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Análise do filme As melhores coisas do mundo

Por:   •  30/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.134 Palavras (5 Páginas)  •  1.624 Visualizações

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Análise do filme As melhores coisas do mundo

O titulo do filme é bastante sugestivo, pois tudo que aconteceu no filme e o que cada um dos personagens vivenciou nos faz pensar o que tem sido as melhores coisas do mundo.  Isso nos traz a questão do mal estar, principalmente entre os jovens.

Hoje, os jovens têm buscado a partir de suas experiências, a satisfação do desejo seja ele qual for. Um exemplo disso é a condição do corpo, a forma como as pessoas tem se posicionado a isso como frente de instrumento de vida, como ir freneticamente à academia e o uso de anabolizantes são trazidos de uma forma tão cotidiana onde se arranja uma nova necessidade de uma busca ou formação de identidade que seja feita a partir daí. No filme, situações como essa nos faz pensar o que tem determinado essa lógica e o que representa psiquicamente os estímulos vivenciados pelo corpo, porque as pessoas têm esse impulso ou essa necessidade de representar, a partir do corpo, algo que é também psíquico trazendo pra elas uma necessidade de exercer e de se propagar a partir da própria identidade. Isso nos remete a pensar nos tipos de respostas que os jovens têm sido convocados a apresentar à sociedade.

Os jovens do filme mostram a necessidade em serem colocados como prova de que há uma possibilidade de estar inserido em algum lugar, seja na escola, entre amigos, diante de um grupo que pensa em determinada maneira, na conquista de uma menina (quando o Mano é convencido pelos amigos em conquistar a garota mais bonita da escola, onde parece ser uma conquista ou necessidade mais do outro do que dele próprio, como também a necessidade de perder a virgindade) isso se passando com o olhar do outro.

A relação entre o Mano e o professor de violão é bastante destacada pelo papel significativo que o professor tem em relação a ele.  Em certa cena, o professor diz que é preciso saber o que se quer, e pra isso é preciso saber onde é que se está errando. Dentro da psicanálise talvez pode se pensar em uma situação de não onde é que se está errando, mas sim pra onde é que vai o desejo. Isso nos faz pensar no conceito de pulsão de Freud, estabelecendo onde é que ele está situado, alcançando o psíquico como uma medida de exigência feita a ele mesmo no sentido de trabalhar em consequência da sua ligação com o corpo. Essa ligação entre corpo e psíquico vai criando um ciclo a essa necessidade de buscar todas as respostas e de tentar concluir alguma coisa, isso a partir da exigência feita a ele mesmo.

Em algumas cenas, é evidenciado Mano subindo uma escada de vários degraus com seu violão e carregando a bicicleta, e esse violão é o significante do desejo de querer aprender a tocar. A casa do professor é o lugar onde ele se deparava com esse desejo.

Em grupos as pessoas são diferentes delas mesmos, criam uma nova representação quando estão inseridas neles seja quem forem. Aí então a diferença entre o sujeito isolado e o sujeito em grupo, o que fica bastante claro em algumas cenas do filme, como por exemplo, na fuga dos meninos e quando o Mano se encontra sozinho com a prostituta em que ele toma decisão por ele mesmo sem representação para o outro.

No campo do inconsciente, tudo está por trás daquilo que não há uma possibilidade necessariamente de se representado, por trás das causas confessadas dos nossos atos existem as causas secretas ignoradas por nós mesmos. Segundo Freud, não há uma maneira única de satisfazer o desejo. Por isso o Mano está sempre em busca de uma condição que possa representar esse desejo, tendo sempre uma condição de insatisfação que aí então que vem a busca por satisfação a partir do desejo, fazendo com que ele possa evidenciar isso na sua condição de sexualidade. O sujeito está sempre em busca desse desejo, mas que nem sempre é encontrado pela representação que o outro traz para ele, sempre vai ter alguma falha, ou seja, não há uma relação de encaixe ou complemento. Isso é colocado em duas situações no filme em que Mano tem uma tentativa com a Valéria e depois com a amiga Carol, sendo evidente que nenhuma das duas representa uma relação de encaixe. Da mesma forma é com o irmão dele o Pedro, com aquele amor intenso não há um encaixe perfeito com sua namorada.

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