Análise do filme - O perfume- a história de um assassino
Por: Caritassan • 31/10/2017 • Resenha • 789 Palavras (4 Páginas) • 2.838 Visualizações
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
Pró - Reitoria de Graduação Área de Ciências da Saúde
Curso de Psicologia Serviço Escola de Psicologia
Disciplina: Estágio Psicologia da Saúde Prof.ª Dra. Wilma Magaldi Henriques
Ano: 2017 Período: 10º Turma: A Turno: Matutino
Discente: Fabiana Nascimento Silva RGM: 11142402261
Entrega: 01/11/2017
Análise: Filme - O perfume – a história de um assassino
O filme foi lançado em 2006, baseado no romance do escritor alemão Patryck Siisxind, nos trás como personagem principal Jean Baptiste, desprezado já em seu nascimento por sua mãe que após o parto o abandona numa barraca de peixes junto com os restos e vísceras, em meio à sujeira ara morrer, mas Jean resolve viver e seu choro chama atenção das pessoas que descobrindo o que sua mãe fez a condena a morte, deixando Jean completamente abandonado, rejeitado por suas amas de leite devido sua voracidade ao mamar. Segundo Melanie Klein a voracidade tem como objetivo a introjeção destrutiva, o sugar devorar o seio da mãe a fim de sugar o que ela tem de bom, esvaziando assim o corpo da mãe de tudo eu seja bom e desejável.
Assim ele cresce em um orfanato sem conhecer o que é afeto ou amor, mas apesar de tudo que passou a criança tinha muita pulsão para viver. e lá ele descobre seu dom ,seu olfato aguçado, porem o único cheiro que não consegue sentir é o seu próprio, a partir dai então passa a querer ter um cheiro para poder quem sabe ser amado.
Jean se torna adulto sem conhecer afetividade e carente de relações sociais, suas relações são pautadas apenas no ganho de dinheiro e exploração graças ao seu dom tornando-se um perfumista. Um dia Baptiste sente um aroma diferente que exala de uma mulher na feira, sentindo-se encantado ele a persegue e ao imobiliza-la acaba matando-a asfixiada, assim começa uma série de assassinatos contra moças virgens para retirar seu sangue em busca de suas essências e o aroma perfeito.
No decorrer do filme Jean não demonstra nenhum sentimento ao matar suas vítimas, não sente remorso, não as explora sexualmente o que deixa a policia confusa seu desejo no fundo não é matar suas vítimas, mas sim retirar toda sua essência.
Se isolando numa caverna Jean trabalha na invenção de um perfume único com a capacidade de transformar o mundo num paraíso aromático, com o desejo que esse mundo se transformasse num lugar onde seria suportável para ele viver.
Mas Jean é descoberto e preso é condenado , mas antes de sua execução ele joga em si mesmo o perfume que criou , deixando seus algozes inebriados com a fragrância e assim foge de sua punição.
Em sua fantasia acredita que se dominasse o coração das pessoas, controlaria tudo e não se sentia mais desamparado, mas ao conseguir ser venerado pelas pessoas não sente seu vazio preenchido, percebendo que não é capaz de amar e nem receber amor, pois seu interior era puro ódio. Ainda seguindo a teria de Klein, percebe-se que a situação de privação e desamparo que Jean foi submetido não lhe proporcionou passar da posição esquizoparanóide para posição depressiva, pois não conseguiu introjetar nenhum objeto bom, apenas objetos maus, tornando seu mundo interno repleto de ressentimento e ódio, resultado de frustração e privação que sofreu, pela inveja, e ansiedade persecutória.
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