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ATPS Psicanálise

Por:   •  23/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.590 Palavras (7 Páginas)  •  309 Visualizações

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Centro Universitário Anhanguera – Leme[pic 1]

Ana Vanessa Claro - RA: 8206972370

Carina Célia de Carvalho – RA: 8823381347

Caroline Fernanda Santos da Silva – RA: 8062801151

Douglas Eduardo Simões – RA: 8049765400

Edimilson Gomes – RA: 9902008552

Márcia Aparecida Angelin – RA: 8062786492

Mariana Miziara Assef – RA: 8072819484

PSICOLOGIA

TEORIAS PSICANALÍTICAS II

Professor Eugênio G. Wenzel


Leme

Abril – 2016

Sumário

1 – Os conceitos de Melanie Klein        

1.a - O caso do menino João        

2 – Holding e Reviere (Conceitos de Bion e Winicott)        

Referências Bibliográficas        

1 – Os conceitos de Melanie Klein

Neste trabalho abordaremos a fantasia inconsciente ressaltada por Melaine Klein, fiel seguidora de Freud o pai da Psicanálise, descobridor do inconsciente.

Freud descobriu a criança escondida no adulto e Melaine Klein descobriu o bebê escondido na criança . Para ela existe uma relação de objeto desde o nascimento do bebê na realidade e na fantasia. Entendendo a fantasia como expressão psíquica dos instintos, ou seja, os instintos repercutem dentro da mente criando fantasias.

Se considerarmos a resistência como um mecanismo de defesa contra a compreensão externa, as ideias e representações mentais dos instintos são fantasias primitivas originais. Sistemas de interações de trocas um influenciando o outro, lembrando-se da revolução Kleiniana com a descrição do conceito da posição. Por toda vida oscilaremos entra as ansiedades primitivas e a posição elaborativa desta ansiedade a posição depressiva. Assim sendo Melaine Klein nos ensina que a tristeza não é só uma doença como é absolutamente necessário no nosso processo de desenvolvimento emocional, o crescimento humano é infinito e a fantasia inconsciente é seu símbolo máximo.

Melanie Klein consegue perceber que as fases psicossexuais de Freud traziam a ideia de estruturas fixa, ou seja o individuo passava de fase em fase, sendo estágio de desenvolvimento fixo. Mas Melanie Klein com seu trabalho de interação com as crianças percebeu que estas fases podiam oscilar entendendo a fases então como posições, como algo flexível que flutuava dinamicamente.

Posição para Melanie Klein é uma construção de ansiedades, defesas, relações objetais e impulsos. O primeiro emprego que ela faz é com relação ao uso psicopatológico só depois em um segundo momento ela consegue ver as funções evolutivas, transformando essas ansiedades em pensamentos e integrando as fantasias do inconsciente a favor do processo evolutivo do individuo.

Melanie Klein elaborou o conceito de fantasia inconsciente constando que o funcionamento psíquico e as relações com objetos externos são medidas pelas fantasias inconsciente que dão origem aos objetos internos. Na observação de crianças Klein acredita em um ego primitivo a partir do nascimento sedo este capaz de formar relações de objeto na fantasia e na realidade. Para ela desde o principio as crianças sofrem fobias estando à mercê de ansiedades persecutórias.

Sendo que as fantasias são um conteúdo primário dos processos mentais inconscientes. Os processos mentais nascem do inconsciente a partir das necessidades dos instintos, uma representação psíquica dos instintos libidinais e destrutivos.

O fantasiar vem de pulsões, ou seja, o esforço do bebe de descobrir em todos os objetos os seus próprios órgãos e funcionamento. São as fantasias que promovem o interesse pelo mundo externo, facilitam a aprendizagem e fornecem a energia para organizar o conhecimento.

1.a - O caso do menino João

Analisando o caso de João a partir de todo o histórico relatado uma intervenção seria aproximar o menino da tia em uma relação quase simbiótica para que os vínculos afetivos fossem recriados assim ele conseguiria sair da posição de esquizoparanóide que se encontra e partiria para a posição depressiva. A estrutura da mente é concebida como um sistema de objetos internos produzidos por transações de relação objetal e de fantasia do inconsciente, segundo as teorias de Klein.

João viveu com sua mãe, enquanto ainda viva uma relação parcial de objeto, pois lhe foi tirado o direito de concluir a etapa quando seu próprio pai, ao matar a mãe, acaba com este vinculo necessário para seu desenvolvimento ao invés de proteger esta relação, o pai o destrói, prejudicando em demasia o desenvolvimento saudável do psiquismo do menino.

João teve percas significativas em sua vida, enquanto pequeno todos os vínculos que serviriam para a construção de seu funcionamento psíquico adequado foram quebrados, impossibilitando-o  de vivenciar as posições de acordo com a normalidade esperada. O conflito mental esta baseado na luta das emoções internas e da fantasia do inconsciente com os objetos internos e externo, fantasias essas deturpadas pelos fatos tristes aos quais ele foi exposto, como a morte violenta da mãe e demais violências que sofreu com pais adotivos posteriormente.

Esta personalidade mal elaborada apresenta problemas de convivência explicando assim toda a agressividade de João. As relações objetais da primeira etapa da vida depende muito da relação entre mãe e bebê, pois neste momento se cria os primeiros mecanismo de defesa. A ansiedade da criança vem de duas fontes, uma interna de poder satisfazer seus desejos e uma externa de poder suprir suas necessidades físicas como a fome. Segundo Klein, a angustia persecutória que o bebê sente ao deixar a vida uterina, junta-se com a ansiedade interna que vem da pulsão de morte sendo o terror de aniquilamento passando a existir a exacerbação do sadismo e os impulsos destrutivos  transferindo do este sentimento ruim para a mãe, constituindo assim a imagem do “seio mal”.

Esta imagem só é desfeita a partir do momento que o bebê ao ser alimentado e ter suas necessidades de carinho e atenção atendidas neutralizando todo o sentimento ruim. Todo este processo acontece pela imaturidade do ego que em condições normais, com o decorrer do tempo vai ganhando experiências e constituindo uma vida psíquica saudável.

 No caso por nós analisado fica evidente que a criança da historia foi imensamente prejudicada pelos elementos que compõe a sua historia negando ela a chance de ter esse processo concluído de forma eficiente e sadia, pois toda a sua construção psíquica foi afetada pelo meio violento de catástrofes ás quais foi exposta.

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