Alucinose orgânica
Projeto de pesquisa: Alucinose orgânica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lusoflor • 2/12/2014 • Projeto de pesquisa • 8.295 Palavras (34 Páginas) • 1.719 Visualizações
ASSOCIAÇÃO EDUCATIVA DO BRASIL
FACULDADE DE SAÚDE IBITURUNA - FASI
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
6º PERÍODO “B” NOTURNO
MANUAL DE REVISÃO DE PSICOPATOLOGIA
LUCIANA DA CONCEIÇÃO RODRIGUES ALKMIM
MONTES CLAROS-M
NOVEMBRO 2014
Alucinose orgânica
Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
Psicose: Grupo de doenças psiquiátricas caracterizadas pela incapacidade de avaliar corretamente a realidade. A pessoa psicótica reestrutura sua concepção de realidade em torno de uma idéia delirante, sem ter consciência de sua doença.
O que é alucinose?
A alucinose é um distúrbio sensoperceptivo que se diferencia das alucinações menos por características formais e mais pelo fato de que os pacientes reconhecem estar experimentando um fenômeno anormal. Um símile da alucinose é aquela da pessoa que tendo sofrido uma forte pancada na cabeça passa, durante certo tempo, a “ver estrelinhas” que sabe, no entanto, não existirem.
O que é a alucinose orgânica?
“Alucinose orgânica” é uma expressão que designa uma síndrome cerebral em que as alucinoses constituem a anomalia psicológica predominante ou única, na qual se constata:
• Não há alteração da consciência.
• Não há sinais sugestivos de uma psicose.
• A atividade alucinatória, constante e recorrente, geralmente é reconhecida pelo paciente como anormal.
A mais comum delas é a alucinose do alcoólatra crônico que, no entanto, é independente da abstinência do álcool. Outros quadros são decorrentes da intoxicação por outras drogas como cocaína, LSD, brometos, maconha e antiparkinsonianos. Além disso, elas podem ocorrer também em estados infecciosos, metabólicos ou traumáticos ou, ainda, por foco irritativo dos lobos temporais e occipital. As alucinoses são, pois, de origem extrapsíquica.
O TMO é definido pela presença de sintomas mentais gerados por anomalias que podem ser primárias ou secundárias. Estas anomalias podem ser:
• estruturais
• neuroquímicas
• neurofisiológicas
Clinicamente, o TMO se caracteriza por presença de prejuízo cognitivo (déficit de orientação, de memória, de compreensão de linguagem, de cálculo e de julgamento). Dependendo do quadro, podem estar associados outros sintomas, sendo os mais comuns: rebaixamento de nível de consciência, sintomas depressivos ou ansiosos.
Todos os tipos de TMO têm em comum o fato de serem secundários a alguma outra condição médica, sendo doença física e/ou decorrente do uso de alguma substância:
• Confusão mental: síndrome mental de causa orgânica (conhecida ou não) decorrente de condição médica geral, induzida por substância ou ambas as possibilidades, com prejuízo da consciência.
• Demências: síndrome caracterizada por múltiplos prejuízos da cognição sem prejuízo da consciência.
• Transtornos amnésicos: déficit predominante ou único da memória de evocação e/ou fixação, mais freqüentemente encontrada no dependente de álcool crônico, por deficiência de tiamina (síndrome de Korsakoff) ou por lesão de lobo frontal.
• Alucinose orgânica: alucinações persistentes, repetitivas, em estado de vigília, decorrente do uso crônico de alucinógeno ou álcool.
• Intoxicação ou abstinência por substância psicoativa.
• Síndrome orgânica (sintoma único que surgiu após lesão cerebral):
o Delirante: delírios em estado de vigília
o Do humor: depressão ou mania
o De ansiedade: generalizada ou pânico
o De personalidade: alteração da personalidade pré-mórbida
Entre os TMOs, destacamos os estados confusionais:
• Definição: Síndrome mental de causa orgânica, conhecida ou não, que pode ser uma condição médica geral, induzida por substâncias ou ambas as causas, com prejuízo da consciência.
• Epidemiologia: acomete em qualquer idade, mais em idoso e com doença cerebral degenerativa; tem prevalência média de 15% a 18% entre os pacientes clínico-cirúrgicos internados (grupos especiais: 85% em pacientes terminais, 50% no pós-operatório de fratura de fêmur em idoso e 30% em pacientes coronarianos). Sabe-se que 32% a 67% dos quadros de confusão mental não são detectados.
• Etiologia: pode ser primária (isto é, devido a alteração cerebral: estado pós-ictal, trauma crânio-encefálico, hipertensão intracraniana, acidente vascular cerebral, etc.) ou secundária (isto é, extracraniana: alteração metabólica ou endócrina; infecção pulmonar, urinária ou sepsis; toxicidade a anticolinérgicos*, lítio, corticoesteróides; multifatorial).
Drogas anticolinérgicas comumente prescritas: Furosemida, Digoxina. Hidroclortiazida, Propranolol, Acido acetilsalicilico, Teofilina, Insulina, Warfarin, Prednisolona, Metildopa, Nifedipina, Ibuprofeno, Codeína, Cimetidina, Captopril, Atenolol, Timolol, Ranitidina.
Critérios diagnósticos (CID-10):
o Alteração da consciência, com diminuição da habilidade de focar, sustentar ou manter a atenção;
o Alteração na cognição ou o desenvolvimento de sintoma sensoperceptivo não decorrente de doença pré-existente;
o A
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