por meio de atividades escolares em que as crianças tenham a oportunidade de manifestar seus medos, anseios, dificuldades, necessidades, imagens e simbolizações feitas da realidade, o profissional psicopedagogo não só terá rico material para elaborar seu diagnóstico, como também para mediar uma intervenção pedagógica adequada à criança, com qualidade, também orientando ao professor para que seu ensino se torne capaz de refletir o brincar como atividade natural.

Palavras-chave: Lúdico. Psicopedagogo Institucional. Diagnóstico. Intervenção escolar.

1 INTRODUÇÃO

A escola é um lugar de integração de vivências e deve proporcionar à criança um ambiente favorável às suas construções cognitivas e afetivas, voltadas às necessidades da criança e seu mundo lúdico.

Considerando-se a relevância do brincar para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança como ser humano em constante aprendizagem e apreensão do mundo, necessário se faz aprofundar acerca da validade ou quais contribuições pode se depreender do lúdico ao ser empregado pelo Psicopedagogo, nas instituições escolares.

Como o brincar e as atividades lúdicas são primordiais para a aprendizagem pela criança, também por se tratar de um tema extremamente importante para a formação dos profissionais da educação, acredita-se que por meio de atividades e situações lúdicas mediadas pelo Psicopedagogo este profissional melhor empreenderá em seu diagnóstico e intervenção psicopedagógicos, na escola.

Este estudo tem como objetivo conhecer como o Psicopedagogo, na instituição escolar, poderá empregar atividades lúdicas visando contribuir para o diagnóstico e processo de intervenção.

Com o propósito de aprofundar o tema em questão, problematizou-se: Como o Psicopedagogo, na instituição escolar, poderá empregar atividades lúdicas visando contribuir para o diagnóstico e processo de intervenção?

O presente estudo caracteriza-se por uma pesquisa qualitativa, descritiva, no qual se efetivou um estudo bibliográfico, com consultas a concepções teóricas constantes em textos impressos e em fontes da internet. Os dados obtidos foram analisados, refletidos e registrados de forma descritiva, visando responder à problemática estabelecida.

Partindo-se desta apresentação, na sequência caracterizou-se a atuação do Psicopedagogo, na instituição escolar, em relação ao cumprimento das funções de diagnosticar problemas acerca da aprendizagem das crianças e intervir, solucionando-as, prevenindo-as e/ou assessorando os professores; ainda, discorreu-se sobre a validade e formas de emprego das atividades lúdicas pelo Psicopedagogo, na escola, culminando com a apresentação de considerações finais.

2 O PSICOPEDAGOGO INSTITUCIONAL E SUA PRÁXIS

Sampaio (2007, p. 1) define os psicopedagogos como sendo “profissionais preparados para atender crianças ou adolescentes com problemas de aprendizagem, atuando na sua prevenção, diagnóstico e tratamento clínico ou institucional”. Sampaio ainda especifica o papel e/ou a atuação do psicopedagogo tanto em escolas ou empresas (Psicopedagogia Institucional) como em clínica (Psicopedagogia Clínica):

O psicopedagogo, através do diagnóstico clínico, irá identificar as causas dos problemas de aprendizagem. Para isto, ele usará instrumentos tais como, provas operatórias (Piaget), provas projetivas (desenhos), EOCA[1], anamnese. Na clínica, o psicopedagogo fará uma entrevista inicial com os pais  ou  responsáveis  para conversar sobre horários, quantidades de sessões, honorários, a importância da frequência e da presença e o que ocorrer, ou seja, fará o enquadramento. Neste momento não é recomendável falar sobre o histórico do sujeito, já que isto poderá contaminar o diagnóstico interferindo no olhar do psicopedagogo sobre o sujeito. O histórico do sujeito, desde seu nascimento, será relatado ao final das sessões numa entrevista chamada anamnese, com os pais ou responsáveis (SAMPAIO, 2007, p. 1).


Para diagnosticar o problema ou dificuldade de aprendizagem apresentada pelo aluno, o psicopedagogo precisa conhecer a vida pregressa da criança, seu histórico familiar e “testar”, por meio de instrumentos próprios, a exemplo dos listados por Sampaio como sendo provas que determinem o período operatório em que se encontra o aprendente, provas projetivas, EOCA, anamnese, entre outros, assim capacitando-se a indicar um tratamento. Conforme Sampaio (2007, p. 1-2):

O diagnóstico poderá confirmar ou não as suspeitas do psicopedagogo. O profissional poderá identificar problemas de aprendizagem. Neste caso ele indicará um tratamento psicopedagógico, mas poderá também identificar outros problemas e aí ele poderá indicar um psicólogo, um fonoaudiólogo, um neurologista, ou outro profissional a depender do caso. O tratamento poderá ser feito com o próprio psicopedagogo que fez o diagnóstico, ou poderá ser feito com outro psicopedagogo. Durante o tratamento são realizadas diversas atividades, com o objetivo de identificar a melhor forma de se aprender e o que poderá estar causando este bloqueio. Para isto, o psicopedagogo utilizará recursos como jogos, desenhos, brinquedos, brincadeiras, contação de histórias, computador e outras situações que forem oportunas. A criança, muitas vezes, não consegue falar sobre seus problemas e é através de desenhos, jogos, brinquedos que ela poderá revelar a causa de sua dificuldade. É através dos jogos que a criança adquire maturidade, aprende a ter limites, aprende a ganhar e perder, desenvolve o raciocínio, aprende a se concentrar, adquire maior atenção. O psicopedagogo solicitará, algumas vezes, as tarefas escolares, observando cadernos, olhando a organização e os possíveis erros, ajudando-o a compreender estes erros. Irá ajudar a criança ou adolescente, a encontrar a melhor forma de estudar para que ocorra a aprendizagem, organizando, assim, o seu modelo de aprendizagem. O profissional poderá ir até a escola para conversar com o(a) professor(a), afinal é ela que tem um contato diário com o aluno e poderá dar muitas informações que possam ajudar no tratamento.

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