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Adolescência Através dos Séculos

Por:   •  20/3/2019  •  Resenha  •  1.129 Palavras (5 Páginas)  •  257 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO

DISCIPLINA: PSCICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM NA ADOLESCÊNCIA

Professora: Patrícia Helena Carvalho Holanda

Discente: Jéssica Castro

Adolescência através dos Séculos

O referente artigo escrito por Teresa Helena Schoen-Ferreira, Maria Aznar-Farias e Edwirges Ferreira de Mattos Silvares tem por temática principal a caracterização do entendimento de adolescência perpassando pela visão temporal de autores e filósofos que abordam conceitos relacionados com comportamentos e visões condizentes de cada espaço-tempo.

É característico de todo o texto as definições, por diferentes autores, sobre o que é adolescência ou aquilo que ela aborda. A adolescência é definida como um período biopsicossocial que compreende a segunda década da vida, ou seja, dos 10 aos 20 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (1965). No que tange o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o período que corresponde a adolescência vai dos 12 aos 18 anos de idade.

Sem dúvidas, é uma época de intensas transformações, as quais repercutem não só no indivíduo, mas nas pessoas que aderem o seu convívio. As mudanças biológicas da puberdade são universais e modificam as crianças, dando-lhes formas, altura e sexualidade de adultos. Essas mudanças, embora grandiosas, sozinhas não transformam a pessoa em um adulto. Outras mudanças surgem como necessárias, nas quais se pode citar as alterações cognitivas, sociais e de perspectiva sobre a vida (Martins, Trindade, & Almeida, 2003; Santos, 2005).

Kalina e Laufer distinguem puberdade de adolescência. A adolescência diz respeito aos componentes psicossociais desse mesmo processo, já a puberdade refere-se aos fenômenos fisiológicos, que compreendem as mudanças corporais e hormonais. Outros autores, como Melvin e Wolkmar (1993) também fazem essa diferenciação. A adolescência, cujo início coincide com o surgimento da puberdade, é influenciada pelas manifestações desta.

Vale ressaltar a existência de diferentes contextos sociais e históricos e que cada um tem sua relevância e observações a serem estudadas; para tanto, Lidz (1983) e Serra (1997) dizem existir várias adolescências. A escola tem um importante papel no desenrolar de descobertas de oportunidades. Ela proporciona, além de outras coisas, interações sociais que serão sentidas e avaliadas de diferentes formas.

Sprinthall e Collins (1999) afirmam que os componentes psicológicos e fisiológicos fundamentais desse período sempre existiram nas pessoas, embora nem sempre se reconhecessem as características específicas da adolescência. Como Brun (2007) exemplifica com a questão da amizade, muito relevante nessa fase, mas que esteve presente desde a aurora das civilizações, mesmo com características de culturas diferentes.

A adolescência tem sido vista desde a antiguidade pelo prisma da impulsividade e excitabilidade. Na Grécia Antiga, os jovens eram submetidos à práticas cujo fim seria imputar-lhes as virtudes cívicas e militares. Já Platão considerou que o raciocínio seria uma característica do homem que só apareceria na adolescência; segundo análises de Santrock (2003).

No início do Império Romano, a educação dos mais jovens ficava a cargo dos pais. A partir do século II a.C, as classes mais abastardas passaram a hospedar em suas casas algum mestre grego para educar seus filhos e aquele que não tinham a mesma possibilidade enviavam seus filhos para a escola. Grossman (1998) conta que estes passavam a estudar os autores clássicos e a mitologia, com o objetivo de adornar o espírito. Na época não existia “maioridade” legal, o indivíduo era considerado impúbere até que o tutor considerasse que estava na idade de tomar as vestes de homem, e as meninas consideradas em idade de casar, aos 12 anos.

Na idade média, em contexto de comunidades feudais, as crianças e adolescentes eram considerados adultos em miniatura (Garrod, Smulyan, Powers & Kilkenny, 1995). Uma forma de o jovem adquirir uma profissão nessa época era através das corporações de ofício. Já entre os nobre, para os mais jovens havia o treinamento para se tornar cavaleiro.

Foi na idade média que a ideia de fases da vida começou a ser mai difundida, observando as diferentes formas de assistência necessárias ao cuidado, sustento e abrigo dos indivíduos, incluindo suas funções sociais. Sob a influência de Aristóteles, as fases correspondiam a períodos de sete anos. A segunda idade era chamada de pueritia e ia dos 7 aos 14 anos. A terceira idade era chamada de adolescência e compreendia dos 14 aos 21 anos, período em que a pessoa estaria pronta para procriar.

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