Análise do Filme Comer, Rezar, Amar
Por: Psicologia Freud • 24/3/2019 • Resenha • 1.310 Palavras (6 Páginas) • 1.310 Visualizações
ANÁLISE DE FILME:
COMER, REZAR E AMAR
MANAUS/AM
2017
Identificar as forças e virtudes apresentadas pela personagem principal do filme. Descrever em poucas palavras a cena do filme, identificando as forças e virtudes pessoais.
- Coragem (Força de Coragem): A personagem demonstra a virtude coragem em vários momentos. Pode-se destacar o momento em que resolve terminar seu casamento após refletir que não é feliz. Além disso, esta virtude é evidente quando a personagem toma a decisão de viajar por um ano para a Itália, Índia e Bali quando se toma conta de que acorda todos os dias sem sentir nada, de acordo com ela. Um terceiro momento que vale incluir é quando a protagonista resolve terminar seu relacionamento com o rapaz que conheceu após o término do casamento, argumentando que não é justo ficar junto por medo de ser destruído.
- Descobridor (Força de sabedoria e conhecimento): Esta virtude é encontrada em toda a viagem da escritora nova-iorquina. Ao chegar na Itália, Liz demonstrou interesse por novas experiências e descobertas, comportando-se muitas vezes como os moradores locais, passando pelas mesmas experiências que eles. Seja gesticulando como os italianos, limpando o chão na Índia ou vivenciando o modo de viver dos moradores de Bali.
- Mente aberta (Força de sabedoria e mente aberta): Virtude de suma importância adquirida pela personagem. De início pouco aberta a mudanças, sua vida muda completamente a medida que vai abrindo sua mente para inserção de novos valores, virtudes e conceitos. Reconhece uma cultura diferente da sua logo de início ao encontrar italianos que comentam sobre o modo de viver dos estadunidenses
- Amor ao Aprendizado (Força de sabedoria e mente aberta): Liz Gilbert começa a aprender italiano para a viagem a Itália. Ao chegar lá contrata um professor do idioma local e passa a se gostar de aprender, treinando durante a noite antes de dormir, aprendendo inclusive a gesticular como os italianos, divertindo-se com o momento. Assim como observa e assimila a cultura do país visitado, experimentando a culinária local.
- Entusiasmo (Força de Coragem): A personagem reencontra o entusiasmo em Roma, sente prazer em coisas pequenas, como comer um prato de macarrão, parecendo apreciar o momento da refeição. Liz
declara: “Estou apaixonada por comer pizza”, em um cantina em Napoli quando estava acompanhada de amigos feitos na Itália, reforçando seu entusiasmo pela cidade, pelas pessoas que conheceu lá, suas companhias e os pequenos prazeres que experimentara. Cabe destacar sua estadia em Bali, ao conhecer uma brasileira, ir para a uma festa, conhecer outras pessoas e interagir alegremente com elas.
- Autocontrole (Força de Moderação): Ao chegar a Índia, a personagem se frustra ao não conseguir meditar, se irrita ao ser provocada por um frequentador do local, que ao se tornar mais próximo diz a frase que faz Liz refletir: Tem que aprender a escolher seus pensamentos da mesma forma que escolhe suas roupas, trabalhe sua mente, é a única coisa que deve controlar porque se não dominar seus pensamentos terá problema sempre. Após diversas tentativas, a personagem consegue realizar a meditação.
- Integridade (Força de coragem): Diz respeito a assumir seus próprios sentimentos e se mostrar de forma genuína. Sendo assim, Liz foi se constituindo aos poucos, ou se refazendo. Passou por diversas experiências, vivenciou várias situações, aprendeu muito com todas elas. Até que em um momento há uma fala da personagem que exemplifique sua integridade. “Melhor viver o seu próprio destino de forma imperfeita do que viver a imitação da vida de outra pessoa com perfeição. Então agora comecei a viver a minha própria vida. Por mais imperfeita e atabalhoada que ela possa parecer, ela combina comigo, de alto a abaixo...”, declara Liz.
- Apreciação da Beleza e da Excelência (Força de Transcendência): A personagem começa a exercitar as belezas e excelências dos lugares, da vida, das pessoas, na Itália. Na Índia, Liz também segue apreciando os detalhes da sua vida naquele local. Em Bali ao encontrar com um guru, recebe as seguintes instruções: Aproveite Bali, sorria com o corpo, com a mente e até com o fígado. No que a escritora atende de imediato. Uma cena da estadunidense andando de bicicleta por vários lugares, aspirando o ar, a paisagem, as cores, pessoas e respirando vida exemplifica tudo isso.
- Perdoar (Força de Moderação): O perdão a que se refere o filme é em relação a própria Liz. Quando ela chega a Índia não consegue encontrar
paz e não entende, se frustra por várias vezes por esse motivo. Até que em uma conversa, ouve de seu interlocutor que ela precisa se perdoar para sentir-se bem. Após refletir sobre isso, ela tem alguns “flashbacks” de situações que enfrentou em seu casamento e último relacionamento, onde depois de pensar muito e verbalizar seus pensamentos ao conversar com seu amigo, conseguiu despir-se de culpa e se perdoar.
- Generosidade (Força Humanitária): Liz conhece muitas pessoas durante sua caminhada pelos três países citados, em muitos instantes dar mostras de Generosidade como no momento em que se aproxima de uma indiana, participa da cerimônia de casamento da moça e oferece palavras de apoio ao dizer que imaginá-la feliz a deixou feliz. Em outro momento, a personagem tem um gesto altruísta ao fazer uma campanha entre seus amigos de Nova York para arrecadar dinheiro para comprar uma casa para a família de Tutty, que ela conheceu em Bali, conviveu, se aproximou, se comoveu com seus problemas e por fim, ajudou providencialmente.
- Gratidão (Força de Transcendência): Podemos destacar alguns momentos em que a personagem mostra-se bastante grata. De início, ela agradece a Deus pelas bênçãos que Ele deu em toda a sua vida. Já em Roma, diante dos amigos que fez, por iniciativa dela, ela aproveita a data de Ação de Graças para sugerir que todos dessem as mãos e agradecessem. “Muito obrigada por tudo, me sinto feliz neste momento ao observar vocês”, declara Liz. Cabe ressaltar também, quando Liz no final de sua viagem, vai se despedir do seu guru em Bali. Ela o presenteia e agradece, emocionada, por todos os ensinamentos, na demonstração mais explícita de gratidão da escritora.
- Espiritualidade (Força de Transcendência): Em uma primeira conversa com Deus, quando ainda estava em Nova York, Liz admite ter pouca intimidade com Ele, no que ainda perde perdão por isso. No decorrer de sua estadia na Índia, ela procura por esse lado espiritual adormecido, revela estar perdida, tem reações físicas, chega a sentir-se frustrada por não encontrar de imediato o que busca, até que por fim encontra-se e sente-se espiritualizada, momento corroborado pela fala da personagem quando esta se encontra sozinha em um de seus momento em solos indianos, “Deus reside dentro de mim como eu resido”, demonstrando alegria ao ter conhecido essa força.
- Amor (Força Humanitária): A personagem se depara com o amor em várias situações, onde parece comover-se com o sentimento, procurando compreender seu significado. Na Itália conhece amigos que se amam e passa a compartilhar sua estadia com os mesmos, entre esses amigos há um casal que demonstra seu amor um pelo outro, seja em atitudes ou de forma verbalizada, no que é observado por Liz. Na Índia ouve a história de um pai que perde o filho que amava, no decorrer da narrativa de seu novo amigo, a nova-iorquina compreendia a forma genuína do que é amar. Por fim, ao conhecer um brasileiro em Bali e envolver-se com ele, a personagem, apesar de relutar e resistir em princípio, temendo vivenciar novamente suas frustrações, percebe que sente-se em um novo momento de sua vida e permite-se descobrir o amor.
Podemos destacar ainda outras virtudes apresentadas pela personagem principal no filme. São elas: Humor (principalmente na Itália e em Bali), Perspectiva, Igualdade (Na Índia quando se coloca em situação igual aos que lá residem) Prudência (Quando se tem mais paciência para agir e mais cuidado diante de novas situações), Humildade (Quando admite suas limitações e se dispõe a aprender), Perseverança (Quando passa por diversas adversidades no caminho e não desiste).
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