ATPS de Intervenção Psicopedagógica
Por: Bruh Ribeiro • 31/8/2016 • Resenha • 3.409 Palavras (14 Páginas) • 201 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SANTO ANDRÉ
PSICOLOGIA
ALEXANDRO DE FRANÇA 4204778739
ALINE DE ARAUJO 4249858600
BRUNA RIBEIRO DE SOUZA 1578139899
JESSICA DE BRITO BORGES 3730705371
TIAGO ANTONIO SAMPAIO 3748728558
AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
SANTO ANDRÉ
2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA SANTO ANDRÉ
PSICOLOGIA
Atividade Prática Supervisionada solicitada – Etapa 1
Trabalho desenvolvido durante a disciplina
de Avaliação e Intervenção Psicopedagógica,
referente ao 1° semestre de 2016,
solicitada pela professora: Terezinha
SANTO ANDRÉ
2016
ETAPA 1: Análise da realidade educacional
A constante procura para identificar quais os fenômenos estão envolvidos no fracasso escolar, veem encontrando evidencias que negam a ideia de que a criança e a família estão no centro das explicações até então aceitas de forma consensual entre os educadores e replicadas pelos educandos.
Essa busca orientada sob o saber científico a priori segue o rigor da ideologia positivista, algo que de fato merece atenção, por se tratar de um fenômeno produzido por um número de variáveis que o rigor da ciência restringe em certo enquadramento, seguindo essa perspectiva a construção de uma explicação está fadada a ser reduzida ao alcance da ciência, neste caso em especial os estudos apontaram para a fragilidade dos argumentos defendidos em relação à determinação da responsabilidade das crianças e da família como sendo os elementos centrais na explicação do fracasso escolar, contudo esse mesmo apontamento seguindo a tendência positivista procura um culpado pelo mau funcionamento de algo, tende apontar o professor e a escola como sendo esses elementos agora responsáveis (ASBAHR & LOPES, 2006).
O sistema educacional brasileiro foi se modificando juntamente com as alterações socioculturais ocorridas no país ao longo dos anos, alguns aspectos, como a conduta dos alunos frente ao aprendizado que não se esta sendo mais absorvido como antes e até mesmo a própria postura escolar, difere-se totalmente dos alunos de décadas atrás, gerando vários questionamentos á cerca do tema, pois as escolas de hoje também não se enquadram mais nos moldes de antigamente em relação à forma de lidar com os alunos, o que em contrapartida é refutado por ter algumas bases e formato institucionais enraizados numa época em que o comportamento dos alunos era distinto, levando em conta este novo cenário escolar, nota-se uma contraditoriedade tanto no papel da escola e na formação dos alunos, como por parte dos mesmos no aproveitamento educacional. O discurso dos educadores e educandos estão de certa forma, calcificados na premissa histórica, onde há um padrão, um modelo que sirva de parâmetro para destacar o certo do errado e o normal do anormal, de modo que o modelo a ser seguido era o da família burguesa, onde o maior desfavorecido seria o pobre e o negro. Tal discurso esta embasado em quatro possíveis explicações para o problema do fracasso escolar estes de causas biológicas, familiares, culturais e emocionais. O texto diferente “A culpa é sua” ao contrário do seu titulo, não aponta a culpa para um determinado responsável, entretanto, procura de maneira justa provocar uma reflexão onde seja possível um pensar sobre como dar luz a uma solução. A proposta é questionar esse direcionamento que parte do microssistema e não considera o macrossistema, há evidentemente uma parcela de responsabilidade dentro de cada um desses elementos citados, porém qual o entendimento que se faz em relação as forças macrossociais e macropolítico envolvidas? Esse questionamento é relevante à medida que o entendimento dos fenômenos no ponto de vista macro, pode conduzir as ações voltadas a sanar os problemas causados dentro do ambiente escolar, já que a visão do todo conduz as ações para o micro, o inverso também é verdadeiro, não incidiriam o risco de provocar os mesmos danos colaterais causados pelas ações pontuais que são deflagradas contra a família ou os educandos. Este novo cenário acadêmico pode ser observado no filme, “A sociedade dos poetas mortos” (EUA, 1989), o longa se passa em 1959 e retrata o ensino oferecido pela Academia Welton, uma escola tradicional Americana de segundo grau só para rapazes, que utiliza uma concepção didática racionalizada com prospecção para formação superior, mas que baseia-se em princípios militarizados, onde o ensino é pautado na rigidez, tradição; honra; disciplina e excelência. Em virtude destes valores, os estudantes realizam as atividades com máximo primor para atender as exigências dos professores e pais, sem jamais questiona-las, independente de gostarem ou não e até mesmo de compreender o sentido de estarem realizando-as, tornando-se notório o respeito e submissão que eles tinham, até que surge um novo professor na instituição, John Keating (Robin Willins), ex-aluno da escola, e começa a lecionar literatura e poesia. O método de ensino utilizado por este professor não é ortodoxo, sendo totalmente oposto ao que a escola determina, pois Keating acredita que os alunos devem questionar sobre o que realmente gostam e o que querem e a partir desta busca, se dedicar ao que realmente lhes for importante, ao invés de somente estudarem e fazerem o que é imposto pela escola e por seus pais, mesmo que não seja a vontade deles. O professor ainda ilustra esta situação com a própria matéria em suas aulas, em que pede aos alunos que rasguem o primeiro capitulo de um livro, sobre a poesia podendo ser demonstrada por gráficos matemáticos, os alunos ficam receosos, mas obedecem quando ele explica que “Poesia é para ser vivida e não calculada” e que desta forma pensem por si próprios, e não em como são mandados, ele resolve subir na mesa e pede que eles também subam e assim tenham uma visão diferente, não apenas em serem induzidos por seus superiores, mas que enxerguem as coisas através de outra perspectiva, a deles próprios.
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