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AS INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS

Por:   •  15/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.546 Palavras (7 Páginas)  •  175 Visualizações

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FACULDADE DOS GUARARAPES

Gabriel Henrique De Almeida Pinheiro,

José Lucas De Santana Vieira,

Maria José Alessandra,

Sterphany Monique Celina Da Costa,

Thiago Felipe Celestino Costa

Recife-Pe

2020

INTRODUÇÃO

De acordo com relatório de pesquisa realizada em 2019 do data senado em parceria com o observatório da mulher contra a violência o número de casos de agressão contra a mulher (seja ela física, verbal ou de outras origens) aumentou cerca de  o número de casos de agressão contra a mulher (seja ela física, verbal ou de outras origens) aumentou de 13% para 37% quando se trata de algum ex companheiro. Enquanto entre casais o número chegou em 41% (comparado aos 61% em 2011), demonstrando apenas que a violência mudou de relacionamento e não ocorreu uma redução das agressões de modo geral. Grande parte das entrevistadas alega ter sofrido algum tipo de agressão durante a vida, dentre elas ameaças físicas, verbais, assédio. Em posse desses dados o objetivo da intervenção organizada a seguir é de trazer outras possibilidades para mulheres que sofreram ou sofrem violência, além dos traumas adquiridos. O foco principal do projeto, é fazer com que essas mulheres se enxerguem novamente, e possam não só identificar ameaças futuras bem como ajudar suas semelhantes no enfrentamento dessas questões. A realização de acompanhamento psicossocial em um grupo de mulheres que sofrem ou sofreram violência doméstica, seja ela física ou verbal. Através disso, trazemos reflexões sobre a intervenção, abordando desafios e possibilidades. Muitas mulheres sofrem algum tipo de violência, seja ela física ou verbal e muitas vezes não tem acesso a nenhum tipo de ajuda, não sabem que aquilo é uma situação de agressão e algumas outras vezes, não tem sequer conhecimento de que podem ser ajudadas. Para esse grupo que tem crescido consideravelmente, as intervenções psicossociais vêm com o objetivo de oferecer suporte emocional e também de orientação para outras áreas que são essenciais no combate a essas violências e no encerramento desses ciclos.

SOBRE METODOLOGIA E RECURSOS

A autora do livro “elaboração do projeto de intervenção psicossocial” Kátia Neiva fala sobre vários aspectos fundamentais durante a elaboração do projeto. Em um primeiro momento se faz necessário falar sobre para quem, como e quando a intervenção vai ser organizada. No processo de identificação da população alvo vamos definir se tudo vai ser aplicado a comunidade de modo geral ou a um grupo mais específico, já quanto ao uso de instrumentos avaliativos poderemos utilizar testes psicológicos (devidamente consentidos pelos participantes), dinâmicas de grupo e jogos por exemplo. Após definidos esses itens se faz a organização do local, frequência e duração, lembrando de adaptar quaisquer procedimentos de acordo com a realidade do local. No que diz respeito aos recursos vamos nos organizar quanto ao que é necessário para iniciar o processo sendo necessária uma previsão de quantidade (de pessoal e material) e de outros custos envolvidos, bem como um cronograma de atividades que mostre essa necessidade. Sendo assim de maneira breve uma introdução ao que vem a ser descrito nos próximos momentos desse projeto.

Estudo de caso

Ana, 37 anos, analfabeta, dona de casa, casada, 2 filhos.

Ana mora em um bairro humilde na periferia do Recife, onde divide a casa com mais 3 pessoas: Seu esposo e dois filhos.

Ana sempre comentava com as vizinhas que desde o início do relacionamento sofria agressões verbais do seu parceiro, mas acreditava que nunca passaria disso.

“Ele é assim mesmo, sempre foi ignorante com a mãe, comigo não seria diferente. Mas é o jeito dele.” – Dizia Ana.

Com os traumas já adquiridos no início da relação pelas diversas vezes que seu esposo falava que ela dependia dele até para comer, porque era “burra” e não sabe sequer ler o próprio nome, Ana acreditou e se diminuía cada vez mais para caber ao lado dele.

Em uma dessas discussões bem rotineiras, as agressões que até então eram apenas verbais, passaram a ser também agressões físicas.

Ana levou o primeiro empurrão.

O primeiro tapa.

O primeiro soco.

O primeiro desmaio...

E na primeira internação, os vizinhos decidiram pedir a ajuda de profissionais.

INTERVENÇÃO:

Alguns dias depois, uma visita surpresa da assistente social, onde a profissional pôde observar marcas em seu rosto e corpo e em uma conversa bem aberta, Ana relatou o que já foi mencionado acima.

Logo, a assistente social do bairro acionou a polícia e o atendimento foi todo feito com Policiais Femininas, que deram toda assistência necessária à Vítima, e em seguida contatou uma equipe de Policiais para efetuar a prisão imediata do agressor, conforme a Lei Maria da Penha, n° 11.340 de 7 de agosto de 2006.

 

RECURSOS HUMANOS

Ana passou a ter assistência direta com Psicólogos e agendou a primeira visita, em casa mesmo, onde se sentia mais confortável, para que seus traumas fossem trabalhados de forma muito delicada. 

 RECURSOS FÍSICOS

Foi oferecido também curso profissionalizante de gastronomia, escolhido por ela, com duração de 06 meses. Ana não será mais dependente de seu parceiro e de mais ninguém. O curso oferece uma bolsa, como um tipo de empréstimo para as vítimas iniciarem seu próprio negócio e começarem uma nova vida, com novas possibilidades.

Objetivo Geral

Reduzir os índices de violência doméstica contra a mulher e implementar a política de proteção às vítimas visando a agressão física, moral ou psicológica, sexual etc. Ampliar e consolidar o atendimento e acompanhamento psicológico, social e jurídico às mulheres, na pesquisa e extensão na área de políticas públicas em direitos humanos para as mulheres.

A violência doméstica causa danos psicológicos muitas vezes irreparáveis a mulher, como por exemplo, os danos morais (depressão, fobias, insegurança nos relacionamentos etc.) e físicos (hematomas, cortes etc.). Pudemos notar que a Lei Maria da Penha foi criada para proteger a mulher contra a violência doméstica e punir quem a prática. 

Objetivo específico

Considerando os objetivos propostos iremos compreender as bases de sustentação da violência contra a mulher. Refletir sobre as diferentes manifestações de violência, contra a mulher, em suas vidas pessoais e comunidades. Desenvolver as habilidades necessárias para buscar para si mesmos/as e outras mulheres que são vítimas em suas comunidades, soluções decisivas para as situações de preconceito e violência. Refletir sobre normas sociais de gênero que reforçam certos tipos de violência contra a mulher tratando-a como normal e natural. Encorajar a mulher a reconhecer seu potencial de proteger a si mesma e buscar seus direitos.

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